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Alemanha rejeita proposta de banir motores de combustão interna em 2035
Parece que a ideia de se banir carros de combustão interna e substituí-los apenas por veículos elétricos está enfraquecendo à medida que os prazos propostos inicialmente se aproximam. Depois de várias fabricantes alertarem sobre a possível inviabilidade de se fazer isso tecnicamente — expresso principalmente na forma da continuidade do desenvolvimento de motores de combustão interna —, e até o ministério da tecnologia da Itália, agora o governo alemão se opôs à proposta da Comissão Europeia de banir os carros novos a diesel e a gasolina a partir de 2035.
O ministro dos transportes, Volker Wissing, disse que a Alemanha “quer permitir os motores de combustão interna mesmo após 2035 se os carros puderem ser movidos exclusivamente com combustíveis sintéticos”. Como sabemos, os combustíveis sintéticos estão entrando em pauta na discussão da mobilidade “limpa” à medida em que o prazo proposto para o fim dos motores de combustão interna se aproxima.
A ideia, contudo, não é recente. Aqui mesmo, no FlatOut, falamos sobre as propostas da Audi e outras iniciativas desde 2014 — algumas usam até mesmo as bactérias E. coli (os populares “coliformes fecais”) para desenvolver cadeias de hidrocarbonetos que podem substituir a gasolina convencional com um menor índice de emissões de CO2 e outros gases indesejados.
O ministro alemão também mencionou que “não podemos depender apenas de veículos elétricos ou a hidrogênio para o futuro, e precisamos permanecer tecnologicamente neutros”, e completou dizendo que “não temos veículos elétricos bastantes, então precisamos escalar sua disponibilidade”.
Mais recentemente a Porsche também anunciou seu desenvolvimento de combustíveis sintéticos e ainda estamos em meio a uma transição alavancada pela pandemia, que pode resultar em menos deslocamentos de rotina e, com isso, reduzir significativamente os níveis de emissões e melhorar a qualidade do ar.
O ministro da transição ecológica da Itália, Roberto Cingolani, também se mostrou contrário ao fim dos motores de combustão interna recentemente, declarando que o futuro não pode ser somente elétrico, e propôs o investimento em híbridos ultra-modernos para reduzir os níveis de CO2 expelidos.
Aqui é importante lembrar que, além dos combustíveis sintéticos, os biocombustíveis ainda não entraram na pauta com força total — nesta semana a Audi mostrou discretamente um V6 movido a biodiesel, com emissões reduzidas entre 70% e 95% em relação ao uso de diesel fóssil. E ainda nem começamos a falar de etanol… (Leo Contesini)
Proconve L7 dá mais 90 dias de sobrevida para motores antigos
Como você deve saber a esta altura de 2022, vários motores mais antigos do mercado brasileiro deixaram de existir ou foram recalibrados para se adequar à fase L7 do Proconve, o programa de controle de emissões de veículos do Brasil. As novas exigências de níveis de emisões do escape e de vapores de combustível fez com que vários motores e modelos fossem tirados de linha — caso do Volkswagen 1.6 MSI e do Fiat 1.8 etorq.
Evidentemente os modelos em estoque não seriam proibidos juntamente com a fabricação destes motores, então o programa previu um prazo maior para se vender os estoques antigos. Originalmente previsto para 31 de março, este prazo teve de ser revisto pelo governo a pedido dos fabricantes. Segundo eles, a falta de componentes que deixou os carros inacabados no pátio afetou os prazos de finalização e entrega/disponibilidade dos modelos. Com os problemas logísticos enfrentados por toda a indústria no momento, alguns carros poderiam ficar prontos somente depois do prazo final previsto originalmente pela fase L7, então os fabricantes solicitaram a prorrogação deste prazo, que foi atendida.
Com a mudança, agora é possível vender os carros “pré-L7” até o dia 30 de junho. (Leo Contesini)
Estudo nomeia Lamborghini Miura o maior dos carros clássicos
Os preços dos carros clássicos estão em alta há vários anos, e alguns modelos mais que dobraram de valor desde 2019. Os Ferrari e Lamborghini da vida estão no topo da lista, como sempre, mas definitivamente não estão sozinhos nessa.
