Se no Brasil a história do Astra foi encerrada em 2012, na Europa o hatch está em sua quarta geração, lançada em 2009. Embora não seja exatamente novidade, a Opel conseguiu atrair nossa atenção com ele: o Astra OPC Extreme, que tem 300 cv, abusa da fibra de carbono e tem visual totalmente racer.
No Brasil, tivemos a primeira geração do Astra (F), importado da Bélgica, por um breve período em meados dos anos 90, e a segunda geração (G) fabricada por aqui até 2012. Além disso, também tivemos o Chevrolet Vectra baseado no Astra H, nas versões sedã e hatch, que permaneceu em linha até 2011. Sim, foi uma bagunça.
Enquanto isto, na Europa, o moderno Astra J era lançado em 2009. Com motores turbinados e aspirados de 1,4, 1,6 e 1,8 litro, é um carro moderno e atraente, daqueles de se lamentar não ter em solo brasileiro. Contudo, a melhor versão foi lançada em 2012: o Astra OPC, um verdadeiro foguete com motor 2.0 turbo com injeção direta e 280 cv nas rodas dianteiras, além de uma bela carroceria de duas portas, mais fluida e robusta, bem diferente do modelo de quatro portas.
O belíssimo e nervoso Astra OPC
A potência do Astra OPC vai para as rodas dianteiras e passa por um câmbio manual de seis marchas e um diferencial de deslizamento limitado. O conjunto acelera de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos (0,1 s a menos do que o Porsche Boxster, para colocar as coisas em contexto), com máxima de 248 km/h. Ele anda mesmo.
E foi com base no Astra OPC que a Opel criou seu astro (desculpem por essa) para o Salão de Genebra deste ano, que acontecerá entre os dias 6 e 16 de março. O Opel Astra OPC Extreme deverá ser o carro de tração dianteira mais potente da história da Opel, elevando a potência de 280 para 300 cv — fazendo deste, também, o motor quatro-cilindros mais potente da história da marca.
Contudo, não foi apenas o motor que sofreu modificações: a carroceria também passou por um alívio de peso. Porque, apesar de toda a cavalaria, o Astra OPC é um carro pesado: o original leva o ponteiro da balança aos 1.475 kg.
Os para-lamas de aço foram substituídos por peças de alumínio, que pesam apenas 800 g cada uma — bem menos do que os 2,2 kg das peças originais. A redução de peso no teto, que foi substituído por uma peça de fibra de carbono, é ainda mais impressionante: 2,6 kg em vez dos 9,3 kg do teto de aço. Outros componentes substituídos foram o capô, os para-lamas traseiros, difusores, spoiler dianteiro, barra estabilizadora e até as rodas. Com o uso de materias leves, o Astra OPC Extreme pesa 100 kg a menos do que o carro que lhe serviu de base.
Os freios receberam discos de 370 mm e pinças Brembo de seis pistões, que são cobertas por rodas de 19 polegadas calçadas com pneus Hankook 245/35.
Por dentro, bancos concha e cintos de competição de seis pontos deixam claro que as intenções não são boas. O banco traseiro deu lugar a uma gaiola de proteção, e os detalhes em amarelo combinam com a decoração externa, inspirada na pintura de competição clássica da Opel.
Apesar de tudo, a Opel não revelou dados de desempenho do Extreme — estes deverão ser divulgados na apresentação do carro em Genebra. Vamos aguardar ansiosos, e com uma boa razão: a Opel considera produzi-lo em série limitadíssima. Se isto acontecer, até dá para imaginá-lo detonando nos track days.