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O novo Audi TT pode ser baseado em Porsche

Com o fim do TT em 2023, e o R8 já também parte do passado, não há mais um carro esporte na linha da Audi. Dedicada que ela estava ao desejado futuro elétrico, a marca acreditava que tinha que cortar despesas para financiar esta “revolução”, e os carros que vendiam menos foram embora por isso.
O que aconteceu então é algo que é óbvio, mas parece que todos esqueceram. Os carros esporte podem não vender bem; nunca foram lá uma proposta de altíssimo volume, em época nenhuma. Mas são importantes! Trazem mais gente para a empresa, chamam a atenção para ela, criam boa vontade e assunto para conversar. Um carro esporte sensacional não precisa vender bem; precisa ser assunto. O McLaren F1, por exemplo, foi um fracasso comercial.

Como o futuro elétrico agora também parece cada vez mais longe, a Audi naturalmente está com problemas, e agora procura reverter as decisões que a colocaram nesta situação. A volta de carros-símbolo é algo que estudam ativamente. E para fazer isso rápido, talvez peguem algo de uma irmã corporativa que nunca esqueceu que precisa manter símbolos na linha: a Porsche.
O CEO da Audi, Gernot Döllner, revelou recentemente que um novo TT está chegando e será o “TT Moment 2.0”. Em entrevista para a revista Bild, Döllner disse que o conceito elétrico será lançado neste outono (do hemisfério norte), o que provavelmente significa uma revelação durante o Salão do Automóvel de Munique. Döllner disse que o novo carro seria algo entre o antigo TT e o R8.

Tudo indica que será uma versão do Porsche 718. A grande pergunta é qual 718; o atual 718 Boxster e 718 Cayman sairão de produção em outubro deste ano. O novo “718 eletric” parece só aparece em 2027, e mesmo isso está em discussão, agora que a Porsche, e todo resto do mundo, já viu que caro esporte elétrico não é lá uma proposta de venda popular. E não parece que isso vai mudar.
Mas enfim, qualquer que seja o futuro do 718, parece que agora ele se atrela à Audi. Quem sabe o antigo ganha sobrevida com quatro argolas? Será que o Porsche barato é melhor sendo um Audi?

É o reverso do Porsche 924: este era um projeto Audi que acabou engavetado, mas foi comprado pela Porsche e transformado em um produto seu, de entrada. O precedente histórico existe, ainda que reverso. Veremos! (MAO)
Golf Force One: o golf cart blindado do Presidente dos EUA. Sério.

A gente fica velho e acha que já viu de tudo, e começa a ficar cínico; como não ficar quando a grande novidade do dia é coisa que você já viu algumas vezes, de alguma outra forma, no passado?
Mas essa, juro que nunca imaginei ver. O que prova que cada amanhecer é promessa de algo novo nessa vida. Não necessariamente bom, mas novo; e é essa surpresa perene que faz a vida valer a pena.

A surpresa de hoje é um carrinho de golfe blindado. Não só isso: um carrinho de Golfe criado para proteger o Presidente dos EUA, o que sabemos, é um trabalho seríssimo. Estão chamando ele de Golf Force One, uma engraçadíssima alusão ao famoso avião da presidência americana.
Tudo porque o atual presidente americano é um grande entusiasta da atividade. Neste fim de semana, ele viajou para a Escócia para fechar alguns negócios e, naturalmente, jogar algumas partidas de golfe no resort Trump Turnberry. Mas a grande atração não foi o esporte em si: foi seu carro de golfe blindado!

Não precisamos dizer que este não é um carrinho de golfe comum. O veículo com a carroceria preta, é um Polaris Ranger XP 1000 com quatro portas. Ele foi pintado com a carroceria preta e apresenta todos os sinais reveladores de ser blindado.
O carro não foi usado na partida pelo presidente; de acordo com o The War Zone, é possível que o Golf Force One só precise ser usado em situações de emergência, talvez para levar Trump embora caso surja uma ameaça iminente enquanto ele estiver no campo. Uma sala do pânico móvel, seria. Lembrando que já sofreu atentado num campo de golfe; o serviço Secreto deve ter criado novos procedimentos para protegê-lo durante a atividade.