O site Confused (you are? I am!) publicou um estudo este mês que mostra quais carros mais se valorizaram desde 2019. Uma Ferrari no topo da lista, como se pode imaginar, mas poucos poderiam prever o modelo: o F355. Seu preço aumentou 213,8% no Reino Unido desde maio de 2019. O número 2 é o Testarossa (111,4%), seguido pelo Lamborghini Miura e o F40 (empatados em 100%) e o Alfa Romeo GTV6 (94%). Olhando para a lista também revela que os entusiastas estão procurando cada vez mais o (ein?) Cadillac Brougham (84,5%), o Bugatti EB110 (65%) e o Citroën 2CV (32,4%).
Como o valor financeiro é apenas uma das muitas maneiras de se medir a popularidade de um carro, e o estudo também analisou os carros que as pessoas pesquisam online com mais frequência. O primeiro lugar é ocupado pelo Nissan Skyline GT-R, pesquisado mais de 8,2 milhões de vezes nos últimos 12 meses. O número 2 é o Lamborghini Countach, que apareceu em 4,82 milhões de pesquisas. O terceiro lugar vai para a Ferrari F40. O 250 GTO da Ferrari, que é o carro mais valioso do planeta, está em 14º lugar, atrás do Pontiac Firebird e do Lincoln Continental, entre outros.
O Skyline GT-R da Nissan também é o mais popular no Instagram, segundo cálculo do site baseado em hashtags. O segundo carro mais popular no mundo virtual é o DeLorean DMC-12 e o Chevrolet Corvette Stingray é o terceiro.
Com esses dados em mãos, o site Confused (still am) compilou uma lista dos maiores carros clássicos do mundo. E o vencedor é… o Lamborghini Miura! Como eles chegaram nesta decisão não está claro, mas é uma com a qual provavelmente muitas pessoas vão concordar. Um exercício de validade dúbia, mas se me perguntarem, com um resultado estranhamente preciso! (MAO)
Local Motors acaba, e seus ativos vão à leilão
A Local Motors era uma empresa que apareceu em 2007 com a promessa de fazer um cupê fora de estrada de alta velocidade chamado “Rally Fighter”, equipado com V8 Chevrolet de 430 cv. Em 2009 ela realmente começou a entregar carros a clientes, mas não está claro se eles podiam ser emplacados; provavelmente eram para uso apenas fora-de-estrada, o que limitava suas vendas. A produção do Rally Fighter, um conceito interessante apesar de pouco popular, terminou em 2016, quando a empresa introduziu um cubo elétrico autônomo chamado Olli. A empresa finalmente fechou as portas no mês passado.
A Local Motors se foi, mas agora há uma chance de comprar alguns dos ativos do fabricante especializado, incluindo alguns de seus veículos. O leilão de 443 lotes acontece de 15 a 17 de março. As ofertas incluem dois Rally Fighter. Um é preto acetinado e, de acordo com a listagem do leilão, possui um LS3 V8 de 6,2 litros com 430 cv. O outro Rally Fighter é como o carro do Capitão América: todo decorado com as cores da bandeira americana. O leiloeiro afirma que este tem um V8 de 6,6 litros.
A empresa também trabalhou fortemente com impressão 3D, então um dos lotes é “a maior impressora 3D do mundo”. Alguns carros “impressos” pela empresa também estão entre os lotes.
Uma pena que a empresa, e seu original conceito de cupê de alta velocidade fora-de-estrada tenham acabado desse jeito. Mas criar uma empresa do zero hoje em dia é uma tarefa realmente difícil, principalmente quando não se sabe realmente navegar pela miríade de legislações necessárias para se emplacar um veículo novo. E a Local motors parecia não entender este crucial item para uma empresa moderna. (MAO)
Aston Martin aumenta receitas e reduz perdas em 2021
As receitas da Aston Martin dispararam no ano passado, quando o plano de sua nova equipe de gerenciamento para melhorar a lucratividade e reduzir as perdas se consolidou. As vendas aumentaram 82% para 6.178 unidades em 2021 – um reflexo das operações impactadas pela pandemia de 2020 – e a empresa espera vender mais de 6.600 unidades em 2022 à medida que expande sua linha de produtos.
