nao havia como começar a primeira parte desta serie sobre as lendas do dtm com outro carro que nao o bmw m3 e30 ele um dos esportivos mais festejados de todos os tempos estabelecendo uma tradiçao que ja dura tres decadas e foi feito sob medida para a categoria para a segunda parte decidimos avançar um pouco no tempo e ir ate o inicio dos anos 1990 voce deve saber que foi exatamente nesta epoca que os carros importados começaram a circular pelo brasil apos decadas de mercado fechado e que um dos carros mais cobiçados pelo entusiastas era o chevrolet calibra um cupe com motor 2 0 16v de 150 cv que chamava a atençao por seu design limpo e aerodinamico e tambem por seu desempenho ele era capaz de chegar aos 100 km/h em menos de dez segundos com velocidade maxima de 215 km/h seu lançamento por aqui em setembro de 1993 ao lado do chevrolet vectra com quem compartilhava a plataforma e no caso do gsi o motor c20xe quase coincidiu com a estreia do opel calibra no dtm o campeonato de turismo alemao aquela altura bmw ford mercedes benz e ate mesmo a britanica rover ja haviam triunfado na categoria mas isto ainda nao havia acontecido com a opel e nao foi por falta de tentar desde o primeiro ano 1984 a opel ja participava do dtm com uma versao de corrida do kadett e nosso velho e conhecido chevrolet kadett o chamado kadett gsi 16v dtm era um carro de corrida bem interessante com preparaçao no motor c20xe para entregar 220 cv a 7 800 rpm e 20 9 mkgf a 6 200 rpm o cambio era manual e podia ter cinco ou seis marchas e curiosamente seguia levando a força apenas para as rodas dianteiras o que acabou se mostrando o calcanhar de aquiles do kadett contra rivais como o proprio bmw m3 o mercedes benz 190e cosworth e o sierra rs500 falaremos deles tambem pode ficar tranquilo depois disto vieram os cupes monza e manta ambos de traçao traseira e equipados com motores maiores e mais potentes de seis cilindros tres litros e cerca de 300 cv mas ainda nao era o suficiente para que a opel conseguisse superar bmw audi e mercedes benz as tres grandes da alemanha que faziam a festa no campeonato levou alguns anos ate 1993 para que as coisas começassem a mudar era preciso algo melhor e mais moderno para tal nos ultimos anos da decada de 1980 o dtm passava por mudanças o sucesso de publico em circuitos alemaes como hockenheim e nurburgring nordschleife alem da audiencia das transmsissoes na televisao fez com que os organizadores decidissem tornar o regulamento mais brando abandonando as restriçoes do grupo a da fia ao aumentar o leque de modificaçoes permitidas nos carros a dtm tambem abriu as portas para que fabricantes entrassem na disputa ao lado das equipes independentes foi assim que a opel começou a participar do dtm com o calibra em 1993 o cupe originalmente tinha motor dianteiro transversal e traçao dianteira ou nas quatro rodas tal qual o opel vectra contemporaneo no entanto as regras mais flexiveis que nao exigiam a fabricaçao de uma serie especial de homologaçao permitiram uma mudança radical um motor v6 instalado em posiçao longitudinal movendo as quatro rodas do carro a unica exigencia era que o motor deslocasse ate 2 5 litros e tivesse no maximo seis cilindros isto desagradou audi e bmw a primeira nao queria abandonar os motores v8 que vinha utilizando com sucesso e lhe renderam ate dois titulos seguidos em 1990 e 1991 ; e a segunda por questoes de custo por outro lado alfa romeo mercedes benz e opel seguiram firmes e fortes no dtm a opel como era comum decidiu terceirizar seus esforços no dtm para isto contratou a equipe alema joest racing que ja havia conseguido sucesso no campeonato em anos anteriores incluindo a primeira vitoria do bmw m3 na categoria la em 1986 e tambem vinha de uma bem sucedida participaçao no campeonato mundial de endurance o wsc seus pilotos eram manuel reuter vencedor das 24 horas de le mans com o sauber c9; e