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Zero a 300

Century acima de Lexus | O Mustang RTR | O fim do Touareg e mais!

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Century vira nova marca da Toyota

Toyota Century 1990

Antes de resolver combater os alemães em seu próprio jogo no fim da década de 1980, os japoneses da Toyota faziam só… bem, Toyotas, né? Mas em 1989 aparecia uma nova marca, inicialmente dedicada ao mercado americano: a Lexus. Dali até hoje, é a marca de luxo deles, a sua Audi separada da VW, para quem não entendeu.

O primeiro Century, 1967

Mas sempre houve, no Japão, um carro que meio que borrava essas fronteiras. Um sedã super-luxuoso obviamente mais luxuoso até que o mais luxuoso dos Lexus. Era, porém, restrito ao Japão, e representava um tipo diferente de luxo; se a Lexus era luxo Europeu feito por japoneses, o Toyota Century era a epítome do luxo japonês. Por isso, o carro era exclusivo para o seu mercado local, um legítimo JDM, mesmo que esta sigla tenha perdido seu sentido original.

Pois bem. Agora, em pleno 2025, a Toyota muda sua hierarquia de marcas ao desmembrar a Century em uma entidade autônoma posicionada acima da Lexus.

O presidente Akio Toyoda revelou que foi sua ideia propor uma marca “acima da Lexus”, acreditando que a Century deveria existir em “uma classe própria”. Ele admitiu que não ficou muito satisfeito ao ver o sedã e o SUV Century expostos no estande da Toyota durante o Japan Mobility Show de 2024; o Century pedia mais. Será a Rolls-Royce da Toyota. Bom, já é, mas agora, com sua própria marca e identidade.

A marca é nova, mas a tradição é longa. O primeiro sedã Century foi lançado em 1967 e, desde então, já passou por três gerações, sendo a segunda o único Toyota equipado com um motor V-12. Em 2023, a linha expandiu-se com um SUV que marcou o início das ambições globais da Century, começando com a entrada no mercado chinês. O que mostra a real ambição desta nova marca: se a Lexus pretendia conquistar o maior mercado do mundo em 1989, a Century fará o mesmo para o mundo de 2025.

Provavelmente, posicionada na estratosfera de preço e prestígio de Rolls, Bentley e cia., os Toyota Century finalmente serão vendidos mundialmente, eventualmente. Mas claro que nada de sedã V12 como nos anos 1990: agora será mais um SUV-limousine gigante nas noites de metrópoles mundo afora. De qualquer forma, um progresso, e um mundo de novas possibilidades. Exportar seu próprio tipo de luxo, e não copiar ninguém, é algo bem Akio Toyoda não? (MAO)


Mustang RTR: quatro cilindros bravo

No mundo onde existe o Mustang  GTD, e o GT V8 é tão popular entre os entusiastas (ainda que as vendas estejam em viés de baixa), é fácil esquecer quão legal são os Mustang básicos, o Ecoboost de quatro cilindros turbo.

Mustangs de quatro cilindros sempre tiveram estigma de coisa inferior, claro: nenhum quatro em linha turbo será tão satisfatório quanto um V8 grande aspirado. Mas hoje em dia, o Ecoboost é uma opção legal pacas: bem mais barato, mais leve, 50% do peso em cada eixo. E o motor, um 2,3 litros turbo, tem nada menos que 320 cv! A vasta maioria dos Mustang V8 do passado não chegava nem perto disso. E, como sabemos, Mustang 2,3 litros turbo é uma tradição da Ford já.

Pois bem: agora a For está dando uma levantada neste modelo, ao oferecer um pacote de alta performance chamado e RTR. O pacote inclui os freios Brembo do Pacote GT Performance com freio dianteiro de seis pistões e traseiro de quatro pistões. O subchassi traseiro e as barras estabilizadoras dianteiras e traseiras são do Dark Horse. para torná-lo mais rígido. Além disso há uma “uma caixa de direção otimizada com maior curso”, bem como ajustes exclusivos para o sistema de controle de estabilidade e amortecedores MagneRide disponíveis, projetados para oferecer melhor desempenho.

Vem também com o Electronic Drift Brake, assim como o escapamento Active-Valve Performance Exhaust, complementado por quatro ponteiras de escape. Infelizmente, porém, a única transmissão disponível, assim como é o caso no Ecoboost normal, é a automática de 10 velocidades.

O motor não tem modificações de potência e torque, que continuam incríveis 320 cv e 48,4 mkgf;  mas vem com o sistema anti-lag da RTR, que a Ford afirma ser baseado na tecnologia do carro de corrida GT. Não foram publicados números de desempenho, mas veja só: em testes independentes, Mustang GT V8 faz 0-96 km/h em 4,2 segundos; o EcoBoost não ficou muito atrás, com 4,5 segundos. É mole?

