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Dakota retorna como clone de Titano

A picape Peugeot Landtrek era derivada da chinesa Changan Hunter; dela derivou a Fiat Titano. Mas um projeto de US$ 385 milhões modificou a Fiat com um motor turbodiesel moderno de 2,2 litros, e a tornou algo muito melhor do que era com uma série de outras modificações. Agora sabemos que esse projeto também incluía uma nova Ram: a Dakota!

Sim, é estranho a Ram fazer uma caminhonete de chassi separado não muito fora do que oferece hoje em sua Rampage monobloco. Mas é um movimento inteligente: quem acha que picape de verdade tem chassi separado, pode ter uma opção na Ram agora. O uso do nome Dakota também é inteligente: já foi um carro de sucesso aqui e nos EUA. A nova Ram Dakota (e não mais Dodge) foi apresentada ainda como conceito, mas parece pronta para as lojas.
Deve ser basicamente uma Titano com desenho externo de Ram: mesmo motor 2.2 turbodiesel de 200 cv e 45,9 mkgf, mesmo câmbio automático de 8 marchas e sistema de tração 4×4 com reduzida. O design externo é totalmente Ram, porém, claro.
Será lançada na Argentina, onde é fabricada, em dezembro deste ano, e chega ao Brasil no começo de 2026. O interior do conceito não foi mostrado, então não sabemos se terá painel novo e diferente, ou uma derivação da Fiat.

A Dakota, você lembra bem, era uma picape Dodge quando foi oferecida e fabricada aqui no Brasil nos anos 1990. Agora volta como Ram. A Ram, na verdade, é uma spin-off da Dodge, e uma de sucesso; ainda que a Dodge, coitada, virou uma marca moribunda sem picapes. E é estranho: Chevrolet e Ford são marcas de picapes, por que cargas d’água a Dodge não? Enfim. Mopar Rulez! Mesmo que o Mopar seja, hoje, um Fiat. Que era Peugeot, derivado de um chinês cujo nome já esqueci de novo em 4 parágrafos. Changan! (MAO)
Mustang Shelby Super Snake-R

Uma pessoa normal jamais olharia para um Ford Mustang Dark Horse de 500 cv e diria: é, precisa de mais potência. Mas vamos falar sério: nenhum de vocês, you filthy animals, é normal. Entusiasta de automóvel sempre tem uma piração qualquer, que vai de Xantia com interior verde-xadrez até… bem, até gente que compra um Mustang Dark horse e transforma-o no Shelby Super Snake-R.

O que é o Shelby Super Snake-R? Acho que você pode imaginar. É um Dark Horse bem mais dark, e com um bocado de horses a mais. O Coyote V-8 de 5 litros da Ford recebe um supercharger, aumentando a potência para nada mais, nada menos que 850 cavalinhos felizes. Isso mesmo, oitocentos e cinquënta cavalos-vapor em um freakin Mustang que já tem algumas dificuldades com 500 deles. Literalmente, saia da frente! Haja guard-rail!

Sim, todo esse batalhão de animais é enviado exclusivamente para as rodas traseiras, e os compradores podem escolher entre uma transmissão manual Tremec de seis marchas ou uma automática de 10 velocidades.

Coilovers totalmente ajustáveis, pneus Michelin de alto desempenho mais largos, rodas de liga leve e discos de freio ranhurados de duas peças complementam o enorme aumento de potência do Super Snake-R — sem mencionar um spoiler traseiro considerável, splitter dianteiro, e tudo mais. Apesar do motor monstruoso, a Shelby American relata que ainda assim o carro pesa 1.816 kg, apenas 52 kg a mais que o Dark Horse.

É claro que todo esse desempenho tem um preço. O Super Snake-R 2026 começa em US$ 225.995, o que inclui o custo do Mustang Dark Horse doador. A Shelby diz que é uma pechincha, já que o Mustang GTD de 820 cv custa US$ 325.000. Tá; finge não lembrar que o GTD é um carro de corrida disfarçado de Mustang. Seus 225 mil dólares aqui compram os 350 cv extras, um desejo de boa sorte para ti, e… só isso! (MAO)
O Cadillac Elevated Velocity

Vamos todos colocar o chapéu de maluco e fingir que estamos sob efeito de drogas alucinógenas: só assim para podermos encarar o lançamento deste novo carro-conceito da Cadillac.
Chama-se Elevated Velocity, e é exatamente o que o nome diz. Um carro alto, mas rápido. Ah, e elétrico, claro, o memorando dizendo que já se pode parar com essa eletricidade toda aparentemente não chegou ainda nos estúdios de design da companhia. A Cadillac diz, em um ataque psicodélico momentâneo, totalmente condizente com a situação, diz que “serve como um banco de testes contínuo de possibilidades para o futuro da marca.”

O SUV elétrico com suspensão elevada é uma continuação do conceito Opulent Velocity, que estreou em agosto passado, desenvolvendo as ideias apresentadas naquele veículo. A Cadillac acredita que “pode haver um futuro em que autonomia e direção prática de alto desempenho possam coexistir em um único veículo, e o Elevated Velocity retrata essas possibilidades envoltas na estética off-road da Série V.”


