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Zero a 300

Cidade de volta na placa? | Os 45 anos do Supra | Alfa Romeo sem tablet e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Projeto de lei pede volta da cidade na placa Mercosul

O automóvel para nós é um provedor de liberdade individual diária, que nos possibilita a sensacional possibilidade ir e vir a nosso bel prazer. É também ocupação, emprego, hobby, estudo e atividade física e intelectual. É ao mesmo tempo uma ferramenta indispensável de uso diário e uma forma de conhecer gente, fazer amigos, e, até, gastar dinheiro, fazendo mover a economia e dando emprego e estabilidade financeira à uma multidão de gente, de postos, oficinas e lojas até fábricas, e, é claro, redações (obrigado, assinantes!). Nós amamos o automóvel, o que ele representa e o que ele nos permite e proporciona.

A placa de colecionador Mercosul oficial ainda é esta. A de fundo preto só vale no Brasii, não é “Mercosul”

Mas para os governos de todas os tipos e orientações, desde tempos imemoriais, o automóvel é tão somente uma forma de extorquir mais e mais dinheiro da população. Seja de forma institucional e legal como impostos e multas, seja de forma individual e ilegal, com as várias possibilidades de corrupção que ele proporciona.

A notícia de hoje é que a placa Mercosul parece que realmente não vai durar nada como algo unificado. Já não basta a volta da placa preta, instrumento de vaidade sem significado real (nunca deixou de existir, somente deixou de ser preta) que voltou pelo clamor da sociedade somente para o Brasil. Parece que mais coisas mudarão agora, fazendo dela uma placa-jabuticaba, não mais Mercosul.

O Projeto de Lei 3.214/2023, proposto pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), pede que a identificação do estado e cidade do emplacamento volte a ser impresso na placa. O motivo? Segundo Amin esta informação ajuda no trabalho das autoridades de trânsito e de segurança pública na hora de identificar automóveis que podem estar em uma situação irregular. Cita também “senso de identidade regional” e outros motivos ainda mais dúbios.

O que isso muda no nosso dia a dia, caso seja aprovado? Nada, a não ser, claro, mais custo: se o carro muda de cidade, uma nova placa deverá ser instalada no carro. Um custo pequeno e esporádico, mas não para um fabricante de placa; para este deve ser uma nova fonte de renda garantida, não acham?

Outra pergunta: se íamos fazer a placa virar brasileira, qual o motivo de termos adaptado o padrão Mercosul? Padrão é tão somente isso: um padrão. Não precisa ser bom ou ruim, mas é algo para ser igual sempre, e esquecermos dele. Mas isso, parece, não move o dinheiro de nosso bolso para outro lugar. (MAO)

 

Subaru BRZ vai ter nova versão mais focada

Recentemente apareceram boatos que não haverá uma terceira geração do Toyobaru, o cupê esportivo raiz que tanto amamos, seja ele na forma de um Toyota GR86, ou Subaru BRZ. A Toyota, segundo esses boatos, resolveu fazer o sucessor do GR86 ela mesma, sem ajuda da Subaru; usaria o motor 3 cilindros turbo dos GR Yaris e Corolla.

A atual geração do Subaru BRZ tem coisa de três anos de idade. Como ele ficaria se esses boatos forem verdade? Será que a Subaru vai continuar com ele? Será que o contrato da joint-venture permite isso? Nada nos surpreenderia aqui, inclusive aparecer uma versão do novo carro Toyota com logotipos Subaru.

Enquanto isso não acontece, a marca das plêiades tenta manter o interesse no BRZ com uma nova versão dele, a ser lançada no dia 23 de julho, quando o carro será revelado no Parque Santa Anita em Arcadia, California, onde uma festa da marca, a “Subiefest California 2023”, será realizada. Não está claro se será uma edição especial, um pacote opcional ou uma nova versão permanente. O teaser revelado mostra apenas um farol, que tem “BRZ” gravado em vermelho.