Não se sabe a especificação exata do carrinho, como sempre. Mas deve ser algo realmente forte, e provavelmente, com quatro soldados fortemente armados dentro. O Polaris normal tem um bicilíndrico DOHC/8v arrefecido a líquido com 1 litro e 83 cv; mas não ficaríamos surpresos se esse tivesse, sei lá, uma turbina a gás de helicóptero com 1000 cv. Vai saber… E nem podemos imaginar quanto pesa.
Pois é: Golf Force One. Cada uma que a gente vê… (MAO)
McLaren F1 de Larry Ellison pode ser o mais valioso de todos

Todo McLaren F1 é mega valioso. Até o de Rowan “Mr Bean” Atkinson, que rodou milhares de quilômetros e sofreu diversos acidentes. Hoje, vale tanto que mesmo capote e pegue fogo até sobrar nada, será reconstruído pela forma da propriedade de um numero de chassi original. Isso mesmo: a Mclaren faz um novo para você, se o seu virar fumaça; só não pode fazer MAIS um novo, pois teria que homologá-lo para 2025. Um McLaren F1 era vendido zero km por um milhão de dólares nos anos 1990; hoje vale mais de 20.

Famosamente, mesmo o seu criador, Gordon Murray, acabou vendendo o seu quando o valor ficou obsceno; foi com o dinheiro da venda que ele comprou sua enorme coleção atual de 30 carros que pesam abaixo de 900 kg.
Então imagine quanto deve valer isso: um carro original, com uma quilometragem incrivelmente baixa e uma história que começa com um bilionário famoso e documentação extensa.

O carro é na clássica cor Prata Magnésio e foi originalmente entregue ao fundador da Oracle, Larry Ellison, em agosto de 1997. Um dos sete importados oficialmente para os Estados Unidos, passou mais de uma década nas mãos de Ellison, mas acumulou menos de 4.200 quilômetros durante esse período.

O F1 posteriormente mudou de dono duas vezes, primeiro para um colecionador de São Francisco, depois para seu atual proprietário após um leilão em 2010, e permanece na região desde então. Mesmo agora, seu hodômetro marca menos de 10.460 km.

Por volta de 2012, o carro foi enviado de volta à McLaren, no Reino Unido, para manutenção e foi equipado com novos radiadores e um sistema de ar-condicionado aprimorado. Agora, ele também conta com tanques de combustível especiais em alumínio e escapamento esportivo, mantendo os manuais do proprietário originais, conjunto de bagagem, mala de viagem, capa protetora, modem/laptop de manutenção e chave de torque.

A RM Sotheby’s está cuidando da venda e observa que, em outubro de 2023, o carro foi enviado à McLaren Filadélfia, onde a transmissão foi reconstruída, novos pneus foram instalados e novas velas de ignição foram instaladas. Pequenos reparos também foram feitos na folha de ouro no compartimento do motor. Mais recentemente, o para-brisa foi substituído por um original da McLaren Special Operations.

Um carro perfeito em todos os sentidos, pode passar dos US$ 23 milhões e se tornar o mais caro de todos os F1. Mas como é vendido por lances privados pela RM Sotheby’s, provavelmente, nunca saberemos o valor final pago. (MAO)
Governo quer acabar com exigência de autoescola para tirar CNH

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que o governo federal pretende acabar com a obrigatoriedade de aulas em autoescolas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo ele, o atual processo é “caro, trabalhoso e demorado”, o que afastaria milhões de brasileiros do documento — e da legalidade.
De acordo com Renan, o Brasil tem cerca de 60 milhões de pessoas em idade para dirigir, mas boa parte delas conduz veículos sem habilitação ou simplesmente desiste de dirigir. O alto custo para tirar a CNH, que pode ser comparável ao preço de uma moto usada, é o principal entrave para as classes mais pobres, afirmou o ministro. “Se a pessoa tem dinheiro apenas para uma das duas coisas, ela opta por comprar a moto”, disse.

Renan também citou dados que indicam que, em algumas regiões do Brasil, até 40% dos motociclistas rodam sem habilitação — o que, segundo ele, mostra como o modelo atual é ineficiente e excludente. Outro ponto destacado foi a dificuldade de contratação de caminhoneiros pelo setor produtivo, devido à morosidade do processo para obter a CNH.
A proposta do governo prevê o fim da exigência de carga horária mínima em autoescolas. O candidato continuaria obrigado a ser aprovado nas provas teórica e prática, mas poderia se preparar por conta própria — com a ajuda de familiares, instrutores independentes ou simuladores, por exemplo. Para o ministro, exigir autoescola seria o mesmo que obrigar estudantes a pagar cursinhos para ingressar em universidades públicas.
A mudança, segundo Renan, não depende do Congresso e pode ser implementada por decreto presidencial. Ele acredita que a flexibilização pode aquecer a economia, ao permitir que o dinheiro hoje gasto com autoescolas circule em outros setores.
EPA quer acabar com limites de emissões para carros nos EUA

