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Audi e-Tron é lançado no Brasil por R$ 500.000
O Audi e-tron, primeiro elétrico da marca dos quatro anéis, chega ao Brasil. E ele vem importado da Bélgica em duas versões: Performance e Performance Black, que diferenciam-se em alguns detalhes estéticos e equipamentos – e, claro, no preço. A primeira custa R$ 499.990 e a segunda, R$ 539.900
O conjunto motriz é o mesmo: dois motores elétricos, um para cada eixo, totalizando 408 cv e 67,7 kgfm de torque – o suficiente para ir de zero a 100 km/h em 5,7 segundos e atingir os 200 km/h de velocidade máxima.
O Audi e-Tron é feito sobre a plataforma MEB da Volkswagen e tem 4,9 metros de comprimento, 2,04 m de largura, 1,63 m de altura e entre-eixos de 2,93 m. As baterias de 95 kW ficam no assoalho e garantem autonomia de até 436 km.
Olhando para ele, é fácil esquecer que se trata de um elétrico – a Audi apostou em um design mais tradicional, sem os elementos futuristas e conceituais que até bem pouco tempo atrás eram padrão nos carros a bateria – mesmo a tomada fica bem escondida sob uma tampa nos para-lamas dianteiros. Esta, aliás, pode ser conectada a um WallBox para que a bateria seja recarregada durante a noite (o processo leva cerca de nove horas), ou aos carregadores rápidos que serão instalados nas principais rodovias do País – serão 30 até 2022 – capazes de recuperar 80% da autonomia em 30 minutos.
O Audi e-tron Performance vem equipado com ar-condicionado de quatro zonas, bancos dianteiros com ajustes elétricos, teto solar panorâmico, iluminação ambiente com 30 cores selecionáveis, suspensão a ar, rodas de 21 polegadas, faróis de LED com luz alta automática, cruise control adaptativo, assistente de permanência em faixa, seis airbags, câmeras de 360° e central multimídia com duas telas (uma de 10,1” e outra de 8,6”). Ele oferece como opcionais pintura metálica, por R$ 2.600; e o Pacote Tecnológico, que inclui visão noturna e head-up display, por R$ 26.000.
Já o e-tron Performance Black troca o couro por Alcantara, traz acabamento preto no interior, kit de acessórios S-Line, pinças de freio pintadas de laranja e som Bang & Olufsen. Oferece os mesmos opcionais que o Performance, mais faróis Matrix (R$ 13.000), câmeras no lugar dos retrovisores (R$ 13.000) e sistema Side Assist, que monitora o tráfego ao redor do carro (R$ 8.000).
O Audi e-tron será oferecido em 14 revendas da Audi – Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Londrina (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES) e São Paulo (SP). As primeiras unidades terão preço promocional de R$ 459.990 (Performance) e R$ 499.990 (Performance Black). (Dalmo Hernandes)
Lotus está planejando um novo modelo de entrada
Parece que a propriedade chinesa da Lotus está fazendo bem para a marca. Depois de ganhar um supercarro elétrico, algo aparentemente fundamental para marcas “high-end” nesta próxima década de 2020, eles agora terão um novo modelo de entrada — supostamente o último modelo impulsionado pela combustão interna da história da marca.
A apuração é do site Automotive News Europe, que conversou com o CEO da Lotus Phil Popham. Segundo o britânico, o modelo será um esportivo voltado ao uso diário, com espaço interno suficiente para esse tipo de utilização, algo que não é possível em seu atual modelo de entrada, o Elise. Popham, contudo, não mencionou se o novo modelo será substituto do Elise ou se será posicionado abaixo dele. Especula-se que o modelo seja um rival para o Alpine A110 e Porsche Cayman, posicionado na mesma faixa de preços — cerca de US$ 55.000 — o que também o coloca na mesma faixa do Elise, daí a dúvida.
O modelo também faz parte dos planos da Geely em expandir a atuação da Lotus — que tem até um crossover no horizonte — e seguirá o estilo do elétrico Evija. Não há menção sobre qual motor ele irá usar (atualmente Elise e Evora usam motores Toyota), nem se ele terá dois ou quatro lugares. Tudo o que foi dito até agora, é que ele será lançado entre o fim deste ano e o início de 2021.
Aqui é interessante notar algo: se este será o último modelo a combustão interna da Lotus, talvez o crossover da marca seja um modelo elétrico ou híbrido. De qualquer forma, isso representa uma mudança para carros elétricos. Só que elétricos tendem a ser pesados, o que contraria a essência da Lotus — adicione leveza. Seria este o último modelo porque eles investirão em elétricos, ou o último modelo porque a Lotus vai deixar de ser a melhor fabricante de esportivos leves, ágeis e puristas para se tornar uma fabricante genérica de elétricos e, neste caso, corre um sério risco de desaparecer? (Leo Contesini)
Porsche Taycan terá versão mais barata só com tração traseira
A Porsche diz que o Taycan, seu incrível sedã elétrico, não é um rival direto do Tesla Model S. Que ele é um carro mais exclusivo e sofisticado, e de pegada mais esportiva. E é mesmo – tanto que custa mais caro. Mas isto aparentemente não impede os alemães de querer expandir o leque de possíveis compradores e tentar conquistar os que estão pensando em comprar um Tesla.
