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CAOA vence disputa e poderá fabricar novos Hyundai no Brasil
Colocando fim em uma briga travada desde 2018, a brasileira CAOA venceu uma disputa legal com a Hyundai e terá seu contrato prorrogado com a fabricante coreana por mais dez anos, com a possibilidade de importar veículos da marca com exclusividade e também produzi-los no Brasil.
A batalha judicial começou em abril de 2018, quando a CAOA acusou a Hyundai de encerrar prematuramente, sem justificativa e de forma unilateral, o contrato entre as duas empresas, que previa a importação e a produção de modelos da Hyundai no Brasil por dez anos, com renovação automática por mais dez anos. Ou seja, na prática, o contrato tinha validade de 20 anos. Porém, ao fim do primeiro prazo de dez anos, a Hyundai decidiu encerrar o acordo.
Diante da reação negativa da CAOA, a Hyundai propôs uma extensão de dois anos no contrato a partir de abril de 2018, o que desagradou a empresa brasileira – que, em contrapartida, entrou com uma liminar para manter o contrato em vigor sem alterações. A liminar foi julgada neste mês em um tribunal internacional em Frankfurt, com parecer favorável à CAOA.
Agora, a CAOA poderá continuar a importação do Azera, além de trazer novos carros caso desejar. Além disso, a CAOA poderá continuar a produção dos modelos ix35 e New Tucson na fábrica de Anápolis (GO). Paralelamente, a Hyundai Motor Brasil – que é a filial da fabricante coreana por aqui, sem intermédio da CAOA – seguirá a produção da família HB20 e do SUV Creta (cuja nova geração será lançada em breve) em Piracicaba (SP).
De acordo com o Jornal do Carro, que apurou as informações, a decisão favorável à CAOA permitirá que a empresa brasileira concretize os planos de fabricar novos modelos no Brasil – entre eles, o novo Elantra, para voltar a brigar com Honda Civic e Toyota Corolla; e o pequeno XCent, sedã compacto posicionado abaixo do HB20S, são os mais prováveis. Por conta da batalha judicial, esses dois modelos estavam na geladeira.
Audi RS Q E-Tron é o novo protótipo da marca para o Dakar Rally
A Audi apresentou seu novo protótipo para o Dakar Rally 2022: o RS Q E-Tron – que, apesar do nome, não é um elétrico, mas sim um híbrido. E nem parece um Audi. O estilo lembra mais um daqueles supercarros off-road, como o Local Motors Rally Fighter, exceto que com um aplique na dianteira que reproduz o formato das grades dos carros de rua da Audi.
O powertrain pega emprestados os motores elétricos do carro de Fórmula E da Audi para 2021, o FE07. São eles que movem o carro, produzindo 680 cv. As baterias, por sua vez, contam com a ajuda de um motor 2.0 TFSI a gasolina que atua como gerador. Na prática, é um extensor de autonomia, com rotações limitadas entre 4.500 e 6.000 rpm – e um tanque de combustível de 295 litros posicionado atrás do piloto.
Quem quiser vê-lo em ação, porém, não vai precisar esperar até a edição de 2022 do Dakar: como parte do programa de testes do RS Q E-Tron, ele será inscrito em outros ralis de longa duração para procurar “bugs no sistema” e fazer os últimos ajustes.
SSC reconhece que mentiu sobre recorde em outubro de 2020
A polêmica envolvendo a americana SSC e seu suposto recorde em outubro de 2020 acaba de ganhar um importante desdobramento: a fabricante reconheceu, através de uma postagem no Instagram, que mentiu a respeito do recorde de velocidade divulgado na ocasião.
Para quem não lembra, em outubro de 2020 a SSC anunciou que o Tuatara, seu hipercarro com quase 1.800 cv, havia chegado aos 508 km/h e superado com folga o recordista anterior – o Koenigsegg Agera RS, que chegou a verificados 447 km/h em 2017. Não demorou muito tempo, porém, para que suspeitas sobre a legitimidade da marca divulgada pela SSC começassem a pipocar. Em especial, foi o vídeo do youtuber Tim Burton (mais conhecido como Shmee150) que conseguiu mais projeção.
No vídeo, Burton utiliza as próprias marcações do trecho de asfalto que aparece no vídeo da SSC para calcular a distância percorrida pelo carro e compará-la com as velocidades que a fabricante disse ter atingido. O youtuber encontrou diversas inconsistências, que foram ecoadas por outros youtubers e também diversos sites ao redor do globo. Nós, inclusive.
