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Zero a 300

AMG desiste do C63 quatro cilindros | O Alpina B3 3.2 | Réplica do Mclaren de Senna e mais!

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Mercedes pode trocar 4 cilindros turbo por V8

Pois é… parece que a Mercedes entendeu que o público da AMG não quer eficiência e que trocar um V8 biturbo de 4 litros por um 2.0 híbrido de quatro cilindros não parece uma evolução positiva para quem vinha comprando a linha 63 da AMG. Quem em sã consciência achou que isso seria uma boa ideia só por que o novo 4 cilindros tem, em alguma parte do tempo, mais potência que o V8?

Agora, o pessoal da Autocar inglesa descobriu que a Mercedes entendeu que fez besteira com o C63 e o GLC63 e não pretende repeti-la no CLE63 que está a caminho. Segundo a publicação britânica, a Mercedes descobriu que fez besteira da pior forma possível: a baixíssima demanda pelo C63 e GLC63 híbrido.

Por isso, em vez do motor 2.0 turbo “com tecnologia derivada da F1”, como a Mercedes disse em algumas ocasiões por causa da metade elétrica do powertrain híbrido (ou seja: a parte mais tediosa), eles irão equipar o CLE63 AMG com uma variação do atual V8 M177, que mantém o deslocamento de quatro litros e os dois turbos, mas traz um motor gerador elétrico leve (mild hybrid) para chegar aos 585 cv. É menos que os 680 cv possíveis no 2.0 turbo híbrido? Sim. Mas são 585 cv o tempo todo (e não por alguns instantes como o C63 AMG, que tem 571 cv na maior parte do tempo), acompanhado por um ronco que está historicamente associado à esportividade e, acima de tudo, à origem da AMG.

Ainda de acordo com a revista inglesa, o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Mercedes, Markus Schäfer, disse que “os clientes irão decidir” se a AMG continuará usando os motores híbridos de quatro cilindros em seus carros. Como disse mais acima, a demanda pelo C63 e GLC63 é baixíssima e, além disso, os concessionários reclamaram, pois é difícil explicar como um CLE63 de quatro cilindros pode ser mais caro e mais avançado e mais luxuoso que um CLE53 de seis cilindros.

Por mais que o powertrain seja derivado da tecnologia da Fórmula 1, a Fórmula 1 moderna não é exatamente reconhecida pelos roncos de motores como era 15 ou 20 anos atrás. Os tempos mudaram e a Fórmula 1 também. Se a tecnologia de Fórmula 1, simplificada, está em um SUV popular, por que ela seria atraente em um modelo esportivo já tradicional?

No final do ano passado, a Mercedes já disse que colocaria os V8 de volta à linha C63 e E63 em 2026. Agora, com o lançamento do CLE63 se aproximando, parece que é realmente o fim dos 2.0 turbo hibridos em qualquer modelo acima da Classe B. Algo que também prova que a guerra da potência não faz mais sentido quando você sacrifica todo o resto por ela. (Leo Contesini)

 

Uma réplica do Mclaren de Senna, feita na Argentina

A ideia parece muito boa. Tulio Crespi e Luciano Crespi, construtores de carros de competição da cidade de Fangio, Balcarce, foram contratados pela Netflix para produzirem réplicas de carros de F1 funcionais para a série “Senna”, criada pelo sistema de streaming. Como fazer um carro é muito difícil, mas cópias deste primeiro sempre é mais fácil, resolveram ir adiante e comercializá-las para o público.

Os Crespi apresentarão na próxima quinta-feira, 16 de maio, a versão de venda pública dessas réplicas. Chama-se F-1 Concept. O primeiro dos modelos finalizados é o F90, inspirado na Ferrari 641 F-1 90, que o piloto francês Alain Prost pilotou durante a temporada de 1990.

No total, serão cinco os modelos: além do F90, serão oferecidos mais quatro carros: M85 (inspirado na McLaren de 1985), L86 (Lotus 1986), M88 (McLaren 1988) e M91 (McLaren 1991). Podemos imaginar um mercado bem interessante para este tipo de coisa; os fãs de Senna são legião, e para eles, tal coisa deve ser irresistível.

