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Esta parece ser a Purosangue com carroceria definitiva
É, FlatOuters… parece que eu estava errado. Quando a Ferrari confirmou o desenvolvimento da Purosangue eu apostei — com alguma fundamentação histórica — que a Ferrari não faria um SUV propriamente dito, mas um crossover em forma de um GT soft-roader; algo como os Audi Allroad ou os Volvo Cross Country.
Então a Ferrari começou a circular com um Maserati Levante um tanto suspeito pela região de Maranello. Seria a mula da Purosangue? Ou um motor Ferrari sendo desenvolvido no Maserati Levante? Melhor esperar para ver o que acontece.
Esperamos e o que aconteceu? Os britânicos da revista Autocar flagraram um outro SUV nos arredores da Ferrari, agora mais coberto por capas pretas do que o pessoal do iFood em dia de chuva. Ao que tudo indica, esta é a Purosangue já com sua carroceria final – e, considerando a posição do motorista e da coluna B, ela terá mesmo quatro portas…
A plataforma, contudo, deverá ser a arquitetura modular da Ferrari, e não uma variação da M156 usada pelo Levante — afinal, o nome Purosangue precisa de um embasamento prático. A dianteira baixa do protótipo é um indício disso: a Ferrari poderá usar todos os seus motores no crossover. Um V12 é um motor longo como um seis-em-linha e, a única forma de vê-lo em um capô tão baixo é recuando sua instalação, colocando-o mais próximo da cabine — o que também otimiza a distribuição de massa do carro. Ela também terá uma versão híbrida, com powertrain derivado da SF90 Stradale, um V8 biturbo combinado a três motores elétricos.
A suspensão certamente será ativa, com altura de rodagem ajustável. Nas fotos ela parece estar em seu ajuste mais elevado, mas certamente ficará bem mais baixa, pois já vimos a mula de testes com essa configuração anteriormente (abaixo).
Por dentro, o arranjo de assentos será o mesmo da GTC4 Lusso e das antecessoras: dois bancos na frente, dois bancos atrás, com espaço para adultos em todos eles e, pela primeira vez, com portas para todos eles. Isso, porque a Purosangue é será parte da linha GT da Ferrari, mas não a sucessora da GTC4 Lusso, contrariando o que imaginávamos anteriormente. A Ferrari já tem planos para uma substituta da shooting brake, o que significa que a Purosangue irá iniciar uma nova linhagem de Maranello.
Agora que o carro já está rodando com sua carroceria definitiva, é uma questão de meses para começar o strip-tease e, finalmente, a revelação do carro, pois ele será lançado em algum momento de 2022 — com quatro portas e jeitão de SUV. Infelizmente, eu estava errado… (Leo Contesini)
Porsche expande o programa “Paint-to-Sample”
Para nós que não conseguimos comprar nem um Kwid azul-Alpine, mesmo se tivéssemos dinheiro para comprar qualquer Kwid zero-km, é algo surreal. Mas esta notícia é mais uma que prova que o futuro do automóvel se move cada vez mais na direção de uma volta ao passado, seu início: brinquedos para milionários.
A Porsche já há anos tem um programa chamado “Paint-to-Sample”(pintura segundo amostra): você leva sua cortina, sua calça, sua beringela, seu qualquer coisa numa cor legal até um concessionário. A Porsche vai então, por uma taxa, claro, pintar seu Porsche zero km nesta cor exclusiva. O programa “Paint-to-Sample” sempre existiu, mas nos últimos dez anos, neste mundo cada vez mais especializado e obcecado por detalhes e minúcia, cresceu sobremaneira de popularidade.
A Porsche não ia reclamar de gente querendo jogar dinheiro em cima dela à toa, então para atender a demanda crescente, instalou um novo sistema de mistura de cores que agora está funcionando na fábrica de Zuffenhausen, onde o 718, o 911 e o Taycan estão sendo montados. Com esse novo sistema, aumenta a produção diária de carros com opção PTS de cerca de cinco para 20. O preço? Nos EUA vai de U$11.430 até U$12.830. Sim, por uma cor diferente.
Se você quer um carro exclusivo, mas não tem uma cor preferida para ser copiada, você pode apelar para a lista de cores pré-aprovadas, já existentes em catálogo PTS, que agora foi estendida para mais de 160 tons. Para o 718 ou o 911 existem mais de 100 cores além das cores padrão que aparecem no configurador online. Se você estiver procurando por um Macan, Cayenne ou um Panamera em um tom especial, há mais de 50 opções de PTS disponíveis, e no Taycan, 65.
