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QJMotor SRK 800 RR muda para ganhar corridas
A entrada das chinesas no mundo das motocicletas está sendo tão rápido, e tem provocado tantas mudanças, que é difícil entender tudo. Mas vamos lá, começando pela explicação de como o motor quatro em linha da MV Agusta acabou em motos da esportivas da QJMotor.
A Pierer Mobility é dona da MV Agusta (além da KTM, Husqvarna e GasGas). A empresa indiana Bajaj, que fabrica os modelos KTM e Husqvarna na Índia, tem uma grande participação acionária na Pierer Mobility AG. Na China, a Pierer Mobility tem uma joint venture com a CFMoto.
Já a Qianjiang, é proprietária da marca Benelli desde 2005, e também fabrica motos sob as marcas QJiang, QJMotor, e Keeway. O acionista majoritário da Qianjiang é o grupo Geely, o mesmo que é dono da Lotus, Smart e Volvo, bem como a London Electric Vehicle Company (fabricante de versões elétricas dos tradicionais táxis pretos de Londres) e várias marcas de carros do mercado chinês.
A Qianjiang tem um acordo com a MV Agusta para fabricar a moto Lucky Explorer 5.5 e usar o motor de quatro cilindros da MV em motos de grande capacidade. Na China, a empresa já lançou a QJMotor SRK921RR, usando uma versão de 921 cm³ do motor de quatro cilindros da MV fabricado sob licença na China, além da QJMotor SRK921 “Super9″, na verdade uma MV Agusta Superveloce 1000 produzida na China sob licença. Confuso? Pois é.
Mas enfim. A notícia de hoje é que a QJMotor SRK 800 RR, modelo que já está competindo no campeonato mundial de Supersport, é o modelo esportivo de médio porte da marca com um motor de quatro cilindros em linha de 778 cm³. Desta vez, segundo a empresa, não é o motor MV Agusta, e sim outro, próprio, por mais improvável que pareça. Embora a moto já esteja à venda em alguns mercados, incluindo Europa e China, ela está mudando radicalmente: está sendo re-homologada com um quadro e braço oscilante traseiro diferentes, bem como um motor mais potente.
Parece que é tudo fruto do programa de competição, e a empresa parece disposta a tudo para ganhar, inclusive mudanças radicais numa moto em produção há pouco tempo. O braço oscilante visto na última homologação corresponde à versão usada na versão de competição da moto. É um design de alumínio fundido com reforço extenso, um forte contraste com o braço oscilante reto e muito simples do modelo de produção existente. O quadro também parece ser de alumínio fundido agora, com um subquadro de aço tubular aparafusado, onde a SRK 800 RR original e a versão de corrida têm um quadro de aço soldado.
Outra diferença significativa é a potência. Originalmente, a SRK 800 RR foi lançada na China com 100 cv a 10.000 rpm, e os sites locais da marca na Europa e na China ainda mostram o mesmo nível de desempenho. No entanto, o site global da empresa agora lista a moto como tendo 120 cv a 12.000 rpm, e a versão mais recente da moto, aparece nos documentos de homologação como tendo 123 cv.
O peso também é substancialmente reduzido, de 214 kg na moto original para 201 kg agora. Até a distância entre eixos foi reduzida, de 1448 mm para 1409 mm, presumivelmente como resultado do novo design do braço oscilante. A velocidade máxima da moto aumentou drasticamente, de 220 km/h para 260 km/h.
A empresa fez sua estreia na série World Supersport em março deste ano, com seu único piloto Raffaele De Rosa em sua única moto de corrida SRK 800 RR. Ele começou a primeira corrida do último lugar no grid, com um tempo de qualificação quatro segundos atrás da pole, mas a moto se aproximou da competitividade conforme a temporada avançava, com destaque para um tempo mais rápido durante uma sessão de treinos livres em Estoril em outubro. Esse rápido desenvolvimento parece estar se refletindo na versão de rua da moto na forma de melhorias contínuas. Pelo jeito, ganhar a todo custo parece ser o objetivo, o que sempre resulta em coisa boa. Veremos. (MAO)
Câmbio manual ressuscita vendas do BMW Z4 nos EUA
Pois é: bastou a BMW dar uma piscadela para seu cliente tradicional, ainda que graças a ajuda da Toyota, para que esses clientes respondessem em forma de vendas. Veja só: lançado no ano passado, o câmbio manual opcional praticamente ressuscitou as vendas do até então mopribundo Z4. De acordo com a BMW, o Z4 manual foi responsável por 65% das vendas totais do conversível nos EUA no ano passado.
O que é realmente incrível se pensarmos que a BMW levou quase cinco anos para trazer o Z4 manual para os EUA após seu lançamento na Europa. É verdade que ainda vendeu pouco; 2.129 exemplares do Z4 no total, quase 1.400 deles manuais. Mas ainda assim, um crescimento de mais de 13% em relação a 2023, e certamente todo ele por causa do câmbio, diz a BMW.
