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Ariel comemora 25 anos do Atom com série especial
A Ariel está comemorando 25 anos do seu incrível “andaime com rodas”, o Atom. O carro inovou por ter sua estrutura tubular exposta como parte do design, e é a única tentativa de sucesso de se fazer um Lotus/Caterham Seven moderno; o Seven, sabemos, foi desenhado em 1957, mas continua à venda.
Para comemorar a efeméride, você já sabe: uma série especial limitada. É o Atom 4RR, o mais potente dos Atom até hoje. Agora são nada menos que 532 cv e 56 mkgf; mais até que o lendário Atom V8 de 2011, que tinha 482 cv.
O peso deve ficar em apenas 680 kg, ou 770 cv por tonelada. A Ariel ainda não declarou números de desempenho do novo carro, mas o Atom 4R de 400 cv faz o 0-100 km/h em 2,7 segundos; o novo certamente melhorará isso.
Apenas 25 unidades da edição especial “focada em circuitos” serão produzidas sob encomenda, e os detalhes técnicos completos serão anunciados ainda este ano. Segundo a marca, o carro foi projetado para permitir que “os pilotos de pista mais experientes explorem os limites do leve Atom, enquanto utilizam todo o potencial de suas habilidades de pilotagem”. A gente pode imaginar…

O motor é o mesmo dos outros Atom, só repotenciado aqui: é o motor turbo 2-litros do Honda Civic Type R. O câmbio é um transeixo Quaife pneumático e sequencial de seis velocidades; amortecedores ajustáveis Ohlins, asas e spoilers de fibra de carbono, além de pneus semi-slick aprovados para uso nas ruas, mas just barely. A 110 km/h fornece 110 kg de downforce.
Em 23 de janeiro de 2011, o Atom 500 V8 estabeleceu o recorde de volta na pista de testes do Top Gear, com um tempo de 1:15.1, tornando-se o carro de rua mais rápido a dar a volta na pista. O recorde permaneceu por dois anos, até que o Pagani Huayra completou uma volta em 1:13.8 em 27 de janeiro de 2013. Em janeiro deste ano, o novo 4R, Stig ao volante, fez 1:13.7 na famosa pista do aeródromo de Dunsford. Se você incluir todos os carros de corrida que o Top Gear testou ao longo dos anos, ele é o 15º carro mais rápido, e o sexto mais rápido entre carros de rua, naquele dia. O agora topo da pirâmide 4RR promete bater o recorde novamente!
O preço também não foi divulgado, mas o 4R de 400cv começa nos £ 78.000, sem opcionais como asas e kit aerodinâmico, e com o transeixo manual da Honda de seis marchas. Com todos os opcionais como estão neste 4RR facilmente dobraria este valor. Personalização é o nome do jogo aqui. Quanto custa o 4RR? Algo perto de £ 200.000 não assustaria ninguém.
O carro de quarta geração atual, que serve de base para o R e o RR, é totalmente novo, apesar de seguir bem de perto o tradicional desenho “sem carroceria” que faz a fama dos Atom. Como o Seven que o inspirou, este desenho parece ser, efetivamente, imortal. (MAO)
A volta do Lancia Delta Integrale
O renascimento da Lancia tem sido um processo ainda bem tímido e sem muito sucesso, até agora. O novo hatchback Ypsilon já existe há algum tempo, mas não parece estar esgotando das prateleiras não. As vendas da marca caíram 72% em maio, para apenas 5.627 carros.
O próximo passo é a volta dos logotipos Gamma e Delta. Agora, parece que para gerar algum interesse nesse revival para lá de tímido, a marca italiana anunciou que junto com o Delta, o nome Integrale também volta.
A Autocar nos chamou a atenção para um comunicado da Lancia divulgado na terça-feira, no qual a marca confirmou que o nome “HF Integrale” retornará para as versões de alto desempenho do Gamma e do Delta. A “HF”, era a sigla de carro de alto desempenho da marca, alco como um “GT” na língua de Lancia. Significa literalmente “High Fidelity”, alta fidelidade, por algum motivo. O logotipo tem as letras atrás de um elefantinho. Sim, cavalos empinando, cobras devorando bebês, elefantes… os italianos são realmente loucos.
Já o Integrale era o sobrenome dos Delta 4×4 de rali, o carro de maior sucesso nas provas deste tipo desta marca; se lembrarmos que a Lancia é a marca de maior sucesso do mundo em rali, se entende o tamanho do significado de um “Delta Integrale”. É algo que não se deve errar, um carro com este nome. Então tome cuidado, Lancia.
Em um comunicado anunciando o Ypsilon HF Racing e delineando o futuro da submarca, a Lancia disse: “O HF se tornará a característica definidora de todas as versões de alto desempenho da nova linha Lancia: hoje no modelo Ypsilon e em breve, em 2026, nos próximos Gamma e Delta com o selo ‘HF Integrale’.”
Mas a esperança de que o novo Integrale honre o nome é tênue. A Autocar relata que o próximo Delta poderá ser gêmeo do crossover Opel Mokka. Provavelmente usará a plataforma CMP da Stellantis, que pode acomodar tanto motores de combustão interna quanto totalmente elétricos. Os carros mais populares da plataforma CMP, como o Ypsilon HF, o Alfa Romeo Junior Veloce e o recentemente anunciado Peugeot E-208 GTI, usam um motor elétrico com 280 cv. A Autocar suspeita que este seja o novo Delta HF Integrale. Que beleza. (MAO)
SRT volta, com Kuniskis na liderança
Ao contrário da Lancia, cujo retorno parece andar a passos de cágado, bastou o CEO Tavares ser defenestrado da Stellantis para que executivos como Tim Kuniskis voltarem ao braço americano do conglomerado, a empresa antes conhecida como Chrysler, e as coisas começarem a andar para a frente.
O recente anúncio de que o V8 voltaria para as Ram 1500 provocou uma avalanche de pedidos, e as boas notícias não param de fluir de lá. Agora, a boa nova é que volta a dormente submarca SRT, e que será comandada por Kuniskis himself.