O governo Trump está se preparando para desmantelar a base legal que permite à Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) limitar emissões de carbono de veículos. O anúncio foi feito nesta terça-feira por Lee Zeldin, novo administrador da agência, que pretende revogar a chamada Endangerment Finding — uma declaração de 2009 que reconhece os gases de efeito estufa como ameaça à saúde pública, autorizando sua regulação. Se a mudança for aprovada, os limites de emissões para carros e caminhões desapareceriam, o que pode redesenhar a indústria automotiva americana e impactar diretamente o mercado de preparação e performance.
“Estamos propondo acabar com 16 anos de incertezas para as fabricantes e os consumidores americanos”, declarou Zeldin em Indianápolis. “A EPA de Obama e Biden distorceu a lei e a ciência para empurrar padrões inviáveis, que colocaram um imposto invisível de trilhões de dólares sobre as famílias.” Segundo ele, essa seria “a maior desregulamentação da história dos Estados Unidos”.
A proposta foi bem recebida por entidades como a SEMA (Specialty Equipment Manufacturers Association), que representa fabricantes de peças de performance e se opõe há anos a medidas que restringem veículos a combustão. Em nota, a associação disse que a revogação da Endangerment Finding protege a liberdade de escolha dos consumidores e impede que “ativistas não eleitos” decidam quais carros os americanos podem dirigir.
Já a Alliance for Automotive Innovation, que reúne fabricantes como Ford, Toyota, Stellantis e Volkswagen, adotou tom mais cauteloso. Segundo o presidente John Bozzella, a entidade ainda analisa o impacto da medida, mas reconhece que os atuais padrões de emissões são “inexequíveis” e precisam ser revistos para manter a indústria competitiva e financeiramente viável.

Na prática, o movimento pode atrasar a transição para os elétricos e reabrir espaço para soluções híbridas — menos exigentes e mais lucrativas para as marcas. Várias fabricantes têm perdido bilhões com seus programas de eletrificação, e o mercado americano ainda prefere motores a combustão.
Mesmo que o cenário mude de novo em uma futura administração, a indústria pode aproveitar o intervalo para manter em linha modelos que estavam com os dias contados.
Brabus 1000: o Mercedes híbrido de 1000 cv e torque sísmico

Se alguém olha para um Mercedes-AMG GT 63 S E Performance e pensa “isso aqui precisa de mais potência”, provavelmente trabalha na Brabus. A preparadora alemã acaba de revelar o Brabus 1000, um monstro baseado no super-híbrido da AMG — agora com 1.000 cv, mais de 1.300 kgfm de torque e visual digno de supervilão de ficção científica.

O número no nome não é figura de linguagem: o Brabus 1000 entrega exatamente 1.000 cv e um torque de 185,6 kgfm . É tanta força que a própria Brabus teve que limitar o torque a “apenas” 165,2 kgfm para evitar que a transmissão explodisse. Segundo a empresa, o tempo de 0 a 100 km/h cai para absurdos 2,6 segundos, com 0 a 200 km/h em 9,5 s e 0 a 300 km/h em 23,6 s. A velocidade máxima é limitada eletronicamente a 320 km/h.



Para alcançar esses números, a Brabus não se contentou com turbos maiores: o V8 4.0 biturbo foi retrabalhado com um novo virabrequim de alumínio forjado, bielas forjadas e aumento de cilindrada para 4,5 litros. O escapamento é feito sob medida em aço inox, e o sistema híbrido original com motor elétrico de 204 cv foi mantido. O motor a combustão sozinho já entrega 785 cv e 127,5 kgfm

Mas o Brabus 1000 não impressiona apenas pela força bruta. A carroceria ganhou novos componentes aerodinâmicos em fibra de carbono, como canards, difusor, splitter e uma asa traseira fixa. As rodas são de 21 polegadas na dianteira e 22 na traseira, com nova suspensão que rebaixa o carro em 20 mm. Por dentro, o acabamento é em couro preto com detalhes em fibra de carbono e toques vermelhos nos difusores, alto-falantes e comandos.

O preço? €445.900 — não vou converter pois é deprimente. Para quem achava que o Mercedes-AMG GT 63 S E Performance era civilizado demais, a Brabus tem a resposta: mais motor, mais carbono e torque suficiente para fazer o planeta girar ao contrário.