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Car Culture Projetos

De Grand Cherokee restomod a Wrangler hot rod: os conceitos do Easter Jeep Safari 2017

Já virou tradição: todos os anos, fãs da Jeep espalhados por todos os Estados Unidos se reúnem no deserto de Moab, em Utah, para celebrar sua fabricante de veículos off-road favorita – e a Jeep retribui levando ao evento conceitos exclusivos.

A edição de 2017 não foi diferente. E, por mais que as comemorações de 50 anos do Easter Jeep Safari e do aniversário de 75 anos da própria Jeep tenham sido no ano passado, os caras não deixaram de caprichar. E, como de costume, houve um belo restomod – ainda que, desta vez, não tão retrô assim…

 

Jeep Grand One Concept

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Normalmente a Jeep usa o tradicional Wrangler como base para seus restomods, e a gente entende o apelo: ele é um verdadeiro ícone e, sua concepção simples o torna uma excelente base para modificações radicais. No entanto, em 2017, a primeira geração do Jeep Grand Cherokee, a ZJ, completa 25 anos. O utilitário, lançado em 1992, foi o substituto do ainda bem sucedido, porém já cansado Grand Wagoneer, que já era fabricado desde 1962 sem grandes alterações.

Por isso, a Jeep decidiu dar vida nova ao Grand Cherokee. Para isto, a fabricante procurou um exemplar apresentável no Craigslist (que é como o Mercado Livre nos EUA) e lhe deu uma bela repaginada: pintura nova (um azul metálico tipicamente noventista), suspensão elevada em cinco centímetros, pneus BF Goodrich de 33 polegadas, rodas douradas de 18 polegadas, entre-eixos mais longo (deslocando o eixo dianteiro para a frente e o eixo traseiro para trás, sem alterar a carroceria) e restaurou o interior no padrão original – exceto pela flanela xadrez no teto. O carro também foi equipado com um telefone móvel e alguém colocou um Game Boy (original, não o Color!) no banco traseiro. E rolou um pequeno facelift, com nova grade e novos para-choques dianteiro e traseiro.

O motor, um V8 de 5,2 litros que tinha cerca de 160.000 km rodados, foi todo refeito e recebeu como únicos upgrades um sistema de cold air intake e escape menos restritivo. Assim, a potência talvez até seja um pouco maior que os 225 cv originais.

 

Jeep Safari

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Se o Grand One tem todo o jeito de que poderia ser feito por qualquer amante de Jeeps com bom gosto, o Safari é um conceito mais viajado. Sua principal característica são, sem dúvidas, as portas de acrílico transparente, que são sustentadas por uma armação de alumínio. As portas traseiras são suicidas. Segundo a Jeep, a ideia dar a sensação de um veículo aberto mesmo que ele esteja fechado. Por isto, o teto rígido do Wrangler Rubicon é de vidro, e todas as janelas são maiores. Além disso, os dois bancos traseiros individuais são ligeiramente virados para fora – de modo a melhorar a visão daquilo que a Jeep chama de “windoors” (windowsdoors).

O Jeep Safari também teve o comprimento reduzido e recebeu um diferencial Dana 44 com três níveis de bloqueio (selecionáveis manualmente), bem como faróis e lanternas de LED, novos para-choques, suspensão elevada em cinco centímetros e rodas de 18 polegadas calçadas com pneus BF Goodrich de 35 polegadas. Completam o pacote um iPad integrado ao painel de instrumentos, skid plates na dianteira e na traseira e feios melhorados. Além, é claro, do V6 Pentastar de 3,6 litros e 285 cv.

 

Jeep Quicksand

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Sem dúvida este aqui é, para nós, um dos mais legais: o Jeep Quicksand é um hot rod feito para as dunas de areia, que não economiza no visual agressivo e nem na força. Baseado no Wrangler, ele teve o entre-eixos alongado, o teto rebaixado em 10 cm e perdeu os para-lamas, deixando à mostra o motor V8 Hemi 392 com corpos de borboleta individuais (que também brotam por uma abertura no capô, como nos gassers das décadas de 1950 e 1960.

O interior perdeu o revestimento das portas, mas ganhou couro vermelho costurado em matelassê nos bancos, que não têm encostos de cabeça. A capota é de lona, e há uma gaiola de proteção na parte traseira. Além disso, as rodas de 18 polegadas têm visual vintage e são calçadas com pneus BF Goodrich de 32 polegadas na dianteira e 37 polegadas na traseira.