Somada ao fato de não haver um fiscal da Guinness World Records presente no local, a repercussão das suspeitas levou a SSC a dizer que o vídeo continha “um erro honesto” e que divulgaria outro vídeo, sem revisado e sem edições. Na ocasião, a fabricante manteve sua posição e disse que, de fato, o Tuatara havia atingido a velocidade declarada.
Agora, quase um ano depois do fiasco, a SSC finalmente admitiu que o Tuatara não atingiu nenhuma das marcas (532 km/h na primeira medição e 484 km/h na segunda, chegando à média de aproximados 508 km/h).
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O principal trecho da legenda diz o seguinte:
“Se ainda não ficou claro até agora, gostaríamos de reconhecer oficialmente que não atingimos as velocidades declaradas originalmente de 532 km/h, ou mesmo de 484 km/h, em outubro de 2020. Estamos de coração partido, enquanto empresa, por descobrir que não conseguimos realizar essa façanha, e estamos nos esforçando para quebrar a barreira dos 480 km/h de forma transparente, oficial e indubitável.”
A SSC também agradece aos que acreditam na empresa e continuam apoiando mesmo depois da controvérsia.
Mas é difícil não achar esquisita a parte que diz “por descobrir que não conseguimos realizar essa façanha” – então, na verdade, a SSC não sabia qual era a velocidade real atingida pelo Tuatara? De qualquer forma, não houve um pedido de desculpas formal, e a SSC não disse quando pretende quebrar a barreira dos 480 km/h sem margem para suspeitas. Vamos aguardar.
Mercedes-Benz EQS tem eixo traseiro direcional “por assinatura”
Imagine que você comprou um carro “completo”, como manda o figurino – ar-condicionado digital automático, sistemas semi-autônomos, assistente com inteligência artificial, reconhecimento de voz e a melhor central de infotainment possível. Bacana, né? Só que, se você não pagar uma anuidade, os recursos presentes no carro – pelos quais você pagou – não vão funcionar.
A Mercedes-Benz está fazendo exatamente isso. Não com equipamentos tão primordiais, claro, mas com o eixo traseiro direcional (o famoso 4WS ou AWS) do elétrico EQS (aquele com o painel todo transformado em uma gigantesca tela) vendido na Alemanha.
Como padrão, o sistema permite que as rodas traseiras estercem em até 4,5°. Acontece que os componentes físicos do sistema (que usa um motor elétrico para mover as rodas traseiras) tem a capacidade de aumentar o ângulo de esterçamento para até 10° – o que torna a função consideravelmente mais útil, reduzindo o diâmetro de giro do carro para apenas 10,9 metros. Além disso, também tem potencial para tornar o carro bem mais ágil em curvas de alta (quando as rodas traseiras esterçam no mesmo sentido das dianteiras).
Para liberar o ângulo de esterçamento maior, porém, os donos vão precisar pagar uma taxa anual de €489 (o equivalente a quase R$ 3.000 em conversão direta, julho de 2021). Também é possível assinar o recurso por três anos pagando €1.169 (R$ 7.000 em conversão direta) – um desconto de €300 se comparado a três assinaturas anuais.
A atualização do sistema é feita de forma remota pela própria Mercedes-Benz, sem qualquer tipo de alteração física no carro. Com o fim da assinatura, o ângulo de esterçamento das rodas traseiras volta a ser de 4,5°. Vale observar que isto só ocorre na Alemanha: nos Estados Unidos, por exemplo, o EQS virá de série com esterçamento de 10° nas rodas traseiras.
Com a crescente “computadorização” dos carros, não nos surpreenderemos se mais fabricantes adotarem atitudes parecidas – primeiro nos carros de maior prestígio, e depois nos modelos mais baratos. A questão é: será justo comprar um carro equipado com certo recurso, mas ter que pagar à parte para usufruir totalmente dele?
Mercedes-Maybach mostra teaser de novo SUV elétrico
Falando em elétricos e em Mercedes, a divisão de luxo Mercedes-Maybach acaba de revelar um teaser de seu novo SUV a bateria.
O chamado Mecedes-Maybach EQS SUV será baseado no sedã EQS da Mercedes, usando a mesma arquitetura, porém com carroceria de utilitário ainda mais requinte. O teaser mostra pouco – apenas parte das lanternas traseiras e a coluna “C” com o emblema da Maybach. E o veículo em si só deve ser revelado em 2022.
A Mercedes-Maybach, obviamente, ainda não fala em dados técnicos. Contudo, espera-se que ele seja mais potente que o Mercedes-Benz EQS – fala-se até em um powertrain com dois motores elétricos e potência de pelo menos 720 cv.