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Zero a 300

Cybertruck, finalmente! | O 208 Rallye | O fim do The Grand Tour e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Este é o Tesla Cybertruck de produção

Quatro anos depois de ser apresentado, e com apenas três anos de atraso, a Tesla finalmente lançou ontem, 30 de Novembro, a sua já famosa picape futurista psicodélica, o Cybertruck, em versão de produção. Bom, a maioria de nós achou que nem iria conseguir lançar o carro, tão diferente que é de qualquer outra coisa já vista. Mas não: agora é uma realidade.

Se vocês lembram, mais de 250 mil pessoas pagaram 100 dólares em 2019 para reservar seu Cybertruck; um cara imaginaria que estariam nas portas da Tesla com ancinhos, tochas e forcados a esta altura; mas claro que não: para eles, Elon Musk pode tudo. Os pedidos continuaram a entrar desde então.

O que foi revelado sobre o carro em sua estreia ontem na fábrica da Tesla em Austin, Texas: eram para existir três versões dele, com um, dois e três motores elétricos; a de um motor ficou para 2025. A potência é de 856 cv cavalos de potência no trimotor, a versão chamada de “Cyberbeast”. A versão de dois motores, com tração nas quatro rodas também, tem 608 cv. O carro, sem ocupantes, em ordem de marcha, pesa 3094 kg.

A empresa declara 0-96 km/h em 2,6 segundos para o carro mais potente; o quarto de milha se dá em menos de 11 segundos.  Com 608 cv o número é 4,1 segundos para o 0-96 km/h. O carro de 608 cv tem 550 km de autonomia; o Cyberbeast de 856 cv vem pouco atrás com 515 km.

Para deixar claro quão rápido é seu calço de porta gigante, a Tesla divulgou um vídeo de um Cybertruck vencendo um Porsche 911 em uma corrida de arrancada… enquanto rebocava outro 911. Não sabemos qual 911, claro; tem gente chutando que é o menos potente da linha. Mas é bem engraçado, para dizer o mínimo.

O carro supostamente é também à prova de balas (?), aguenta marretadas, e é todo sem pintura, com exterior em inox escovado feito um De Lorean picape. A empresa promete que o carro mais barato, o de um motor, custará a partir de US$ 60.990 (R$ 300.070). Mas como só virá em 2025 há tempo suficiente para que isso mude. O de motor duplo é significativamente mais caro, a partir de US$ 79.990 (R$ 393.550). O Cyberbeast? US$ 99.990 (R$ 491.950). Em 2019, a promessa era que o carro começaria abaixo de 40 mil dólares.

O evento de ontem era na verdade a entrega de dos dez primeiros carros, e todos os compradores eram funcionários da Tesla. Não é um lançamento em si, tradicional; isso não é necessário. A empresa tem dois milhões de pedidos em carteira, segundo ela mesma; difícil é só os entregar. Vende-los? Mole. (MAO)

 

O Cadillac Escalade-V de Hennessey

Difícil imaginar quem gostaria de mais que os 420 cv originais do Cadillac Escalade; afinal de contas, é uma perua de luxo gigante, e não faria bom uso de nada mais. Mas a sede por potências cada vez maiores parece algo que nunca arrefece.  A Hennessey já oferecia um kit de supercharger para o Cadillac Escalade, Chevrolet Suburban, Chevrolet Tahoe e GMC Yukon. O V8 de 6,2 litros passa assim para incríveis 650 cv – transformando totalmente a aceleração dos SUVs gigantes da GM.

A equipe de engenharia da Hennessey equipa o V8 de 6,2 litros da GM com um supercharger de 3,0 litros, sistema de admissão de alto fluxo, intercooler de alto fluxo e sistema de ventilação do cárter. Além disso, o software de gerenciamento do motor é atualizado com a calibração de gerenciamento do mecanismo HPE. Por último, um sistema de escapamento cat-back de aço inoxidável (mantendo as pontas de escapamento originais) é instalado para melhorar o desempenho e a trilha sonora. O resultado são 650 cv comprovados por dinamômetro e 91 mkgf de torque.

Mas agora a GM oferece um Escalade-V, com supercharger de fábrica, 682 cv e 90 mkgf. O que pode fazer então o preparador texano? Ora, dar mais potência à este Cadillac, também.

O pacote H1000 de Hennessey vem com um sistema de admissão de ar de alto fluxo, um comando de válvulas especial, um escapamento novo, conversores catalíticos de alto fluxo e novas válvulas de admissão. O kit H1000 vem com garantia de três anos/36.000 milhas.