 

Jeep Trailpass

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Feito a partir do novo Jeep Compass Trailhawk, o Trailpass têm a premissa simples de aumentar a capacidade off-road do utilitário. Para tal, ele teve a suspensão elevada em 3,8 cm e ganhou novos pneus Continental TerrainContact (os pneus mais garrudos dos outros conceitos talvez caíssem melhor).

Esteticamente, o Trailpass ganhou um rack no teto (com porta-volumes), grafismos conceituais no capô e nas laterais e pintura especial nas rodas. A cor verde da carroceria aparece também no revestimento de couro Katzin dos bancos, nas costuras do volante e dos revestimentos das portas e em detalhes do acabamento do painel e da alavanca de câmbio. Os tapetes são à prova d’água, e o motor é o Tigershark de 2,4 litros e 186 cv acoplado a uma caixa automática de nove marchas – conjunto mecânico também disponível na nossa Fiat Toro.

 

Switchback

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Se você achou o Jeep Safari radical demais com suas portas transparentes, o conceito Switchback pode ser considerado uma interpretação mais plausível da ideia: ele também tem teto de vidro e janelas maiores, mas apenas a parte inferior das portas é vazada, garantindo mais privacidade.

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O Switchback também é uma vitrine de acessórios conceituais (isto é, que um dia podem aparecer no catálogo da Mopar), entre os quais destacam-se o capô com scoop para ventilação do motor, as rodas de 17” de desenho exclusivo (calçados com pneus BFG de 37 polegadas), o rack do teto e as luzes de LED nas colunas A, sobre o para-brisa e nas lanternas traseiras.

Além disso, o Jeep teve a suspensão elevada em 10 centímetros e recebeu diferenciais Dana 44 nos dois eixos, além de molas Fox, para-choques de aço, uma nova grade, sistema CAI e dobradiças reforçadas no compartimento de carga traseiro, a fim de suportar o maior peso do estepe e de um kit de primeiros socorros. O motor é o V6 Pentastar de 3,6 litros, acoplado a uma caixa automática de cinco marchas.

 

Luminator

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O Luminator tem este nome por causa de todas as luzes de LED que a Jeep instalou nele. Feito em parceria com a divisão de iluminação da Magneti Marelli (cooperação possível graças à fusão da Chrysler e da Fiat, visto que a Magneti Marelli pertence aos italianos). Para começar, o capô traz uma régua de iluminação dotada de um sensor infra-vermelho. Quando detecta obstáculos, animais ou pessoas à frente, a régua se acende e proporciona melhor visibilidade em trilhas noturnas.

Outra régua, no topo do vigia traseiro, serve como alerta para quem vem atrás: quando as luzes estão verdes, quer dizer que está tudo bem e que o jipe está se movendo a mais de 5 km/h. Abaixo disto, a luz fica amarela. Quando a luz fica vermelha, significa que o carro está parado (ou está prestes a fazê-lo por problemas mecânicos). A luz branca é a luz de ré.

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Ainda há LEDs espalhados por todo o carro: nos faróis, nas luzes auxiliares, nos spots nas colunas A, nas luzes de neblina, nos piscas e no assoalho, para iluminar o piso e permitir que se enxergue buracos ou outros obstáculos menores.

 

CJ66

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Este verdadeiro monstro de Frankenstein (no bom sentido) nasceu do chassi de um Jeep Wrangler TJ (produzido de 1997 a 2006) unido à réplica da carroceria de um Jeep CJ (o original, feito de 1944 a 1986), tudo movido por um V8 Hemi de 5,7 litros moderno, capaz de entregar 388 cv – este, acoplado a uma transmissão manual de seis marchas.

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Os para-lamas foram alargados para acomodar os enormes pneus BF Goodrich de 35 polegadas que calçam as rodas de 17 polegadas com bead locks, e a suspensão foi devidamente elevada para ajudar o CJ66 a enfrentar trilhas difícies. Para isto também contribuem os dois diferenciais Dana 44.

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A grande maioria dos acessórios veio do catálogo da Mopar, como a cobertura plástica do motor, o volante, a saída de escape e o sistema de cold air intake. Os bancos, não: estes vêm do Dodge Viper.