O interior é em vários tons de vermelho, incluindo couro e tecido bouclé. Não conta com as telas tradicionais, para “explorar novas maneiras de exibir informações”, como a tela no volante. É uma evolução do volante do Opulent Velocity e algo em que a Cadillac está trabalhando ativamente com seus parceiros de engenharia; resta saber onde enfiar colocar o airbag.

Agora escuta essa: luz infravermelha promove o rejuvenescimento. E tem capacidade de se manter limpo por meio de uma vibração que evita a entrada de poeira. O carro também possui um sistema de filtragem da cabine, purificação do ar e a capacidade de compensar o ar seco, mudanças extremas de temperatura e mudanças de altitude. Há até um compartimento com um conjunto de taco e roupa de polo bespoke. Doido? Nem te conto.

As portas são enormes asa-de-gaivota que parecem tiradas diretamente do Lamborghini Marzal de 1967. Mas além das fotos, não há muito mais além disso: não foi divulgado nada sobre o trem de força além do fato de ser elétrico. A Cadillac diz também que o carro tem suspensão a ar ativa. E é só isso que tomos a dizer a este respeito. (MAO)
McLaren vai leiloar seus carros de corrida de 2026, antes das corridas

Vamos arquivar essa em: “novas e criativas maneiras de separar bilionários de seu dinheiro”. Já vimos muitos carros históricos de Fórmula 1 serem leiloados antes, mas nunca vimos um carro de Fórmula 1 ser leiloado antes mesmo de ter participado de uma corrida. No entanto, de acordo com reportagens da Reuters, é exatamente isso que a McLaren planeja fazer.
O leilão será organizado pela RM Sotheby’s em 5 de dezembro, no último fim de semana de corridas de Fórmula 1 do ano, em Abu Dhabi. A McLaren não apenas leiloará o carro de Fórmula 1 de 2026, de acordo com as reportagens, mas o lote também incluirá o Arrow McLaren Indycar de 2026, que correrá nas 500 Milhas de Indianápolis em maio próximo, e o World Endurance Hypercar de 2027 da McLaren, que competirá nas 24 Horas de Le Mans.

A McLaren não os entregará até que eles completem suas funções de corrida, de acordo com os relatos; os licitantes vencedores não poderão levar os carros para casa até 2028. Para atenuar a espera, vencedor dos leilões receberá um leasing de um carro de exibição de 2025.
O leilão, segundo a empresa, é para celebrar o feito da McLaren de ser a única equipe a ter conquistado a “Tríplice Coroa” do automobilismo. Venceu as 500 Milhas de Indianápolis três vezes, a primeira em 1972; venceu o Grande Prêmio de Mônaco dezesseis vezes, a mais recente neste ano; e conquistou sua única vitória nas 24 Horas de Le Mans em 1995.

É um investimento de risco: pode-se ou acabar com um vencedor de Le Mans ou Monaco; ou acabar com um escombro estatelado numa parede. Esse último é piada: quero acreditar que se acontecer, a empresa restaurará o veículo antes de entregar. A não ser que alguém morra dentro dele, o que o faria dele evidencia material, não? Ou vira um investimento melhor, mantido todo destruído e com restos do pobre falecido? Desculpas pelo papo sombrio, mas essa venda esquisita faz a mente imaginar de tudo. Enfim, deixemos os advogados se divertirem com este contrato. Só digo uma coisa: comprar um carro usado para receber três anos depois, na minha humilde opinião, é coisa que nunca se faz. De Ferrari 250 GTO a Chevette 1992, melhor não. (MAO)
Rumo ao Topo: filme de brasileiro no Pikes Peak estreou ontem

O Pikes Peak International Hill Climb é uma corrida anual de subida de montanha até o cume do tal pico do Pike, no estado americano do Colorado. A prova tem 20 km e tem mais de 156 curvas, subindo 1.440 m desde o início até a chegada, a 4.302 m. Costumava consistir em trechos de terra e pavimentados, mas, desde agosto de 2011, a rodovia é totalmente pavimentada; como resultado, todos os eventos subsequentes serão realizados em asfalto, do início ao fim. É uma das mais antigas provas ainda sendo realizada; existe desde 1916.
Pois bem: em 2019, o brasileiro Rafael Paschoalin venceu a prova na categoria Middleweight (peso médio), numa Yamaha MT-07. E agora, um documentário estreou nos cinemas sobre esta jornada. Chama-se “Rumo ao Topo”.
A película conta a trajetória de Rafael Paschoalin desde a preparação até a vitória em 2019. O piloto brasileiro percorreu a prova em 10min 43s 880, garantindo com uma motocicleta fabricada no Brasil, além do título na categoria Middleweight, o 8º lugar geral entre as motos.

Em seu currículo, Paschoalin tem outros desafiadores feitos, com ser o primeiro brasileiro a correr o lendário TT Isle of Man. Dirigido por Tatty Viana, Rumo ao Topo combina imagens impactantes e bastidores emocionantes, ressaltando que a conquista de Rafael Paschoalin foi além do resultado: é fruto de superação, aprendizado, resiliência e muita coragem. A produção, que teve sua estreia no Motor Film Awards 2024, na Inglaterra, será exibida exclusivamente no Espaço Petrobrás de Cinema, em São Paulo.
A estreia foi ontem, 14 de agosto, mas o filme continua em cartaz no Espaço Petrobrás de Cinema (Rua Augusta 1475, São Paulo, capital) até dia 20 de agosto; a sessão começa sempre as 15:40h. (MAO)