Olá, pessoal. Fazia algum tempo que não mandava nenhuma notícia da restauração do meu Alfa Romeo 155 V6. Em parte porque na fase em que o trabalho está, têm acontecido muito pouco progresso mesmo, e em parte porque estava esperando chegar mais alguns itens de detalhes do carro.
Aos que me pediram fotos do carro, o estágio atual é esse: o Alfa está parcialmente desmontado, sem motor, sem frente, sem pneus. Com a chegada de tantos itens, optamos por mantê-lo assim porque, cedo ou tarde, teríamos que desmontar tudo de novo.
As rodas que aparecem na primeira foto, como havia dito, são as do modelo Super. Mas não serão mais, pois encontramos, milagrosamente, quatro rodas originais do carro. Elas serão devidamente restauradas antes de calçar o Alfa.
O conta-gotas não cessa. Conseguimos mais algumas peças do cofre do motor como o reservatório da direção hidráulica, tubulação da admissão e o compartimento que acomoda o filtro de ar. Outra peça interessante que conseguimos — na verdade um conjunto de peças: o jogo de ferramentas original, com direito a triangulo e estepe. São perfumarias que fazem toda a diferença quando o assunto é purismo… coisa que já discutimos antes.
Também chegaram os tecidos dos bancos, carpetes, e acabamentos de portas e coluna central. Tudo usado, é claro, mas em ótimo estado, levando-se em conta os 20 anos de uso. O toque do tecido é formidável. A título de comparação, aos leitores que tiveram Monza da primeira geração, o tecido aveludado tem um padrão similar aos bancos do modelos SL/E e Classic.
A grade dianteira também pintou por aqui, e descobri recentemente, que ela é diferente da peça que equipa os 155 de quatro cilindros. Vocês conseguirão perceber na foto que, enquanto a grade dos modelos feitos entre 1992 e 1994 seguem o mesmo padrão dentro e fora do cuore, a grade dos modelos de 1995 em diante, apresenta um padrão mais moderno, estilo colmeia.
São muitos detalhes, períodos escassos de boas notícias — lembrem-se que iniciei essa restauração em 2009 — e um exercício constante de paciência e controle de ansiedade, mas tenho certeza que valerá a pena.
Provavelmente até a publicação desse artigo, o carro já terá entrado na fase de montagem. Começando com o interior que será refeito mais uma vez. Depois a mecânica e, lá para fevereiro, um tapa da pintura.
Fico por aqui, me comprometo a mandar mais notícias brevemente e, quem sabe, até com o prometido vídeo do carro com o V6 roncando. Até lá!
Por Danilo Rizzo, Project Cars #01
