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Zero a 300

Chevrolet S10 Z71 no Brasil, a nova geração do Creta, Mercedes vende fábrica para Great Wall Motors e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Hyundai começa a produzir nova geração do Creta

Além do Jeep Commander, outro SUV que será lançado oficialmente na próxima semana no mercado brasileiro é o Hyundai Creta. O modelo coreano, contudo, não era nenhum segredo pois era oferecido na China desde 2019 e na Índia e na Rússia desde o final do ano passado.

O lançamento oficial será somente na próxima quarta-feira, 25, mas a produção já foi iniciada na fábrica da Hyundai em Piracicaba/SP, conforme as fotos compartilhadas por Ken Ramirez, CEO da Hyundai para o Brasil e América Latina, em seu perfil no LinkedIn.

A nova geração do crossover traz uma mudança radical no visual, abandonando o estilo da década passada que o Creta ainda carregava para dar a ele o estilo mais ousado dos Hyundai mais recentes, como o Santa Fe e o Azera. Quem sabe com o novo visual ele consiga ser mais competitivo no mercado.

Além disso, ele terá uma nova opção de powertrain como munição para esta disputa. Como praticamente todo crossover lançado nos últimos dois anos, ele também terá uma opção 1.0 turbo de três cilindros e 120 cv, porém ainda não está claro se ela irá substituir o atual 1.6 Gamma de 130 cv ou se será uma motorização intermediária, a exemplo do que acontece com o HB20. Ainda que os 120 cv pareçam um downgrade em relação aos 130 cv do Gamma, o motor turbo tem mais torque em uma faixa maior de rotações e, por ter injeção direta, tende a ser mais econômico.

Apesar do lançamento programado para a próxima semana, o novo Creta chegará às lojas somente no final deste ano ou no início de 2022.

 

Chevrolet S10 terá versão Z71 no Brasil

ZL1, Z28, Z06 e outros Z são tradicionalmente os nomes usados pela Chevrolet para designar pacotes especiais de performance para seus modelos. Por isso, foi com um misto de surpresa e ceticismo que recebemos a notícia de que a Chevrolet lançará uma versão Z71 da S10 no Brasil. O modelo já está confirmado, mas nenhuma informação adicional foi divulgada — nem mesmo um daqueles teasers borrados ou escurecidos ou camuflados que, normalmente, não mostram nada do carro.

Ao menos a Chevrolet foi direto ao ponto, desta vez. Em vez destes teasers manjadíssimos, ela simplesmente divulgou uma imagem do emblema Z71.

O que isso significa? Bem, por enquanto significa apenas que a Chevrolet achou melhor oferecer uma alternativa à Ranger Storm, que ajudou a picape da Ford a chegar ao segundo lugar no ranking das picapes médias, atrás da Toyota Hilux, a imbatível. Isso, porque o código Z71 identifica o pacote que dá às picapes da Chevrolet mais capacidade off-road — como a Ranger Storm.

No caso da Silverado Z71, por exemplo, o pacote acrescenta uma caixa de transferência de duas velocidades com mudança automática da tração lo/hi, suspensão mais alta e com mais carga, visual sem cromados, pneus off-road e diferencial traseiro com bloqueio automático. Na Colorado o pacote é semelhante.

Na S10, contudo, considerando que estamos tratando do mercado brasileiro e de um perfil de cliente um pouco diferente dos americanos, é possível que o pacote se limite apenas aos protetores de para-lamas, eliminação dos cromados, pneus off-road e suspensão recalibrada. Ao mesmo tempo, por se tratar de um modelo de alto valor agregado, não podemos descartar a adoção de um diferencial traseiro com bloqueio automático, como os pacotes Z71 oferecidos nos EUA — nossa S10, por exemplo, traz de série o controle de declive, que é oferecido como opcional nos EUA, parte do pacote Z71. Na verdade, se considerarmos a declaração da GM, de que a Z71 pretende atrair “um perfil de comprador inédito” para a picape, eu até diria que o pacote será o mesmo do americano.