Dá medo só de imaginar as coisas que levam para copiar cor. A vida de concessionário Porsche deve ser mais difícil do que se imagina. (MAO)
Renault mostra um 4L voador. Sério.
Ok, carro voador parece ser um assunto maluco, fora de órbita, irrelevante sonho bobo. Mas pense bem: sempre sonhamos nisso, o que os 19274129 filmes de ficção científica com carros voadores provam sem sombra de dúvida. A vontade sempre existiu, mas tecnicamente, sempre foi algo difícil de realizar.
Mas a evolução da capacidade computacional miniaturizada conseguiu fazer drones de quatro rotores pararem no ar e retomarem velocidade de uma forma que deixou um monte de gente louca para retomar a pesquisa dos carros voadores. Pode ser difícil ainda e um sonho, mas existe gente ativamente os perseguindo. Ao mesmo tempo, outros prometem produzir helicópteros modernos em série, ao preço de carro de luxo. Será que daqui a 50 anos estaremos é voando, todo mundo?
Esta semana foi a vez da Renault mostrar sua interpretação disso: um R4L voador. O 4L é um dos mais icônicos Renault, um carro barato criado para desbancar o 2CV da arquirrival Citroën em 1961, e um sucesso imenso mundo afora. Um carro que colocou as massas em 4 rodas, em muitos lugares. O simbolismo de um 4L voador não escapou ninguém.
Criado em parceria com a empresa de design TheArsenale, é uma “visão do futuro do 4L”. Um helicóptero de 4 rotores, no idioma dos drones, chamado Air4. Diz a Renault: “Air4 é um símbolo de independência e liberdade, nascido da compreensão de que o tráfego está aumentando, as vidas estão parando e o mundo acima de nós está desimpedido.”
É um exercício de Design, claro, então os detalhes técnicos são também ficção científica: propulsão vem de quatro rotores, um em cada canto do veículo. A empresa imagina usar 90.000 mAh de baterias que forneceriam uma velocidade máxima horizontal máxima de 94km/h, e um teto de vôo de 700 metros.
O Air4 estará em exibição no Atelier Renault na Champs Elysées em Paris, de 29 de novembro até o final do ano. Versões importantes na história do 4L também estarão lá, parte das comemorações dos 60 anos do modelo. Mais tarde, o Air4 fará aparições em Miami, Nova Iorque e Macau. (MAO)
Este é o Morgan Plus 8 GTR
Sim, os Morgan V8 já saíram de produção, bem como o chassi escada e a carroceria com estrutura totalmente em madeira. Os Morgan atuais, além dos motores turbo de quatro e seis cilindros em linha da BMW, tem apenas a cara do carro antigo: a estrutura é um monobloco de alumínio, com alguns vestígios de madeira apenas para dar aparência de tradição mantida.
Mas parece que nove chassis dos antigos Plus 8, comprados por um terceiro (que a Autocar inglesa especula ser uma tentativa de reviver a Bristol), foram devolvidos à Morgan. E a empresa resolveu fazer um carro especial com eles.
O motor, portanto, é o BMW N62 V8 de 4,8 litros, aspirado e com 362 hp. Transmissões manuais e automáticas de seis velocidades serão oferecidas, bem como direção à esquerda ou direita. Os chassis são novinhos, sem uso, e são de antes de 2018. “Reviver um Morgan com motor V8 no momento pode não parecer a escolha óbvia para um fabricante firmemente focado em novas plataformas e motores”, disse o chefe de design de Morgan, Jonathan Wells. “No entanto, quando surgiu a oportunidade destes chassis, nós abraçamos totalmente a ideia de criar um projeto especial, o Plus 8 GTR.”
O GTR tem novas portas com uma linha de cintura alta, como antigamente. Os arcos das rodas foram refeitos, e as rodas de cinco raios com parafuso único central são uma homenagem à história do Plus 8 nas pistas. Há um difusor maior na extremidade traseira, novos paralamas dianteiros dianteiras com aberturas, e um grande splitter dianteiro. Um novo teto rígido substitui o de tecido original.
Cada um dos nove GTR será feito à mão usando técnicas tradicionais, mas quebrando a tradição, a produção acontecerá no Morgan Design and Engineering Center (M-DEC), e não na fábrica de Pickersleigh Road, Malvern Link. O preço? Se você precisa perguntar… (MAO)