Serão oferecidos dois tipos de motores: Audi 1.8 Turbo (250 cv) e PRV V6 (250 cv). Os carros pesarão 600 quilos sem motorista e serão entregues sem livery, em branco; cada cliente pode escolher como fará seu carro neste sentido.

Diz Luciano Crespi: “Estes veículos não são apenas maquetes, mas autênticos carros de corrida concebidos para oferecer uma experiência de condução única e personalizável a cada cliente. Com a potência necessária para proporcionar diversão e aprender a conduzir a altas velocidades, cada carro incluirá cursos de formação em condução, e atividades exclusivas em pista para aproveitar ao máximo a experiência.”

Os monopostos são construídos com normas de segurança e homologações para competição. São brinquedos em tamanho real, que ainda assim parecem bastante sérios. As medidas dos carros originais são respeitadas, mas os cockpits tem “conforto otimizado”. Ainda não há preço divulgado. (MAO)

 

Raríssima Alpina B3 3.2 à venda

Confesso que essa bateu forte. Por sete anos meu carro pessoal foi uma perua BMW 328i Touring manual E36 de 1996. O carro tinha uma série de modificações pequenas, basicamente em acerto de suspensão e freios, e na época o meu sonho dourado era ir além e fazer um motor aspirado de 3,2 litros e 320 cv acima de 7000 rpm, o que não era barato na época já, mas era factível.

O sonho impossível era o da maioria dos donos de BMW: a versão modificada pela Alpina, completa com as faixas externas da marca e as famosas rodas “ralinho”, com raios ocos que permitiam esconder o bico no centro, atrás da calotinha. Alpina costumava ser algo chique demais, algo que elevava a já semi-chique BMW para um patamar bem acima.

E são coisas realmente raras; simplesmente por serem caríssimas. Então quando um aparece a venda, como é o caso do carro das fotos, todo mundo nota. É um Alpina B3 3.2 Touring 1996 E36. Mesmo ano da minha, aiaiai…

O carro está à venda no site de leilão online americano Bring a Trailer. A Alpina aparentemente construiu 89 exemplares do B3 3.2 Touring, e este ficou ainda melhor com um câmbio manual de seis velocidades que não existia na época (somente 5 marchas como a minha).

Originalmente exportado para o Japão, este B3 foi vendido para a Holanda em 2017 e importado para os EUA em 2020. Além do novo câmbio, o vendedor adicionou um diferencial autoblocante e consertou tudo que precisava de reparo, inclusive as polias variáveis VANOS do motor.

O B3 3.2 vinha com o seis em linha original de 2,8 litros aumentado para 3,2 litros, com um virabrequim novo e novos pistões; o motor era “manso”, porém, sem alteração de comandos e coisas assim. Mesmo assim, a potência aumentava em 71 cv, para um total de 265 cv.  O carro original já é seriamente forte, já que a perua é impossivelmente pequena se olhando hoje em dia: mais para Marajó que para Caravan.

Mas é claro que isso é apenas um dos fatores que faz um Alpina legal. Há a cor azul exclusiva, as faixas icônicas que só entusiasta entende, há o acerto profissional do comportamento do carro via molas Eibach específicas da Alpina e amortecedores Bilstein. E as rodas famosas em aro 17. Para um BMW-nerd, algo impossivelmente chique.

E por dentro também continua a festa: bancos (versão BMW Sport) e o volante são revestidos com as cores azul e verde da Alpina, e nada de couro nos bancos, mas sim tecido. No painel, os discretos mostradores digitais extras da marca, que parecem originais: pressão e temperatura de óleo, voltímetro e amperímetro. Na alavanca de câmbio, a famosa manopla de madeira com o brasão heráldico de virabrequim e carburador da marca, e acima do porta-luvas, a placa numerada Alpina que diz que esta é a 23ª B3 3.2 construída.