O GR86 ganhou recentemente um “Performance Pack”, com freios Brembo maiores (12,8 polegadas dianteiros, 1,3 polegadas traseiros) com pinças de quatro pistões e dois pistões, frente/trás. Este kit também adiciona amortecedores Sachs com gás nitrogênio e óleo especial de alta pressão. É justo imaginar que este novo BRZ seja a versão Subaru disso. Mas só saberemos de verdade no lançamento, dia 23 próximo. (MAO)

 

Toyota comemora 45 anos do Supra com versão especial

O ano de 2024 vai marcar os 45 anos do lançamento do Supra, que em 1979 apareceu como o Celica Supra, uma versão de seis cilindros em linha do cupê antes somente quatro cilindros. Para comemorar a efeméride, a Toyota está adicionando uma versão “45th Anniversary Edition”, na linha do ano/modelo 2024 do carro.

E o que é esta versão de aniversário, você pergunta? Engraçado, ia mesmo contar. Vem exclusivamente em duas cores apenas: branco ou laranja. O laranja tem um nome legal: Mikan Blast; “mikan” significa laranja em japonês, e “blast” é explosão em inglês, ou seja, uma forma convoluta de se dizer “Explosão de laranja”. Para quem mora na cidade de Limeira, o nome soa como notícia sensacionalista de acidente na fábrica da Citrosuco. Mas enfim, divago.

A cor é claramente inspirada no Supra de Velozes e Furiosos, mas fora ela, a grande alteração aqui é… uma asa traseira ajustável. Esse ajuste é manual, e pode proporcionar vários ângulos de ataque para ela. Rodas de 19 polegadas em preto fosco, um gráfico preto na lateral, e logotipos GR nas pinças de freio completam as mudanças visuais.

A edição especial vem com o motor turbo de seis cilindros em linha e 3 litros BMW com 387 cv, acoplado a uma transmissão manual de seis marchas ou automática de oito marchas. Serão produzidas apenas 900 unidades, metade na cor branca e metade na cor laranja. O preço desta versão especial ainda não foi divulgado.

Os outros modelos do Supra, tanto 3.0 quanto 2.0 (turbo, com 257 cv), continuarão no novo ano do modelo sem alterações. Nos EUA, o preço do 2.0 começa em US$ 46.635 (R$ 224.314) e o 3.0 começa em US$ 55.595 (R$ 267.411). (MAO)

 

Cliente da Alfa Romeo não quer tablet enorme no painel, diz CEO

O CEO da Alfa Romeo, Jean-Philippe Imparato, disse à revista inglesa Autocar que seus clientes não querem telas gigantes no meio do painel. “Respeito o que a Mercedes está fazendo com sua tecnologia digital, é claro, mas meus clientes não estão procurando por telas de infotainment de um metro de largura em seus carros, ou 200 sistemas de assistência digital para ligar e desligar.”, disse Imparato. Ele continuou dizendo que o comprador típico da Alfa não quer saber como estará o tempo em três semanas, e sim simplesmente quer dirigir o carro.

Um sujeito cínico poderia dizer que este CEO pode ter facilmente certeza do que diz; é só pegar o telefone e ligar para a meia dúzia de clientes que tem e pronto. Mas claro que não vamos ser essa pessoa desagradável e fazer piadas assim com o infortúnio alheio. E a iniciativa da Alfa de ir contra a maré é louvável, mesmo se se provar suicida no fim. A gente tem que ter princípios afinal de contas; mesmo que signifique risco existencial.

Imparato mencionou que o “cannocchiale” (o conjunto de instrumentos telescópico da Alfa) permanecerá, complementado por um grande heads-up display. Este HUD parece que será grande e interessante: poderia projetar um “carro fantasma” para ajudar o motorista a posicionar melhor o carro na estrada, segundo o executivo. O primeiro modelo a receber este novo painel está programado para 2025.

Para os padrões atuais, as telas oferecidas pela Alfa Romeo são pequenas: 8,8 polegadas no Giulia e Stelvio, por exemplo.  A do Tonale recebe tem 10,25 polegadas. O próximo Alfa Romeo será baseado no Jeep Avenger, será modelo adicional na linha da marca, e o primeiro Alfa Romeo elétrico. Provavelmente estreará o tal novo painel da Alfa, também, se não chegar antes em atualizações da linha atual. (MAO)