Como resultado, a receita aumentou 79% para £ 1,1 bilhão (um aumento de 14% em relação à pré-pandemia de 2019) e as perdas antes dos impostos foram reduzidas de £ 466 milhões para £ 214 milhões. A Aston Martin diz que essa redução nas perdas ocorre “apesar do aumento do investimento em atividades de marca e marketing”.
As melhorias financeiras são resultado do impacto da estratégia de transformação Project Horizon da marca, implementada pelo novo CEO Tobias Moers e pelo presidente Lawrence Stroll. Em última análise, a Aston tem como objetivo vender 10.000 carros/ano, gerando receitas de £ 2 bilhões, e £ 500 milhões de lucros antes de impostos até 2024/2025.
Os fatores influentes no aumento da receita da Aston incluíram o lançamento de um novo configurador, que gerou redução dos custos de fabricação em 20%. Além disso, o preço médio de venda de um Aston Martin subiu de £ 136.000 para £ 150.000 em 2021.
No geral, a empresa planeja aumentar as vendas em 8% em 2022 e aumentar os lucros antes de impostos em 50%. Crucial para isso será o lançamento de dois novos modelos, o DBX 707 e o V12 Vantage, que dizem ser mais rentáveis do que os modelos anteriores.
A marca espera que o primeiro trimestre de 2022 seja o mais lento, enquanto aumenta a produção do Valkyrie e se prepara para novas adições na gama, mas diz que suas equipes continuam focadas em mitigar o impacto da crise da cadeia de suprimentos, e que planeja vender 6.600 carros este ano. (MAO)
O Morgan 3-Wheeler está de volta!
Ele voltou! A Morgan apresentou finalmente a nova geração de seu fantástico triciclo; já era esperado, mas um novo carro esporte, daqueles de verdade, é sempre algo a se celebrar.
É um carro (moto? triciclo?) totalmente novo. Com o nome agora de “Super 3” será fabricado em Malvern, Worcestershire, na tradicionalíssima fábrica da empresa em Pickersleigh Road. Agora o carro tem uma estrutura monobloco em alumínio adesivado, com toda parte contribuindo, inclusive o exterior. O espaço e ergonomia também melhoraram, segundo a empresa.
Toda a cabine é completamente à prova de poeira e protegida contra água, mesmo as entradas USB integradas e os displays redondos totalmente digitais. Cada ponto de contato dentro do Super 3 é feito de metal moldado e é frio ao toque. Um dos poucos componentes herdados de seu antecessor é o botão start-stop do motor, inspirado no botão de liberação de mísseis em aeronaves militares.
Uma diferença agora é o fim do V-Twin de motocicleta na frente do “radiador”. Agora o triciclo usa um motor de automóvel, um motor a gasolina de três cilindros e 1,5 litros, de aspiração natural, fornecido pela Ford. Embora a potência não tenha sido divulgada, pelo menos 130 cv são possíveis aqui, o que, em um carro leve assim, é realmente interessante. O motor é acoplado a uma caixa de cinco velocidades do Mazda MX-5, idêntica à usada no antigo 3 Wheeler. No entanto, a transmissão sofreu várias modificações e agora está ligada a uma correia de transmissão reforçada com fibra de carbono.
É simplesmente sensacional ver uma tradição tão bonita ainda viva e modernizada, como é essa do triciclo Morgan. Afinal de contas, o primeiro carro projetado por HFS Morgan em 1909 foi um triciclo deste tipo; cento e treze anos depois, e mais um deles aparece. Feito na mesma fábrica, ainda no mesmo lugar. Vida longa à Morgan! (MAO)
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