Para isto, o Taycan ganhará uma versão mais barata, com apenas um motor na traseira e potência na casa dos 400 cv. Como será um carro mais leve, ele também deverá utilizar um conjunto de baterias menor. Em entrevista à Car Magazine, o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Porsche, Dr. Michael Steiner, disse que a versão mais “em conta” do Taycan será disponibilizada apenas em alguns mercados para complementar a linha.
Faz sentido imaginar que o Brasil seja um desses mercados – em nosso País, a Porsche oferece toda a sua linha, em todas as versões possíveis, incluindo eletrificados. (Dalmo Hernandes)
Organizadores cancelam edição deste ano do concurso de Pebble Beach
Um dos mais importantes concursos de clássicos do planeta, o Pebble Beach Concours d’Elegance, não será realizado neste ano. A razão, claro, é a pandemia do novo coronavírus. Originalmente agendado para 16 de agosto de 2020, a edição deste ano foi cancelada, e ele será retomado somente em 2021.
Além dele, os outros eventos da Monterey Car Week foram cancelados, caso do Legends of the Autobahn, um festival voltado aos clássicos alemães e organizado pelo BMWCCA, o Mercedes-Benz Club of America e o Audi Club of America. Após o cancelamento deste, os demais eventos paralelos foram sendo cancelados até culminar no cancelamento do concurso de Pebble Beach.
Com o cancelamento, o processo de candidatura para participar da 70ª edição do evento, que seria realizada neste ano e acontecerá somente em 15 de agosto de 2021, foi prorrogado para abril de 2021. (Leo Contesini)
Mustang Cobra Jet 1400 é o novo carro de arrancada elétrico da Ford
Mais uma nota sobre elétricos – este é o mundo em que vivemos agora. E mais: sobre um carro de arrancada elétrico: o Ford Mustang Cobra Jet 1400.
O número em seu nome corresponde à potência gerada pelo motor – 1.400 hp, ou 1.420 cv (equivalente a 1.044 kW). Não há detalhes sobre o motor em si ou o conjunto de baterias, mas a Ford diz que o protótipo é capaz de cumprir o quarto de milha em oito segundos baixos a cerca de 273 km/h.
Considerando que o Cobra Jet 1400 é basicamente um funny car movido a bateria, os números não surpreendem. O que faz pensar é o fato de ele não ter um ronco de motor – boa parte da experiência da arrancada passa pelo barulho ensurdecedor dos motores preparados, e isto certamente faz falta para quem é old school. Ao menos ele não é totalmente silencioso, produzindo um zunido futurista quando arranca.
Nissan e Honda irão suspender produção além da quarentena
Além da Toyota e da GM, a Honda e a Nissan também irão manter suas produções suspensas além do período da quarentena. A Nissan irá retomar a produção somente no próximo dia 21 de maio, e suspendeu os contratos dos funcionários da produção, enquanto a Honda optou por voltar somente em 25 de junho, também com suspensão de contratos dos funcionários da produção.
Os motivos para o adiamento da retomada são os mesmos da Toyota e GM: adequação da produção à demanda, que está sendo praticamente inexistente ao longo de abril, o que manteve os pátios cheios. Em ambos os casos haverá redução de salários variando de zero a 25% de acordo com a faixa salarial — os salários mais altos terão maiores reduções —, porém com complementação do governo federal, segundo o modelo de layoff adotado para indústria brasileira. (Leo Contesini)
FCA atrasa cronograma de lançamentos devido ao novo coronavírus
Em live transmitida pelo site Automotive Business, Antonio Filosa, presidente da FCA América Latina, deu um panorama do futuro do grupo Fiat Chrysler Automobiles nos próximos meses. A fabricante vai manter todos os seus lançamentos futuros, previstos para 2021 e 2022, mas alguns deles serão lançados com até seis meses de atraso.
Entre estes lançamentos inclui-se Argo, Cronos, Mobi, Toro e Fiorino reestilizados, dois SUVs inéditos – um deles derivado do Argo, e o outro baseado no conceito Fastback, visto no Salão do Automóvel de 2018). Argo e Cronos ganharão uma versão com turbocompressor do motor Firefly 1.0 de três cilindros, com quatro válvulas por cilindro e potência na casa dos 120 cv. A Toro terá o motor Firefly 1.3 de quatro cilindros, também com cabeçote multiválvulas, capaz de gerar cerca de 150 cv.
Os motores Firefly turboalimentados também serão adotados pelos Jeep Renegade (1.0) e Compass (1.3). A marca de utilitários também terá um novo modelo de sete lugares produzido no Brasil, destinado a ocupar o topo da gama.
Já pelo lado da Jeep, teremos as atualizações do Compass e do Renegade, ambos com os motores Firefly turbo (1.3 no primeiro e 1.0 no segundo), além do inédito modelo de 7 lugares que será o modelo topo de linha da marca entre os produzidos no Brasil.
Filosa também abordou os eletrificados – tanto o Jeep Renegade e o Jeep Compass híbridos quanto o novo Fiat 500e seriam apresentados no Salão do Automóvel e chegariam ao mercado logo em seguida. A crise da pandemia, porém, empurrou os três para algum momento 2021. O executivo não deu datas, porém, citando a volatilidade do dólar e a incerteza quanto ao retorno das atividades de produção na Itália – um dos países atingidos com mais gravidade pelo novo Coronavírus – como razões. (Dalmo Hernandes)