Um detalhe que a Ford não menciona sobre o novo pacote é o preço. Ele está disponível no EcoBoost Mustang Fastback com o Pacote High e no EcoBoost Premium Fastback, que começam em US$ 36.510 e US$ 38.340, respectivamente, para 2026, ou 30% a menos do preço do GT V8, aproximadamente. Esse desconto no preço do V8, aplicado aqui no Brasil, faria o Ecoboost um carro de aproximadamente R$ 385 mil. E aí, você compraria um Mustang sem V8 com um desconto desses? (MAO)


O fim do VW Touareg

Você está desculpado por não perceber que sim, ainda existe um VW Touareg a venda. Lançado originalmente em 2002 junto com o sedã Pheaton, era parte da tentativa do Evil Doktor Piëch em fazer da VW uma nova Mercedes-Benz. O sedã acabou cedo na maioria dos mercados internacionais, em 2006 (embora a produção tenha continuado em ritmo reduzido na Europa até 2016), mas só agora a VW está desistindo do Touareg. Não lembra nem o que é um Touareg? Fácil: pense em “clone de Cayenne com aparência VW”, que não erra muito.

A Volkswagen confirmou que seu SUV topo de linha será aposentado no próximo ano. Incrivelmente, nada menos que 1,2 milhão de unidades foram vendidas desde seu lançamento em 2002. Deixará o mercado no final de março de 2026, quando as encomendas se encerram oficialmente. Antes de sua saída, o luxuoso modelo será oferecido em uma “Final Edition”, claro.

Disponível em todos os níveis de acabamento, esta Edição Final pode ser reconhecida pelas letras gravadas a laser na base das colunas C. O mesmo motivo aparece no interior, onde “Edição Final” está gravado em relevo no couro que reveste a alavanca de câmbio. A iluminação ambiente também foi ajustada para exibir a frase no painel do lado do passageiro, enquanto as soleiras laterais iluminadas exibem a mesma mensagem. Uma edição final bem acanhada.

O Touareg perdurou por três gerações, a última introduzida em 2018. É o seu fim, pero no mucho: há boatos sobre uma versão elétrica, e não é assim que se você quer um SUV grande monobloco da VW, que lhe faltarão opções. Cayenne, Q7, Bentayga e até, se você gosta de desenho estranho, Urus. Só vai ter que pagar mais dinheiro por ele.

Em seu mercado doméstico, a VW está cobrando € 75.025 pelo Touareg Final Edition. Não podemos dizer que sentiremos sua falta; mas ainda é, hoje, um carro impressionante, que ajudou a elevar o nível dos VW. RIP. (MAO)


Cadillac CT4 e CT5 serão substituídos por novo CT5

Hoje em dia a imprensa internacional automotiva (o que restou dela pelo menos) anda meio esquizofrênica. Esta notícia de hoje, que é simples, teve tratamentos altamente diferentes nas manchetes das publicações mundiais. Uma, querendo inferir o fim dos sedãs, disse apenas que “Cadillac CT4 e CT5 serão descontinuados em 2026”. Não é mentira, mas uma manchete tendenciosa, pois não conta o principal. Outra diz que “Cadillac está desenvolvendo novo sedã à combustão!”, o que de novo não é mentira, mas fica aquém da verdade completa. Tá difícil ler notícias hoje em dia.

Cadillac CT4-V

Mas não tema caro Flatouter, pois estamos aqui para traduzir isso de forma clara para você. Os sedãs Cadillac atuais, lançados em 2019, vão sim ser descontinuados em 2026. Mas aparecerá um novo CT5, que basicamente substituirá ambos os modelos. Tá vendo? Não é tão difícil explicar.

Esse monte de manchete aconteceu porque o vice-presidente global da Cadillac, John Roth, confirmou um CT5 totalmente novo. Em uma carta, ele revelou que o atual CT4 sairá de produção em junho de 2026, enquanto o CT5 sairá ainda naquele ano. Nenhuma surpresa, já que ambos os modelos estão ficando obsoletos.  A novidade é o novo carro a combustão, parte da reviravolta geral na estratégia “100% elétrica” nos EUA.

O novo CT5 continuará a ser produzido na Lansing Grand River Assembly, que originalmente deveria ser transformada em um centro de veículos elétricos, mas agora também não deve ser mais, apesar dos subsídios governamentais recebidos para isso.

Roth disse que a próxima geração do CT5 estará disponível nos Estados Unidos e no Canadá. Ele acrescentou: “A Cadillac está bem posicionada para adaptar seu portfólio para atender à demanda dos clientes, oferecendo o luxo da escolha, e esta é a próxima prova dessa flexibilidade.” (MAO)