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Zero a 300

Dacia Sandero lidera vendas na Europa, os 6 híbridos da VW no Brasil, limites de 30 km/h em Paris e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco!

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Dacia Sandero é o carro mais vendido da Europa – mais que o VW Golf

Great news! É isso mesmo que você leu: o Dacia Sandero acaba de se tornar o carro mais vendido da Europa, usurpando o trono do veterano Volkswagen Golf. James May sempre esteve certo, afinal.

O ranking leva em consideração as vendas mensais – e, nos números de julho de 2021, o Sandero superou o Golf por uma pequena margem. E nem é a primeira vez que isso acontece: em 2008, meses depois do lançamento, o hatchback romeno liderou o mercado europeu por alguns meses antes de devolver o posto ao Golf.

Não é difícil deduzir as razões para isso. Em primeiro lugar, a evolução do próprio Sandero nesta geração – ele passou a ser feito sobre a plataforma modular do Renault Clio, ainda que simplificada, e isso trouxe uma evolução grande tanto no design quanto nos aspectos técnicos do Sandero. É claro que, colocado lado a lado do Clio, ele deixa evidente que é um carro para países emergentes – mas, em proporções e acabamento, também escancara a idade do Sandero que ainda é vendido no Brasil.

James May, aliás, testou recentemente o novo Sandero – e o vídeo resultante é bem bacana. Nele, o Captain Slow compara o Sandero com sua bicicleta favorita: uma Orbea toda de fibra de carbono que pesa apenas 7,5 kg e, segundo o próprio May, pode ser considerada a um “supercarro das bicicletas”.

Os dois custam cerca de £10.000 (cerca de R$ 70.000 em conversão direta, agosto de 2021), e a comparação, apesar de mais lúdica do que qualquer outra coisa, ajuda a deixar claro que é possível ser um entusiasta dos carros e das bicicletas ao mesmo tempo, sabendo que cada um deles tem seu lugar no mundo atual. É uma boa alegoria.

Vale destacar que James May é só elogios para o Sandero, e que os argumentos fazem sentido até quando você não sabe do amor incondicional do jornalista pelo carro popular – na versão básica, que tem até para-choques sem pintura, ele é o carro novo mais barato que se pode comprar no Reino Unido, custando £8.000 (R$ 56.000). Até deixa a gente meio chateado por saber que esse novo Sandero ainda não tem data para chegar ao Brasil. (Dalmo Hernandes)

 

Saveiro reestilizada e novos híbridos: os planos da VW no Brasil

Enquanto o foco dos novos lançamentos é nos SUVs e crossovers, híbridos e elétricos, nomes tradicionais no mercado brasileiro vão ganhando sobrevida com mudanças sutis. E os planos futuros da Volkswagen ilustram bem essa tendência.

A Volkswagen Saveiro é a veterana, no caso. Como relatam os colegas da Quatro Rodas, é bem provável que ela se torne a única remanscente da família nos próximos anos, pois o Voyage deve bater as botas ainda em 2021, e o Gol não deve durar muito mais tempo, sendo substituído por um provável SUV compacto que pode ou não herdar seu nome. Apenas a Saveiro não tem data para morrer, e deve receber uma nova reestilização –  a terceira desde o lançamento da geração atual, em 2009.

A ideia é trazer a Saveiro para mais perto da identidade visual dos VW mais recentes, incluindo aí uma grade maior, faróis de neblina redesenhados e uma faixa horizontal entre as lanternas traseiras. Com isso, a picape pode conseguir disfarçar os 12 anos de idade do projeto atual – mas a Strada, recém-renovada e muito superior à geração antiga, será uma rival difícil de bater sem uma reformulação completa na picape da Volks.

O outro lado da moeda são os novos lançamentos – a Volkswagen prometeu seis novos híbridos no Brasil ao longo dos próximos cinco anos. A fabricante tem se mostrado disposta a investir no etanol como combustível sustentável, e trata os carros híbridos flex como a melhor solução alternativa à falta de infraestrutura para carros puramente elétricos em nosso País.

Golf GTE, primeiro híbrido da VW no Brasil, lançado em 2019 e descontinuado em 2020

A fabricante ainda não disse quais serão os modelos oferecidos no Brasil, mas há grandes chances de serem conversões de modelos atuais vendidos em mercados emergentes, como o nosso. O recém-inaugurado centro de pesquisas sobre biocombustíveis é uma evidência disso – a tecnologia desenvolvida localmente aplicada a produtos locais pode ser uma solução para adiantar a chegada de novos modelos híbridos e reduzir seu custo. (Dalmo Hernandes)

 

Paris reduz limite de velocidade para 30 km/h na maioria das ruas

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, segue na dianteira do combate ao automóvel. Alegando novamente metas de emissões, poluição sonora e reduções de acidente, a capital francesa adotou em praticamente todas as ruas ruas limites de velocidade de 30 km/h. As exceções, claro, são as vias de alto tráfego, que fazem a ligação entre diferentes regiões da cidade e o anel periférico de Paris, que foram mantidos com limites de 50 km/h e 70 km/h.

A medida foi bem-recebida por 59% da população, segundo uma pesquisa local, o que mostra claramente que os novos limites dividiram a opinião dos parisienses. Entre os opositores da medida, está Pierre Chasseray, do grupo “40 Million Motorists”, que contesta o argumento de que a poluição e o ruído podem ser reduzidos por tais medidas. Segundo Chasseray, a taxa de redução de poluição, de ruído e de acidentes é semelhante em outras comunas francesas, que não adotaram medidas restritivas. Ele ainda acredita que uma campanha de conscientização sobre a velocidade seria mais eficaz. Outro grupo ativista batizado “Saccage Paris” (ou Fúria Paris), acusa as autoridades de “deteriorar a cidade por meio de ruas mal-conservadas e “ciclofaixas feias”.

