Na concepção de muita gente, Dita von Teese é uma das mulheres mais bonitas do mundo, e é amplamente creditada por ser uma das responsáveis pelo ressurgimento das pin-ups na grande mídia. O que pouca gente sabe é que ela também curte carros antigos — especialmente os que fabricados nas décadas de 30 e 40. De repente começamos a achá-la ainda mais bonita…
Dita von Teese tem 41 anos, mas definitivamente não aparenta. Ela comprou seu primeiro clássico aos 22 anos — um Chrysler New Yorker 1939, que ela vendeu só em 2010 — e, desde então, não parou mais. Ela pode não ser do tipo que mantém uma coleção de centenas de carros, como várias que já vimos pelas páginas do FlatOut, mas definitivamente sabe apreciar um bom automóvel.
Quando dizemos “bom automóvel”, estamos falando dos favoritos dela: os que saíam das linhas de montagem americanas há sete ou oito décadas. Ao longo dos anos, a modelo, dançarina burlesca e ocasional atriz já teve algumas dezenas de carros antigos — com os quais faz questão de sair quase todos os dias. Em entrevista à Forbes, há alguns anos, ela faz questão de dizer aquilo que todo gearhead já disse pelo menos uma vez: “esses carros foram feitos para curtir e dirigir”.
E de que carros estamos falando, afinal?
Não existem muitos registros dos carros que a diva já teve nesses quase vinte anos — afinal, quando ela aparece nas notícias ou postagens de sites na internet, geralmente as razões são outras (o que é compreensível) —, mas sabe-se que, além do Chrysler New Yorker, Dita já teve um Packard 120 1939, um Jaguar S-Type 1965, um Ford Super Deluxe 1946 e um Cadillac Fleetwood 1953 (que ela já disse ser seu favorito). Mas como ela escolhe os modelos que vai comprar?
É um negócio complicado, aprender qual é o carro certo para você. Quando você dirige um antigo, é tudo muito pessoal. Já tive vários carros antigos com os quais não me dei muito bem e acabei dizendo ‘este carro não é para mim.”
Não é sempre que vemos uma garota ter uma relação tão pessoal com os carros. Não é sexismo — é que a maioria dos entusiastas que levam a sério sua paixão é de homens. Contudo, nada mais natural: como boa parte das pessoas que gostam do estilo de vida vintage, Dita coleciona móveis, roupas e memorabilia dos anos 30, 40 e 50. Carros fazem parte disso.
Mas como já dissemos, ela não tem um galpão enorme e climatizado cheio de carros — normalmente ela mantém três ou quatro carros sob seus cuidados e reveza entre eles na hora de sair de casa. E ela não viaja ou pega trânsito pesado. “As pessoas não entendem que estes carros não freiam como os de hoje. Não é porque os freios são ruins, mas porque eles são bem mais pesados do que os de um carro moderno. Por isso é bem difícil de dirigi-los nesta cidade, ainda mais quando todo mundo está de mau humor ou com pressa”, ela diz. Dita vive em Detroit e prefere usar seus carros nas ruas mais tranquilas e, no máximo, para fazer compras.
Mas ela também tem um bom faro para vender carros — em 2012, seu Packard virou notícia quando ela o anunciou no eBay com um ensaio retrô. O carro foi vendido bem rápido — por US$ 30 mil, ou pouco mais de R$ 70 mil. Não é nenhuma fortuna (ela mesma diz que “não vai comprar um carro de um milhão de dólares tão cedo”), mas foi o suficiente para que ela comprasse outro carro.
Aliás, ela diz que outra coisa que gosta nos carros antigos é o modo como eles retém valor e não são tão difíceis assim de manter: “Carros jamais vão ser feitos desse jeito de novo, nunca mais. Se você achar um mecânico bom e honesto, não fica caro manter um clássico americano. Além disso, eles não desvalorizam, e eu sei disso porque quando compro um carro antigo, posso dirigi-lo e vendê-lo quando quiser pelo mesmo que paguei — e provavelmente por até mais se for um carro que usei em um ensaio fotográfico.” Deve ter sido o caso com o Packard.
Mas, obviamente, para ela os carros antigos são muito mais que um negócio ou um elemento de sua personagem:
Eu simplesmente amo dirigir estes carros, adoro a paciência a habilidade que isto exige, e adoro ver como as pessoas gostam de vê-los na estrada. E me sinto muito calma quando dirijo um dos meus carros, tem algo neles que me tranquiliza”.
De qualquer forma, ao ver as palavras “Dita von Teese”, “carros” e “ensaio fotográfico” no mesmo texto, você deve ter ficado bem curioso. Pois então…
Quase sempre nós admiramos e postamos carros rápidos. Contudo, há certas coisas que merecem ser apreciadas de forma muito mais lenta e dedicada.