Sem medo de inovações e ousadias, o supercarros fabricados por Horacio Pagani estão entre os mais originais e desejados dos últimos tempos. Como se não bastasse, eles também são absurdamente rápidos graças a seus motores V12 AMG. Infelizmente, eles são tão incríveis quanto inacessíveis, mas graças ao plano secreto do Google para conquistar o mundo, você pode fazer uma visita ao lugar onde eles são fabricados. Vamos nessa?
Argentino radicado na Itália, Horacio Pagani fundou a Pagani Automobili S.p.A. em 1992, depois de trabalhar como engenheiro-chefe na Lamborghini. Ele saiu da companhia depois de projetar e construir o conceito Lamborghini Countach Evoluzione, e insistir para que a empresa comprasse um autoclave, equipamento usado para criar a altíssima pressão necessária para curar a fibra de carbono. Com um autoclave, a Lambo poderia otimizar a produção do compósito, mas a companhia disse que “se a Ferrari não precisava de um, nós também não precisamos”. Bem irônico, se levarmos em consideração que o próprio Ferruccio Lamborghini começou a produzir supercarros depois de uma discussão com Enzo Ferrari.
Hoje, 22 anos depois, o prédio onde fica a sede/fábrica da Pagani não ficou gigantesco como se imaginava. A razão é simples: apesar de fabricar superesportivos exclusivos e caríssimos, a Pagani ainda é uma empresa pequena, que fabrica seus carros de maneira artesanal. Não é preciso milhares de metros quadrados para criar suas obras de arte. Quer ver?
Logo na entrada, você dá de cara com um Pagani Huayra azul, e pode até “entrar” nele para conferir seu interior totalmente retrô e extravagante, como se fosse uma nave espacial steampunk. Quase colado com ele, um Pagani Formula Renault — um dos primeiros trabalhos de Horacio, que abriu uma oficina de restauração aos 17 anos, e foi refazer a carroceria de um Formula Renault em fibra de vidro.
Uma geral pelo ambiente revela alguns motores AMG servindo como decoração — o braço da Mercedes-Benz fornece componentes para a Pagani desde 1999, incluindo os motores usados no Zonda e no Huayra, além de itens de decoração e mobília desenhados e construídos pela Pagani. Você não vai gastar horas para conhecer todo o lugar (que é tão pequeno que usa até uma parede de espelhos para dar a sensação de profundidade), mas há muitos detalhes legais para descobrir. Há também uma escada, mas não dá para subir por ela — alguns segredos industriais devem estar escondidos ali…
Dentro, Huayra. Fora, Zonda
A Pagani não foi a primeira fabricante de supercarros a abrir suas portas virtuais para o Google Street View: você também pode visitar o museu da Lamborghini, em Sant’Agata Bolognese, e a sede da McLaren em Woking.
Parece que você acabou de encontrar um jeito de gastar sua hora do almoço. Afinal, quem precisa de comida quando se tem supercarros?