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O California Corvette Concept
A GM resolveu fazer uma volta ao mundo com Corvettes. Em abril deste ano, o novo estúdio inglês da GM mostrou a sua visão para um C9 elétrico, e agora, é a vez do estúdio californiano apresentar a sua versão da mesma coisa. Sim, desde então o engenheiro-chefe do Corvette já disse que pelo menos por enquanto não há no horizonte visível espaço para um Corvette totalmente elétrico. Mas conceitos são assim mesmo: tentam usar a visão além do alcance. Thundercats, ho, I suppose.
O novo conceito Corvette elétrico, então, apareceu esta semana, e descrito como uma “expressão instigante e inovadora do pensamento de design da GM”. É, segundo a empresa, um monocoque de fibra de carbono. Oficialmente chamado de California Corvette Concept, este é o segundo de três conceitos Corvette a serem revelados este ano, e a GM afirma que este modelo carrega um “distinto sabor sul-californiano”.
É um carro de proporções clássicas de motor central, e uma frente em cunha. Sua característica marcante é o canopy dianteiro, que abre para frente numa dobradiça localizada na extremidade frontal do carro, revelando toda a gente e permitindo entrada no carro. Pode também ser removido, “transformando o conceito de um esportivo ágil e elegante em um carro de corrida leve e aberto”.
A empresa não entra em detalhes sobre o trem de força, afirmando apenas que este conceito do Corvette é um veículo elétrico alimentado por uma bateria prismática em forma de T. Os designers optaram por este formato para proporcionar uma posição de assento mais baixa e abrir espaço para o formato em túnel da parte inferior da carroceria.
Basicamente, todos esses conceitos são temas de desenho produzidos por vários estúdios, e que devem nortear as decisões de design para o próximo Corvette, que não pode estar muito longe; mas pelo jeito, o motor continuará a gasolina. (MAO)
Os detalhes do Lexus LC500 Pinnacle Edition
Há um mês foi anunciado o fim do Lexus LC, um sensacional cupê moderno de luxo que simplesmente não tem par no mundo de hoje, mas ainda assim, é completamente ignorado pelo grande público. Parece que acaba para dar lugar na fábrica e na linha da marca para o LFR, um carro que será mais esportivo e ganhará mais cobertura da imprensa. Mas carros esporte caros não faltam; já cupês como o LC500…
Originalmente apresentado como conceito em 2012 e lançado como modelo de produção em 2016, o LC teve uma longa trajetória. Agora, com seu final marcado, aparecem os detalhes da edição final, chamada de Pinnacle.
A versão é exclusiva para o Japão, descrita pela marca como a representação do “ápice”. A Lexus ainda não confirmado nenhuma data de término de produção ou rumores sobre um sucessor, mas já sabemos que o fim é este ano.
A edição Pinnacle vom com canards no para-choque dianteiro, acabamento preto e uma asa traseira fixa feita de plástico reforçado com fibra de carbono. No entanto, a diferença é que a asa – vista pela primeira vez na edição especial Aviation em 2020 – agora está instalada tanto no cupê quanto no conversível.
O cupê vem com uma pintura exclusiva “Oborogin” com acabamento fosco transparente, enquanto o conversível vem na cor Cinza Neutrino combinada com uma capota “Brown Silver”. Ambas as versões contam com rodas de liga leve forjadas de 21 polegadas e acabamento em preto, o que proporciona uma aparência discreta, porém distinta.
Será oferecida em quantidades limitadas, com apenas 100 cupês e 100 conversíveis disponíveis. Esses carros serão oferecidos apenas no mercado japonês, e as vagas na lista de compradores serão decididas por uma loteria.
Por dentro, o cupê tem acabamento em dois tons de preto e branco, enquanto o conversível se inclina mais para o luxo, com uma combinação de bege e branco. Ambas as versões apresentam detalhes especiais, como painéis bordados, uma placa “LC Limited Edition” no console central e soleiras das portas em fibra de carbono.
Este LC500 Pinnacle continua o mesmo em termos de motor: V8 de 5 litros aspirado, com 477 cv e 55 mkgf de torque. Ele é acoplado a uma transmissão automática de 10 velocidades que envia a potência para as rodas traseiras. Um diferencial autoblocante também faz parte do pacote. O ajuste da suspensão difere ligeiramente entre os dois estilos de carroceria, com o cupê configurado para uma dirigibilidade mais precisa e mais resposta, e o conversível ajustado para uma condução mais suave e relaxante.