keke rosberg campeao mundial de formula 1 pela williams em 1982 nao estamos falando de amadores aqui para começar embora o calibra de rua oferecesse um v6 de 2 5 litros ecotec de 170 cv o mesmo ficava instalado em posiçao transversal no carro de competiçao o motor ficava na longitudinal e por mais que tambem tivesse 2 5 litros de deslocamento era um motor completamente diferente projetado e fabricado pela cosworth de acordo com o folclore em torno do calibra da dtm a opel gastou mais que algumas equipes de formula 1 com o desenvolvimento do motor na epoca e que motor com bloco de aço fundido cabeçotes de aluminio e valvulas de titanio curso 60mm e diametro de 94mm era um motor extremamente girador sua potencia maxima oficial era de 480 cv mas na pratica era superior a 500 cv e aparecia a impressionantes 11 650 rpm com 31 6 mkgf de torque a 9 000 rpm o cambio era um transeixo traseiro manual de cinco marchas e atraves de um diferencial central levava a força do motor tambem para as rodas dianteiras apesar da aparencia bastante agressiva o calibra v6 dtm que estreou em 1994 ainda utilizava como base o monobloco original com para lamas alargados para acomodar as bitolas e pneus maiores foi com o passar do tempo que a receita utilizada pela joest racing foi ganhando novos elementos em 1994 o calibra v6 dtm utilizava um subchassi tubular feito sob medida para a suspensao dianteira com torres dos amortecedores tambem sob medida removendo se assim chapas de metal desnecessarias que so aumentavam o peso do carro toda a seçao frontal era uma peça unica feita de fibra de carbono a partir de 1995 o carro recebeu suspensao do tipo pushrod com braços triangulares sobrepostos manteve a dianteira feita de fibra de carbono e incorporou tambem componentes de kevlar na carroceria com isto o peso do carro mal passva dos 1 000 kg e foi so a partir de 1996 com um novo motor ainda mais forte capaz de girar acima das 15 000 rpm que o calibra obteve sucesso no dtm so havia uma questao o campeonato nao se chamava mais dtm [youtube id= bz_0odsaofg width= 620 height= 350 ] aconteceu em meados de 1995 a opçao por tornar o regulamento mais brando deu certo e o publico das corridas era maior do que nunca assim um passo grande foi dado para a temporada seguinte o dtm deixaria de ser uma competiçao disputada exclusivamente na alemanha e passaria a contar com etapas em outros paises como o japao no circuito de suzuka e ate mesmo o brasil recebida no autodromo de interlagos em sao paulo ate o nome mudou itc ou international touring car championship alem disso a categoria começou a ser sancionada pela fia que passou a controlar os direitos de exibiçao ficando tambem maior do lucro foi um sucesso de publico nos autodromos mas na tv as coisas nao foram muito bem a federaçao internacional de automobilismo cobrava caro de quem quisesse transmitir as provas e com isto a audiencia minguou as fabricantes nao gostaram muito especialmente porque com mais dinheiro indo para a fia menos recursos financeiros sobraram para as equipes so que nao havia muito o que fazer entao o negocio era tentar vencer corridas com manuel reuters ao volante que venceu em nurburgring e nas duas etapas de hockenheim a opel fez a liçao de casa e garantiu o titulo sobre a mercedes benz e a alfa romeo [youtube id= kt o_f66r1i width= 620 height= 350 ] a alegria duru pouco porem insatisfeita com as condiçoes estabelecidas pela fia a alfa romeu decidiu abandonar a competiçao e a opel fez o mesmo quem sobrou foi a mercedes benz com uma unica equipe de fabrica na disputa a fia achou por bem cancelar logo o itc de uma vez e o que acontece quando o dinheiro fala mais alto nosso chevrolet calibra pode nao ter muito a ver com o opel calibra que disputou o dtm/itc fora o visual mas isto nao nos impede de acha lo ainda mais legal por isto
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