A intenção da prefeitura com as medidas é declaradamente desestimular o uso do automóvel, uma das principais promessas de campanha de Anne Hidalgo, re-eleita em 2020. Desde o início de seu mandato, o número de vagas públicas de estacionamento foi reduzido pela metade, e boa parte dos veículos serão proibidos de circular no centro da cidade a partir de 2022. Além disso, algumas ruas foram divididas entre faixas para automóveis e para bicicletas de forma que os distritos se tornem mais receptivos aos pedestres.

As reduções de limites para 30 km/h já foram adotadas em outras grandes cidades francesas e europeias como Grenoble, Lille, Bilbao e Bruxelas e, claro, já inspiraram medidas semelhantes no Brasil em São Paulo e Curitiba.

É importante lembrar aqui que, cerca de 48% dos acidentes fatais do planeta acontecem na China e na Índia. Além disso, cerca de 10% dos habitantes da região metropolitana de Paris têm algum tipo de deficiência física, e o famoso metrô parisiense não atende às regiões mais periféricas da região. Se Anne Hidalgo está certa ou errada, é algo que descobriremos ao longo desta década, quando suas medidas estiverem efetivadas e a população da região estiver lidando com a nova realidade fora da situação extraordinária de uma pandemia. (Leo Contesini)

 

Esses são todos os 143 carros de Forza Horizon 5 (até agora)

Com estreia marcada para  novembro, Forza Horizon 5 ainda, e é um dos games mais hypados dos últimos tempos. Mas enquanto o jogo de mundo aberto ambientado no México não chega, o material já disponível por aí está cheio de coisas para ver.

A novidade mais recente é um vídeo que cataloga todos os 143 carros que aparecem nos trailers e vídeos de gameplay divulgados até o momento. E pense em uma lista variada, que vai de Morgam 3-Wheeler a Mercedes-AMG One. O hipercarro, aliás, é o garoto-propaganda do jogo – o que é uma boa para reacender o interesse do público por ele, que foi revelado como conceito lá em 2017, quando o mundo era totalmente diferente.

O vídeo publicado pelo canal Don Joewon Song, quase inteiramente voltado à série Forza, mostra todos os 143 carros. Aqui vão alguns deles, só para ter o gostinho, mas dá para ver todos no vídeo:

  • Toyota Supra GR 2021
  • Porsche 911 GT3 RS 2019
  • Ford Escort Mk1 1967
  • Ford Bronco Badlands 2021
  • Jaguar XJR15 2021

Forza Horizon 5 será lançado para XBox Series S, XBox Series X e Windows no dia 5 de novembro. Até lá, é bem possível que uma lista oficial com todos os carros disponíveis no lançamento seja divulgada. (Dalmo Hernandes)

 

Os novos Lotus elétricos serão três SUV e um esportivo

Em algum lugar do Pantanal, Colin Chapman chora silenciosamente. A Lotus, agora propriedade da Geely, divulgou nesta semana seus planos para o futuro e quatro novos modelos. Os quatro serão elétricos, os quatro serão baseados na atual arquitetura Lotus Premium, mas três deles serão SUV e somente um será esportivo.

O primeiro modelo chega em 2022, e será um SUV executivo (mesmo porte do Audi Q5, Mercedes GLE e BMW X5). Por enquanto ele é identificado apenas por seu código interno, Type 132, mas deverá ganhar um nome iniciado pela letra E porque, afinal, é isso o que define um Lotus. Como Mercedes e BMW, ele também terá uma derivação “cupê”, que chega em 2023. Os dois são mostrados no teaser abaixo, que só mostra que eles serão bem maiores que um Lotus convencional.

Depois, em 2025, é a vez do terceiro SUV Lotus, que terá um porte menor e irá concorrer no segmento D, rivalizando com o Mercedes EQC e BMW iX3, e somente em 2026 a Lotus irá lançar um supercarro elétrico, aquele que será desenvolvido em parceria com a Alpine — muito provavelmente o mesmo carro com carroceria, acabamento e acerto dinâmico próprio da Lotus, de forma semelhante ao Toyota Supra em relação ao BMW Z4.

Os modelos terão capacidade para acelerar de zero a 100 km/h em menos de três segundos, e a Lotus anunciou que eles terão um sistema batizado “track-level intelligent drive” que, supostamente, irá ajudar os motoristas a dirigir “tão bem como um piloto de F1 na pista, enquanto aumenta a segurança e aprimora o desempenho nas ruas por meio de softwares e hardwares avançados”. Me desculpem o ceticismo, mas soa como um sistema semi-autônomo. Em um Lotus.

A questão da acidez e do ceticismo aqui, caro leitor, não é o fato de uma marca de esportivos estar produzindo SUV elétricos semi-autônomos. O problema, como já comentamos anteriormente, é que cada marca consagrada tem seu valor percebido, seu valor agregado. A Lotus tem em seu legado dezenas de inovações técnicas e uma busca obsessiva pela excelência em handling, em grande parte obtida pela leveza de seus carros.

A menos que a Geely-Lotus adote materiais de ponta para fazer os modelos elétricos mais leves do mercado — e, por isso, com o melhor desempenho —, ela perderá o valor de marca, tornando-se tão desejada quanto os MG feitos pela Roewe. Uma marca consagrada não é nada sem os valores que a consagraram. Na hipótese de os novos Lotus abandonarem as qualidades dos velhos Lotus, a única coisa que eles terão de Lotus será o nome. Será suficiente para manter a marca viva?