Este carro tem pouco mais de 160.000 quilômetros rodados e parece bem usado. Mas não importa: para os viciados na mística da marca como eu fui um dia, quase uma orgia de satisfação. Se você tem os meios, altamente recomendado. Ainda que você tiver que esperar um par de anos, até o carro fazer 30, para poder ser trazido para cá. (MAO)

 

O kit Manthey para o Porsche 718 Cayman GT4 RS

A Manthey Racing é uma subsidiária da Porsche sediada em Nürburgring. Existe basicamente para competição, e para desenvolver kits que fazem os Porsche se manter no topo da pirâmide de tempos em Nurburgring. Mantendo esses kits como se fornecidos por outra empresa para montar-se em carros de clientes, é uma maneira de facilitar a validação. E separar um pouco o acerto de pista do de rua, sempre muito diferentes.

O kit da empresa para o incrível Porsche 718 Cayman GT4 RS, anunciado há algum tempo, agora tem seus preços e detalhes divulgados. O kit completo custa apenas US$ 59.836 (R$ 306.958) nos EUA, ó que baratinho.

O kit consiste em coilovers ajustáveis manualmente substituindo os componentes originais da suspensão, um sistema de freio melhorado com linhas reforçadas com malha de aço inoxidável e novas pastilhas, além de uma aerodinâmica fortemente revisada. Você obtém um novo painel frontal da parte inferior da carroceria, uma asa traseira maior, entre outras alterações aerodinâmicas.  Com a asa ajustada para downforce máximo, ele aumenta de 89 kg para 169 kg a 200 km/h.

As alterações representam nada menos que seis segundos a menos no Nürburgring Nordschliefe, nas mãos do piloto de fábrica da Porsche, Jörg Bergmeister: 7m 3.12s. O seu resultado pode não ser tão significativo, é o disclaimer necessário aqui.

Para quem o sensacional carro original, com o seis cilindros aspirado de 4 litros capaz de 9000 rpm, e câmbio manual disponível, não é suficiente, é um kit que não é barato, mas é bem efetivo. E visível, mesmo andando devagar em um estacionamento de restaurante em Malibu. Qual milionário vai querer o GT4 RS “de pobre”, sem kit Manthey? (MAO)

 

Lamborghini lança toca-discos e vinil com roncos de seus V12

Enquanto a Mercedes está indo até a lixeira onde ela jogou o ronco insano dos seus V8, a Lamborghini trata os roncos dos seus motores V12 como música. E não apenas como mera trilha sonora de um passeio animado, mas como coisa de audiófilo mesmo.

A fabricante italiana anunciou o lançamento de uma série especial do toca-discos Technics SL1200 MK7 — a sétima geração de um dos toca-discos mais populares entre audiófilos e DJs da história. Ele tem como diferencial o movimento direto, sem uso de correia de borracha, além de uma base rígida para minimizar as vibrações e um braço em S para evitar pulos da agulha. Batizado SL122M7B, ele tem sua mesa estampada com o padrão em Y usado nos Lamborghini mais recentes, nas cores laranja, verde e amarela — também associadas aos Lamborghini modernos. No borrachão do prato, há um logotipo da Lamborghini.

A parte mais legal desse toca-discos é o complemento, o presente que vem com ele: um disco de vinil com os roncos de seis modelos Lamborghini equipados com o V12. O disco tem um ronco de cada década da história da marca: o 400GT dos anos 1960, o Miura dos anos 1970, o Countach 25th Anniversary dos anos 1980, o Diablo 6.0 SE dos anos 1990, o Murciélago LP-640 dos anos 2000 e, depois de um salto pelos anos 2010, o Revuelto dos anos 20. O vinil em si é um “picture disc” com a roda e pneu do Revuelto.

A pré-venda começou na semana passada na Europa, e o modelo será oferecido até o final de junho deste ano. O preço ainda não foi divulgado, mas o Technics SL1200 Mk7 básico custa US$ 1.100 na Europa e cerca de R$ 12.000 no Brasil. Por aqui, uma edição especial de 50º aniversário do Technics SL1200 pode ser encontrada na faixa dos R$ 25.000. Se um desses Lamborghini chegar aqui, espere algo nessa faixa de preço. (Leo Contesini)