É impressionante a força as rodas têm sobre o visual geral de um carro. O jogo de rodas certo é capaz de criar tendências, definir tribos e transformar automóveis em ícones. Nossos leitores escolheram as melhores combinações entre carros e rodas de todos os tempos, e a lista você confere a seguir!
Dodge Charger / Magnum 500
Um dos muscle cars mais adorados no mundo, graças a sua postura agressiva, a frente malvada e ao motor V8 Hemi 426 da versão R/T, com seus sete litros e 430 cv de pura maldade. Mas outro pedaço icônico do Charger são as rodas Magnum 500, que também calçaram outros clássicos americanos como o Buick GS e os Ford Mustang Mach 1 e Torino.
Agora, uma curiosidade: o Charger nacional também usou rodas Magnum 500, mas em vez de ser iguais às do Dodge americano, com raios abaulados, elas estavam mais para as usadas no Buick GS, com raios mais finos e retos.
Ferrari F40 / Speedline
A Ferrari lançou em 1987 aquele que foi, à época, o carro mais potente, mais rápido e mais caro já oferecido pela marca a seu público fiel: a F40. Com motor V8 biturbo de 2,9 litros e 478 cv, ela é capaz de acelerar até os 100 km/h em 3,2 segundos e foi o primeiro carro de rua a ultrapassar os 320 km/h.A F40 é tida até hoje como a maior Ferrari de todos os tempos. Fazem parte de seu visual icônico as rodas Speedline de cinco raios, feitas em duas peças de medidas 17×8 na dianteira e 17×10 na traseira, cada uma delas presa por um sistema de cubo rápido.
Subaru Impreza 555 / Speedline Prodrive
Nem só de Ferrari vive a Speedline. Esta já é a terceira vez que citamos os Impreza 555 aqui no FlatOut!, e por uma boa razão: as rodas Speedline Prodrive que, na cor dourada, complementavam a carroceria azul e transformaram a combinação de cores em um ícone. Hoje nem todo Impreza azul com rodas douradas usa as Prodrive, mas elas foram as primeiras e, por isto, merecem destaque.
BMW Série 3 E30 / BBS RS
Não há dúvidas de que a geração E30 da Série 3 é um dos favoritos de quem curte os carros da Baviera, por seu tamanho relativamente compacto, visual clássico e comportamento dinâmico brilhante, menos nos modelos menos potentes. E poucas rodas casam com o E30 melhor do que a BBS RS, o famoso modelo “raiado” com construção em duas ou três peças (dependendo do diâmetro e do offset) e interior dourado ou prateado. Nem precisa ser um M3 — e, na verdade, nem precisa ser um Série 3 — as séries 5 e 6 da mesma época (meados da década de 80) também ficam muito bem de BBS RS. Na verdade, poucos carros não ficam bem de BBS RS, e é por isso que réplicas são tão populares.
Mitsubishi Lancer Evo X / BBS RX
Os clássicos alemães não são os únicos que ficam bem de BBS. Outro modelo, a RX, cai como uma luva no Lancer Evo X. São perfeitas para acelerar o sedã anabolizado com motor 2.0 turbo de 295 cv até os 100 km/h em 4,7 segundos, e ainda fazendo curvas precisas com a tração integral. É uma pena que o futuro do Evo X ainda seja incerto, ao contrário do Subaru STI, que segue firme e forte e acabou de ter sua nova geração apresentada no Salão de Detroit.
Porsche 911 964 / Porsche Cup (Bônus: Audi RS2 Avant)
Se, ao pensar nas rodas para um 911, as primeiras que vem à mente são as clássicas Fuchs, em segundo lugar ficam as Cup. Mas modernas, agressivas e versáteis, as Cup ficam especialmente bem na geração 964, a segunda do 911. Destaque para a versão alargada, usada no 964 RS 3.8.