O LC500 Pinnacle Edition custa ¥ 17.800.000 (R$ 666.939). O sistema de loteria vai abrir inscrições entre 24 de julho e 7 de agosto. Os candidatos aprovados serão notificados até 18 de agosto. (MAO)
Chevrolet S10 100 anos ganha mais um lote de 100 unidade
A série especial da Chevrolet S10 “100 anos” foi lançada em abril como parte das comemorações de 100 anos da General Motors no Brasil. A picape vinha com visual diferente da S10 normal, mas mais que isso: mudanças na suspensão também. O para-choque dianteiro é novo, com LEDs integrados, e atrás na caçamba há um santantônio exclusivo. Detalhes em preto contrastam com a pintura branca da carroceria, única opção disponível. Uma adesivagem exclusiva fazia parte do pacote.
Esta nova suspensão, desenvolvida aqui pela engenharia local da GM, vem com molas e amortecedores sob medida para essa versão, que deixam o veículo 30mm mais alto, ideal para aventuras off-road mais intensas. Os pneus são All Terrain 265/60 18, com banda de rodagem de maior aderência em terra ou cascalho.
O motor não muda: o mesmo 2.8 turbodiesel de 207 cv e 52 mkgf e câmbio de oito velocidades automático. Como toda S10 agora, para atender o Proconve L8, vem com o sistema de injeção de solução de ureia de alta pureza em água desmineralizada no escapamento, o ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo, 32% de ureia). O sistema requer reabastecimento do fluido regularmente, e existe para reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) em veículos a diesel. Apenas 100 picapes seriam feitas nesta série especial, cada uma custando R$ 325.690.
E qual o motivo de estarmos falando dela de novo? Bem, foi um sucesso, e o lote limitado deslimitou por isso. A versão 100 Anos se esgotou rapidamente nas concessionárias, o que levou a marca a anunciar a produção de mais uma leva com o mesmo pacote visual e técnico.
A Chevrolet também resolveu lembrar que com a S10 100 anos, atingiu também a marca de 100 séries especiais lançadas no Brasil, seguindo uma tradição iniciada nos anos 1970 com o Chevette País Tropical.
Além da série especial, a Chevrolet lançou também o Kit Celebração 100 Anos: capa de chave personalizada, tapetes de carpete, soleiras com acabamento exclusivo e luz de cortesia com projeção do logotipo comemorativo. O conjunto estará disponível como acessório para Onix, Onix Plus, Tracker e S10.
O preço é o mesmo, R$ 325.690, e estará disponível nas lojas somente enquanto durar o novo lote de 100 unidades. Ou não. (MAO)
Porsche diz que seu modelo de negócio não funciona mais
A China é o maior mercado de automóveis do mundo, então é natural que todas as empresas queiram estar lá; que a maioria dos carros seja criada para a China, e o resto do mundo tenha que comprar o que os chineses gostam. É só o jeito que funciona esta indústria. Repare que na China há imposto crescente para cada incremento de 500 cm³ de cilindrada a partir de 1 litro, até 4 litros, e perceba como todo mundo usa, hoje, motores desenvolvidos para a China.
Mas ninguém esperava o abandono geral das marcas estrangeiras que anda acontecendo por lá agora. Parece até que foi planejado, para desmontar a indústria ocidental. Está sendo terrível para ela. Como exemplo, o caso da Porsche foi para as manchetes esta semana: o CEO disse que “o nosso modelo de negócio, que nos serviu bem por tanto tempo, não funciona mais.”
Embora a Porsche esteja se mantendo estável nos EUA por enquanto, mesmo tendo que aumentar preços por causa da corrente batalha tarifária americana, enfrenta sérios desafios na China. As vendas caíram 28% em 2024 e caíram mais 28% até junho.
Além disso, a empresa enfrenta a redução geral de interesse por elétricos, um mecao onde apostava forte. Até o final do ano, a linha da empresa perderá dois carros esportivos movidos a gasolina (Boxster e Cayman) e ganhará um SUV elétrico (o Cayenne EV). A última geração atual do Boxster e do Cayman sairá da linha de montagem em outubro, com os substitutos elétricos chegando apenas em 2026. Um Cayenne totalmente elétrico será revelado nos próximos meses.
O Cayenne elétrico não deve melhorar muito as coisas para a empresa, mesmo que o forte início de seu crossover elétrico menor, o Macan, anime as esperamnças. Por outro lado, o modelo elétrico original da empresa está em dificuldades: as vendas do Taycan despencaram 49% em 2024 e caíram mais 6% no primeiro semestre de 2025.
Antes que você sujira carros esportes novos para salvar a empresa, lembre-se que há muito tempo a Porsche virou uma fábrica de crossover e SUVs de luxo, como todo o resto da indústria; os carros esporte estão lá apenas para diferenciar a marca das outras. Este é o “modelo de negócio” que funcionava, mas parece que não mais. Aguardemos então as cenas dos próximos capítulos. (MAO)