O resultado, como o nome já diz, é mais de 1000 cv. Exatamente 1.005 cv e nada menos que 121 mkgf de torque. Lembre que o carro mede mais de 5,4 metros, tem quase dois metros de altura, e pesa pouco menos que um Cybertruck aos 2820 kg. Quase inconcebível, difícil de entender: é como dar asas à um prédio de três andares e deixar ele voar. Barrabás. (MAO)

 

Um novo Peugeot 208 Rallye?

GTI pode ser a sigla dos mais potentes Hot Hatch da Peugeot; mas o entusiasta gosta mesmo das incríveis homologações especiais de rali que a empresa lançou no 205 Rallye, e os subsequentes 106 e 306 Rallye. Diferente dos GTI, aqui a fórmula é espartana e barata: baixo peso, pouco equipamento, e motores ardidos; baixo preço e muita diversão. E luxo é para os fracos!

Pensando fora da caixa com os clássicos Peugeot Rallye

A linha Rallye morreu faz tempo, e a empresa hoje não parece ter inclinação nenhuma para tentar isso de novo. Quem atura carro sem ar-condicionado hoje, para economizar 30 kg? Mas um concessionário suíço resolveu tomar o assunto para si mesmo, e criou um novo 208 Rallye!

É uma criação independente da Garages-Hotz, concessionária Peugeot e Citroën na Suíça. O concessionário descreve-o como uma edição especial limitada concebida para celebrar o 40º aniversário do Peugeot 205 Turbo 16. Mas não fique muito animado: a idéia é boa, mas a execução é limitada. Apesar do seu apelo visual, há um problema: falta-lhe qualquer modificação de desempenho ou atualizações de chassis.

Sob o capô está o motor PureTech de três cilindros de 1,2 litros turbo. Dá 100 cv e 21 mkgf de torque, enviando potência para as rodas dianteiras por meio de uma caixa manual de seis velocidades. Nada impressionante para os padrões atuais, mas está muito próxima do 205 Rallye original. A diferença é que, sem quaisquer medidas de redução de peso, o 208 de pesa 1.165 kg o que o torna 372 kg mais pesado do que o 205 Rallye. O carpete vermelho, outra característica marcante do 205 Rallye, também é ausente aqui.

Mas tem pelo menos rodas de aço de 16 polegadas com acabamento em branco, combinando com a tonalidade externa e as extensões dos para-lamas na cor da carroceria. Outros toques exclusivos incluem as letras 208 Rallye no pilar C, o adesivo Peugeot Talbot Sport no para-brisa e os adesivos Rallye coloridos.

Bom, dá para comprar um e sair defenestrando equipamentos. Será? Do jeito que carro moderno é hoje em dia, tirar o ar-condicionado, por exemplo, vai condenar a ECU em uma espiral auto-destrutiva de auto-imolação. Melhor não. Deixa para lá. (MAO)

 

Grand Tour grava seu último programa

Agora é o fim de verdade, aparentemente. Pouco depois do cancelamento da versão atual do Top Gear na BBC, os três apresentadores mais famosos do programa, Clarkson, Hammond e May, parece que chegam ao fim de suas aventuras pós-Top Gear também.

O Grand Tour, da Amazon, também chegou ao fim. Jeremy Clarkson, 63, James May, 60, e Richard Hammond, 52, regressaram do Zimbabué depois de terminarem as filmagens do especial final. Depois de sete anos no Amazon Prime, o episódio final de The Grand Tour irá ao ar no próximo ano, segundo a BBC News.

O trio está junto há 20 anos. Em 2003, eles trabalharam juntos no Top Gear, e se tornaram rapidamente um fenômeno mundial. Em 2015, Clarkson deixou o programa após entrar em uma briga física com um produtor. Em 2016, o grupo se reuniu para The Grand Tour. Em 2019, após as três primeiras temporadas, o formato do programa mudou de programa semanal para série de especiais. Cerca de dois longas-metragens especiais eram lançados a cada ano. Agora, isso está prestes a acabar.

Cada um dos três tem seu programa independente, e certamente ainda vamos ouvir mais deles, por muito tempo. Mas o fim do power-trio mais sensacional que o entretenimento automotivo já viu, marca definitivamente o fim de uma era. E uma que desejávamos nunca ver acabar. (MAO)