Evoluindo! Já apresentamos a ideia do Projeto no primeiro post: o carro mais rápido que conseguimos fazer com as ferramentas que temos para provas de arrancada. Por isso seguimos nossas ideias, com um carro leve e motor com facilidade para tirar uma boa potência.
Depois da construção do carro, iniciamos os testes. Com o carro funcionando, injeção Mega Ms Racing com mapas básicos acertados fomos ao dinamômetro.
Como tudo na vida nada é tão simples como parece. O dinamômetro disponível do parceiro DSP Motors, não estava instalado devido à mudança do local da oficina. Então foram alguns dias de viagens à DSP para ajudar colocar o rolo para funcionar. Durante os jogos do Brasil na Copa estávamos lá cavando o buraco, fazendo fixações, elétrica.
Com tudo ok, passamos na Luxcis Química para pegar Metanol e fomos ao rolo! Antes de forçar o motor no rolo trocamos o óleo por Pentosin 100% sintético, que a Eurochip Importados usa na manutenção dos seus clientes. O óleo é vital para um motor submetido a altas pressões. Estes lubrificantes modernos sintéticos mantêm sua viscosidade, a película de lubrificação mesmo em alta temperatura e pressão. Essencial para pouparmos o motor, mesmo com repetidas puxadas .
Passamos algumas horas testando no dinamômetro para afinar os mapas de injeção 3D da MegaSquirt, motor funcionando liso e crescendo de giro rápido.
Não medimos potência, pois o software do dinamômetro que faz essa medição ainda está sendo importado. Mas este nem era o objetivo, queríamos somente acertar o carro deixar tudo funcionando. Fomos até 1,1 kg de pressão de turbo.
Com tudo ok no dinamômetro, na semana seguinte acertamos detalhes para ir à pista. Concluímos o suporte do banco, o suporte de bateria e abandeja de contenção de óleo. Assim resumido parece ser tudo muito simples, porém são horas de empenho da equipe. Foram madrugadas em claro e trabalhando forte.
Com o carro pronto, fomos ao tradicional Racha Tarumã que ocorre toda sexta-feira. Era dia de competição dos carros de tração traseira, mas até meia noite qualquer carro poderia andar.
Demos duas passadas e o carro destracionava muito facilmente, mesmo arrancando a 3.000 rpm. Veja as imagens abaixo:
Mas nosso objetivo na pista era ver tudo funcionando e de fato funcionou. Saímos de lá muito satisfeitos, pois mesmo com baixa pressão de turbo o motor é valente e o carro de fato está funcionando.
Já planejamos as alterações necessárias para evoluir e fazer o carro grudar. Fizemos novos amortecedores dianteiros e traseiros com regulagem de altura para equalizar os dois lados, além de agora contarmos com mais carga nas molas e amortecedores.
Na semana seguinte voltamos à Tarumã, mas já na primeira passada no segundo burnout o eixo nos deixou. Ficamos frustrados por um lado, mas pelo menos o objetivo de aumentar o grip funcionou.
Mais uma semana de trabalho, novas configurações de eixos e pista novamente, desta vez durante o domingo.
Agora sim, várias passadas e os eixos firmes e fortes.
Passamos a tentar arrancar no giro certo para não patinar demais, nem deixar o giro cair na largada, já que os pneus estavam tracionando muito bem. Terminamos o dia com muito aprendizado e com novos dados para melhorias!
As próximas etapas são ativação de algumas funções da injeção, como Flatshift, controle de largada e booster, além de novos ajustes na suspensão aliados a ainda mais potência.
Assim seguimos evoluindo já com a inscrição feita para a Outlaw250 em novembro! Até lá temos que estar afiados para classificar entre os melhores. A inscrição aconteceu no começo de agosto e em menos de 12 horas as 150 vagas foram preenchidas com presença de paulistas, gaúchos, catarinenses…. e argentinos! Rivalidade na pista! Será uma grande corrida!
Até o próximo post!
Por Gustavo Herdt, Project Cars #11