Mas isso é algo que, infelizmente, teremos que esperar até outubro para descobrir, pois é naquele mês que a Chevrolet pretende lançar a S10 Z71.

 

Mercedes anuncia venda da fábrica de Iracemápolis à Great Wall

A Mercedes parece não ter sorte no Brasil mesmo. Primeiro investiu na fábrica de Juiz de Fora/MG para produzir o Classe A, um investimento que não se pagou com o modelo compacto, que foi uma decepção no mercado brasileiro. Depois, eles investiram na fábrica de Iracemápolis/SP, onde produziram a terceira geração do Classe A, mas, quando a fábrica ficou pronta, o mercado estava afogado pela crise causada pelos mesmos fatores que trouxeram a fábrica ao Brasil. É tão contraditório que parece até um erro de sintaxe.

Com uma produção de apenas 20.000 unidades por ano no momento em que encerrou a produção, a Mercedes desativou a fábrica e a colocou à venda. Agora, depois de pouco mais de seis meses desde o fim da operação, a marca anunciou que vendeu o complexo à fabricante chinesa Great Wall.

Praticamente desconhecida o Brasil, a Great Wall já atua na América do Sul há alguns anos e chegou a ter uma representação no Brasil em 2009. Seu mercado mais forte na região é o Chile, onde foram vendidos mais de 2.300 unidades ao longo de 2020.

A linha de produtos da Great Wall atualmente é formada por crossovers, picapes e carros elétricos. Alguns modelos são interessantes, apesar do visual um tanto genérico. A picape Poer, já oferecida no Chile, por exemplo, tem porte semelhante à Hilux, Frontier, Ranger, S10 e Amarok, e é equipada com um motor 2.0 turbo a gasolina de 200 cv, com transmissão automática de oito marchas da ZF (adivinhe qual…) ou manual de seis, com tração 4×4 e capacidade de até 90 cm de imersão.

Entre os crossovers, um modelo com grande apelo é o WEY Tank 300, uma mistura de Jeep Wrangler com dianteira de Lada Niva moderno, e cabine de Mercedes GLB, equipado com um 2.0 turbo de 230 cv e com o mesmo câmbio de oito marchas. O modelo ainda tem tração nas quatro rodas e novo modos de condução para superfícies diversas.

 

Consumo do Maverick 2.0 é revelado – mas não espere o mesmo por aqui

Uma foto obtida pelo site MaverickTruckClub (já notou como os americanos sempre têm sites de modelos que mal foram lançados?), mostrando a etiqueta de consumo de uma unidade com o motor 2.0 sem motor elétrico e sem opcional de reboque revelou que esta versão mais básica da picape pode rodar até 9,3 km/l em percurso urbano e 12,3 km/l em percurso rodoviário. São marcas muito boas para um motor 2.0 turbo de 253 cv. Mas não espere que esse desempenho se repita no Brasil.

Primeiro, porque estas marcas foram divulgadas pela Ford, e não pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (a EPA, na sigla em inglês). Depois, porque o teste é feito com gasolina pura. Mesmo a gasolina aditivada com álcool oferecida nos EUA, tem um teor mais brando do combustível vegetal, enquanto no Brasil temos somente a gasolina com quase um terço de álcool.

A adição de um volume tão grande de álcool pode até otimizar as emissões, mas afeta significativamente o consumo. É por isso que as médias encontradas no site FuelEconomy.gov, da EPA, são bem diferentes das observadas nos testes brasileiros — sejam eles do Inmetro ou da imprensa local. Na prática, a Ford Maverick 2.0 turbo abastecida com “gasohol” brasileiro, deverá ter consumo, no mínimo, 7% maior do que o observado nos EUA considerando a gasolina Premium, com 25% de álcool. Com a gasolina comum, com 27% de etano, a diferença pode chegar a 10%. Isso significa que, na pior das hipóteses, as médias da Maverick devem ficar na casa dos 8,5 km/l na cidade e 11 km/l na estrada, enquanto a Toro 2.4, segundo o Inmetro, faz 8,9 km/l e 10,8 km/l, respectivamente.