A submarca SRT foi originalmente fundada em 1989 para o Viper, é atualmente usada em apenas um modelo, o Dodge Durango SRT Hellcat, um SUV que está à venda em número limitado desde 2020.
“Estamos reunindo a equipe novamente. Estamos trabalhando com nossa equipe de desenvolvimento de produtos e tecnologia para selecionar os melhores engenheiros em sistemas de transmissão e dinâmica veicular para formar uma equipe digna do nome SRT.” – disse Kuniskis em um comunicado.
A Stellantis não revelou exatamente no que a nova equipe da SRT trabalhará, mas um vídeo teaser mostrando os ruídos do V-8 e dizendo aos espectadores que “é hora de fazer barulho de novo”, já diz o que todos sabemos: muita potência, no estilo americano. Que é o que marcas como a Dodge significam, afinal de contas. A Dodge elétrica é uma ideia fracassada, agora sabemos; s a singularidade elétrica acontecer, a Dodge não precisa mais existir. Simples assim.
Agora é só aguardar: a SRT vai certamente fazer os carros que sempre esperamos que a antiga Chrysler continuasse fazendo; e o breve e fracassado hiato elétrico, uma lembrança engraçada apenas. Damos as boas vindas de volta ao artista antes conhecido como Chrysler. (MAO)
Mais detalhes do Oilstainlab HF-11
Essa empresa é bem estranha, então vale um pouco de retrospectiva. Chama-se Oilstainlab (“laboratório manchado de óleo”, aproximadamente) e é uma empresa que surgiu na Califórnia com um carro definitivamente sui-generis: o Half11, metade Porsche 911, metade carro de corrida com V8 americano central-traseiro.
A empresa foi fundada por dois irmãos gêmeos canadenses, designers, e com nomes que soam russo: parece coisa de filme de James Bond. Ou lavagem de dinheiro de Máfia. A dupla, Nikita e Iliya Bridan, apesar de serem jovens aos 34 anos, tem experiência na indústria (“passaram um tempo na Acura, Cadillac, Genesis, Honda e Toyota”), e suas criações são extremamente profissionais, apesar de parecerem ideias que um garoto de dez anos rabiscou em seu caderno. Meio 911, meio Can-Am Racer circa 1970? É como crianças se perguntando o que sairia da cruza de um tiranossauro rex e um tubarão branco. Mas o Half-11 pelo menos, existe.

E existe também uma versão “de produção” do famoso carro, agora. É o Oilstainlab HF-11. É um supercarro feito à mão, que estará à venda em 25 unidades apenas, por 2,35 milhões de dólares cada, entregue na Califórnia. Agora, aparecem mais detalhes dele.
A Oilstainlab nomeia modelos como o Porsche Carrera GT, o Sauber C9 e o Gordon Murray T.50 como concorrentes do HF-11. Agora anunciou os motores, e não são V8 LS como se imaginava. Pode-se escolher entre um motor boxer de 4,6 litros e seis cilindros ou um maior, de 5,0 litros e seis cilindros, ambos montados em posição central-longitudinal-traseira.
O modelo “de entrada” de 4,6 litros produzirá 600 cv, em um carro que pesa apenas 910 kg. Já o 5.0, segundo a empresa, tem dois turbos e chega a 1200 cv. Supostamente, é capaz de girar também até 12.000 rpm. Esses motores serão combinados com uma transmissão manual de seis marchas ou uma sequencial de sete marchas. A tração é sempre nas rodas traseiras apenas.
A Oilstainlab diz que também está desenvolvendo uma versão totalmente elétrica, mas ninguém realmente se importa. Ela terá cerca de 850 cv, e a novidade aqui é que os clientes poderão encomendar os motores ICE e elétrico, já que são intercambiáveis por meio de uma troca de subchassi traseiro. A gente fica pensando como vão homologar isso… será que mantém a frente de 911 e emplaca como 911 modificado? Contamos quando descobrirmos. Mas o cara tem que ser corajoso para deixar esse dinheiro todo nas mãos de gêmeos russos criadores de supercarros quase inacreditáveis. Não? (MAO)