Elas também equiparam outro carro que é um dos favoritos dos entusiastas: entre os componentes Porsche da super perua Audi RS2 Avant — além de peças do motor, freios e suspensão — estavam as rodas Cup de 17 polegadas, calçadas com pneus Dunlop 245/40. Seria incrível se o RS4 Nogaro, que homenageia o RS2, também usasse rodas Porsche Cup, não é mesmo?
Nismo Nissan Skyline GT-R R34 Z-Tune / RAYS LM GT4 GT500
Fãs de esportivos japoneses costumam ser bastante específicos — “aquele carro, naquele ano, naquela série limitada, com aquele código de chassi” é objeto de culto dos adeptos do JDM — Japanese Domestic Market. Compreendemos: o Skyline GT-R já é um carro bacana por si só, com seu seis-em-linha 2.6 biturbo de 280 cv e sistema de tração integral adaptativa, que manda todo o torque para as rodas traseiras e só passa a transferir força para o eixo dianteiro caso aconteça algo errado. Mas ele pode ser ainda mais selvagem: O Nismo GT-R R34 Z-Tuneé a versão mais potente preparada pela Nismo, e é o Skyline mais extremo já fabricado. Foram apenas 12 unidades deste GT-R R34 com 500 cv de potência. O motor RB26DETT teve cilindrada aumentada para 2,8 litros, com novo bloco, cabeçote, comando, pistões e turbocompressor.
E onde entram as rodas nisto tudo? Elas são exclusivas do GT-R R34 Z-Tune, e ainda por cima são lindas. Acham que este carro merece um post mais detalhado?
Volkswagen Gol GTS / Orbital
As rodas Orbital (ou Futura, ou Acapulco) foram piada há alguns anos — ainda são, de vez em quando —, mas a verdade é que, por mais clichê que sejam, elas ficam muito bem na primeira geração da família Gol e do Passat — especialmente no Gol GTi que foi vendido entre 1991 e 1994. E não vamos esquecer dos 300 cv extras que elas produzem, porque velhos hábitos nunca mudam.
Alfa Romeo 145 / Quadrifoglio
O Alfa Romeo 145 é a interpretação do Cuore Sportivo para a plataforma do Fiat Tipo. Chegou ao Brasil em 1995 (um ano depois de sua estreia na Europa) com motor 2.0 16v de 150 cv e trazia visual esportivo e de personalidade. A Alfa Romeo se retirou do País poucos anos mais tarde, mas o tempo em que esteve por aqui foi suficiente para angariar uma fiel base de admiradores, especialmente na versão Quadrifoglio, que trazia rodas de 15 polegadas com elementos redondos que harmonizavam perfeitamente com o estilo do 145. Recentemente empresas nacionais vem lançando réplicas de rodas clássicas, e as rodas do 145 Quadrifoglio estão entre elas. E dizem que elas caem muito bem no Fiat Uno…
Mini Cooper / Minilite
O carro criado para colocar o Reino Unido sobre rodas no início do fim da década de 60 foi pensado para ser um meio de transporte simples, prático e econômico, mas acabou se tornando muito mais do que isto. O Mini representou uma revolução técnica — com sua concepção de motor transversal e tração dianteira, uma novidade na época; uma revolução no automobilismo, vencendo o Rali de Monte Carlo entre 1964 e 1967, mesmo tendo pouca potência e “tração nas rodas erradas”, e uma revolução no design, se tornando um ícone e sendo vendido até 2000 sem alterações significativas no visual. Depois disso, ganhou uma releitura moderna nas mãos da BMW, que não é tão pequena assim mas segue a mesma receita e faz muito sucesso.
Edição especial do Mini em homenagem a suas conquistas em Monte Carlo
Um clássico como o Mini fica muito bem usando rodas também clássicas, as chamadas Minilites, que no pequeno inglês costumam ter 12 polegadas de diâmetro (o carro da foto traz rodas maiores). Em outros países, há versões das Minilite conhecidas por outros nomes: no Japão, elas se chamam Watanabe, na Itália, Campagnolo e no Brasil, Mexericas. Não são exatamente iguais, mas são bem parecidas entre si.
[ Fotos: kisekistudio (Impreza) ]