Caros leitores! Estamos determinados a continuar dedicando 110% de nossa capacidade para entregar conteúdos dignos de encher os olhos e a cabeça de nosso público com informação do mais alto nível – ao menos enquanto for possível. As projeções mês a mês do nosso financiamento coletivo mostram, contudo, que o “possível” tem uma data a acabar se não fizermos nada a respeito.
A barra de progresso considera o gap de R$ 12.000 entre a primeira e a segunda meta. Clique aqui para ver as metas e entregas. O valor considerado é o líquido, com todas as taxas da plataforma Pagar.me e impostos debitados. Assinaturas anuais pagas de uma vez e doações únicas são computadas como uma fração de 12 para termos o valor equivalente ao pagamento mensal.
Histórico Stage I: atingido no fechamento de abril de 2018
Histórico Stage II: abril 16%, maio 35,8%, junho 35%, julho 31,25%
Esta campanha do financiamento coletivo está apontando com dados algo que já tínhamos um pressentimento: trata-se de uma fonte de receita decrescente, não crescente. Passada a comoção inicial da possibilidade do fim do site, a massa aos poucos está deixando a adesão de lado. Inicialmente pelos boletos, de dois meses para cá vimos também uma desistência considerável de planos por cartão, que está superando a receita adquirida com novos assinantes. Nossa audiência segue no talo, por outro lado.
Ao mesmo tempo, nestes dois últimos meses vimos uma reação verdadeiramente nobre de muitas pessoas frente a esta tendência de queda. Elas optaram por aumentar seus planos ou fizeram assinaturas redundantes, pagando mais de um plano. Sem contar as pessoas que estão fazendo planos anuais (pagamento de 12 meses de uma vez), para nos dar uma ajuda emergencial. Isso é algo nobre e bonito demais, mas esses gestos também apontam uma falha que nos incomodou muito: não é coerente nem correto menos pessoas arcarem com cada vez mais despesas. Não fossem essas pessoas, a queda na arrecadação seria muito maior.
É de interesse de todos que nos leem em base diária (ou ocasional) que nós continuemos por aqui. Ao menos assim acreditamos! Mas o destino, caso não tomemos nenhuma atitude, está mais do que indicado pelos números.
Por isso, após algumas semanas de estudos, optamos por começar o desenvolvimento de algo que pode ser um divisor de águas para uma parcela do público. Trata-se de um paywall permeável para não-crowdfunders. Em outras palavras, aqueles que não são assinantes terão uma quantidade limitada de matérias para acessar por mês e algumas matérias especiais serão exclusivas para assinantes. As seções que possuem o apoio de empresas (Valvoline, Pirelli) continuarão 100% abertas enquanto tiverem os apoios. Por fim, para os crowdfunders ativos, claro, as portas não só continuarão abertas como traremos alguns outros benefícios ao longo do tempo!
Nós não sabemos quando a mudança ocorrerá. Não é um desenvolvimento simples. Estamos correndo contra o tempo porque não temos recursos para fazer mais injeções de capital na empresa e queremos a melhor solução possível na parte técnica. Embora o crowdfunding tenha impedido o rápido encerramento de nossas atividades, a situação segue delicada e não temos estoque sobrando de oxigênio.
Se há vários pontos positivos em potencial (que iremos discutir no futuro), também imaginamos que essa mudança custará a amizade e simpatia de alguns. Olha… não esperamos a compreensão, simpatia e bom grado de todos. Entre escolhermos ser (1) queridos por todos e fechar as portas ou (2) ser querido por alguns mas termos uma empresa viável ao custo de algum hating, estamos escolhendo o número 2. Temos leitores cujos depoimentos, escritos, por mensagens de voz ou ditos no olho a olho nos encontros, nutrem uma ponte de relacionamento afetivo que faz da existência do FlatOut um compromisso que estamos determinados a seguir. E para isso acontecer, o FlatOut precisa ser viável!
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FAQ – Dúvidas mais frequentes
1) Sou assinante via boleto e perdi a data de vencimento. Agora o boleto não aceita o pagamento. O que devo fazer?
Neste caso, só há duas alternativas. A primeira é você fazer uma nova assinatura aqui e depois cancelar a antiga. Você consegue cancelar a antiga pelo e-mail enviado todo mês pelo Pagar.me (busque por “pagar.me” no seu e-mail que você encontra!): dentro do e-mail, há um botão “gerenciar a assinatura”. Lá você consegue cancelar a assinatura ou até mesmo alterar a forma de pagamento para cartão (permitindo preservar a mesma assinatura), mas não é possível gerar uma nova via do boleto com outra data de vencimento.
2) Mas será assim sempre? Não tem como o boleto aceitar o pagamento pós-vencimento?
De acordo com a Febraban, a partir de 21 de julho, todos os boletos, mesmo vencidos, poderiam ser pagos. Isso seria um grande adianto, mas por enquanto, nada.
3) Mudei de cartão ou recebi um novo cartão do banco. Como faço para atualizar os dados da assinatura?
Procure o e-mail enviado todo mês pelo Pagar.me (busque por “pagar.me” no seu e-mail que você encontra!) e clique no botão “gerenciar a assinatura”. Lá há uma opção para você alterar ou atualizar os dados do cartão.
4) É verdade que vocês criaram um grupo secreto no Facebook exclusivo para assinantes dos planos mensais e anuais do crowdfunding?
Sim. No fechamento de cada mês, nós pegamos todos os e-mails destes assinantes adimplentes e convidamos para este grupo no começo do mês seguinte. É um grupo pequeno (hoje estamos com quase 1.000 membros), e a ideia é ter um espaço de proximidade maior e interação direta com estes leitores. Se o FlatOut é como um pub de amigos, este grupo secreto é quase como aquela salinha reservada pra turma “da casa” dentro do pub. Por ser secreto, não adianta procurar por ele no Facebook 🙂
5) Já sou assinante. Consigo alterar meu plano, seja para fazer um upgrade, seja para fazer um downgrade?
Não. Neste caso, só fazendo uma nova assinatura e cancelando a antiga pelo botão “gerenciar a assinatura” pelo e-mail enviado pelo Pagar.me. Só cuide pra não cancelar a assinatura errada 🙂
Por que existe o crowdfunding no FlatOut?
Na própria página onde você pode fazer a sua assinatura nós temos um vídeo contando em detalhes, mas claro que podemos resumir por aqui. O jornalismo profissional está colapsando no mundo todo como negócio. A principal causa para isso é o grande duopólio da publicidade digital formado pelo Google (Adsense e YouTube) e Facebook, que asfixiou a principal fonte de receita dos produtores de conteúdo. Estes se veem disputando migalhas de verbas publicitárias, sejam veículos de editoras grandes e renomadas (algumas delas estão com dívidas próximas a R$ 1 bilhão), sejam veículos independentes como o FlatOut. Nem monstros da mídia global, como o New York Times e o Washington Post, estão livres disso.
Neste cenário atual, o FlatOut corre sério risco de existência e, para continuarmos as atividades, estamos dependendo totalmente da união dos leitores que assinam o nosso financiamento coletivo (crowdfunding). Ainda que a verba publicitária seja cada vez mais escassa, continuaremos a batalhar por ela como sempre fizemos: não pensem que nos acomodamos, primeiro porque estamos muito longe de ter qualquer conforto, segundo porque não se dorme no ponto em uma empresa. Mas é uma guerra cujo destino têm se mostrado bem claro.