A taxa de aceitação manual do Z4 foi quase idêntica à de seu irmão gêmeo, o Toyota Supra. A Toyota disse que 65% de todos os Supras vendidos nos EUA em 2024 eram modelos manuais, com cerca de 1.700 carros equipados com câmbio de seis marchas. O ímpeto da Toyota em ter o Supra manual nos EUA também foi decisivo para a homologação conjunta, e a consequente redução e divisão de custos.
A única maneira de obter o BMW Z4 de seis marchas nos EUA é optando pelo modelo M40i. Essa versão traz um motor de seis cilindros em linha de 3,0 litros turboalimentado mais potente, produzindo 387 cv.
O Z4 M40i começa em US$ 68.175 (R$ 418.594) nos EUA, mas para ter o câmbio manual é necessário adicionar o Handschalter Edition Package, que adiciona o câmbio decente e alguns outros equipamentos, por US$ 3.500 (R$ 21.490) extras. (MAO)
Fiat lidera vendas no Brasil pelo quarto ano consecutivo
Com 20,9% de participação e 521.289 unidades emplacadas, 45 mil unidades a mais em relação ao ano anterior, a Fiat é pela quarta vez a marca mais vendida no Brasil. O segundo colocado, a VW, ficou nada menos que 118 mil carros atrás.
A GM ficou em terceiro, com um total de 327.686 carros, perto da VW que vendeu 346.649 veículos. Um pouco abaixo ficou a Toyota com 192.226 vendas, seguida pela Hyundai, Jeep, Renault, Nissan, Honda e Peugeot.
Líder no mercado brasileiro, a picape Strada encerrou o ano com 144.690 unidades vendidas e 5,8% de participação. O Argo no 5º lugar, e o Mobi no 9º também ajudaram a consolidar a posição da Fiat.
Mas é nas picapes que a marca brilha, a empresa corretamente detectando e atacando este mercado tão popular hoje: Strada, Toro e Titano cobrem quase todas as possibilidades de picape, e foram responsáveis por 204.778 veículos vendidos, 43,1% de participação no segmento. E não vamos esquecer que a RAM é na verdade uma divisão da mesma empresa, a Stellantis. Assim como a Jeep, outro caso de sucesso.
A Fiat também lidera entre as vans, com 26.223 emplacamentos e 36,7% de participação ao longo do ano, garantindo a manutenção da liderança no segmento desde 2010. Com a primeira colocação do Fiorino entre furgões compactos, o modelo se consolidou pelo 11º ano consecutivo na liderança da categoria no geral e o Scudo, lançado em 2022, liderou entre os furgões intermediários, finalizando o segundo ano consecutivo como furgão mais vendido dessa categoria. Parabéns à Fiat! (MAO)
O Hoonitruck será leiloado este mês
Ken Block se foi, e, aparentemente, os seus incríveis vídeos Gymkhana tembém. A Hoonigan, empresa de Block que incluía o canal de YouTube com quase seis milhões de assinantes, entrou em processo de recuperação judicial, e parece que o futuro é incerto. Bom, parece que nada é para sempre mesmo. De qualquer forma, Gymkana sem Block não seria a mesma coisa.
Para os fãs já com saudades dele, há agora uma possibilidade de rever os melhores momentos de perto: o Hoonitruck, um F-150 1977 com motor de Ford GT, que foi estrela no Gymkhana 10 e no Climbkhana Two, está à venda.
Block construiu o Hoonitruck com a Detroit Speed, e o carro foi revelado no SEMA Show em 2018. É uma estrutura tubular com painéis de carroceria de alumínio batidos à mão que lhe dão a aparência de um F-150 77. É baixo e largo, com para-lamas alargados, e de fora do carro é visível um coletor de admissão personalizado da Ford Performance e seus dois turbocompressores. Um monstro.
O motor é um EcoBoost V-6 de 3,5 litros com 925 cv. É baseado no motor do Ford GT vencedor de Le Mans, e combina com uma caixa de câmbio Sadev sequencial de competição com seis velocidades e um sistema de tração nas quatro rodas criado só para ele. Obviamente algo projetado e construído sem olhar custos, e um carro único. Mesmo vendendo na casa dos milhões, pode até “sair barato”. Comparado ao que foi gasto para fazê-lo originalmente, quero dizer.
A Barrett-Jackson leiloará o Hoonitruck durante seu evento em Scottsdale, Arizona, programado para 18 a 26 de janeiro. Não é a primeira vez que aparece à venda: em 2021 foi vendido por US$ 1,1 milhão, preço que incluía peças de reposição como painéis de carroceria, luzes, suspensão, rodas e muito mais. Quer começar seu próprio canal de YouTube já com uma atração famosa? Olha a chance… (MAO)