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Dodge anuncia seu primeiro muscle car elétrico para 2024
Enquanto a gente curtia o feriado, a Dodge aproveitou para virar o mundo de cabeça para baixo, congelar o inferno e fazer chover para cima. Na última sexta-feira (8) a fabricante anunciou que fará seu primeiro carro elétrico. Ou melhor, carro elétrico não: eMuscle car. Sua chegada está marcada para 2024.
Tim Kuniskis, CEO da Dodge, fez o anúncio em um vídeo de cinco minutos no qual explica as razões. E garante que, em vez de lamentar, devemos comemorar.
De acordo com o executivo, os engenheiros da Dodge sabem que já chegaram “ao limite prático” do que se pode extrair de um motor a combustão – ou seja, para fazer um carro que ande mais que o Dodge Demon, por exemplo, será preciso abrir mão dos cilindros e abraçar os motores elétricos.
Some-se a isso o atual momento de transição da indústria, os incentivos governamentais para carros elétricos e a faixa de mercado que a Dodge pretende conquistar com o “eMuscle car” e, segundo a Dodge, este é o momento perfeito para aderir àquilo que Tim Kuniskis chama de evolução natural. O CEO afirma que a Dodge, nos Estados Unidos, é a marca número 1 entre os millenials – ou seja, de forma aproximada, os adultos de 25 a 40 anos de idade, com alto poder de compra e potencial para definir os rumos do segmento. Na prática, Kuniskis acredita que, além de comprar o muscle cars elétricos, os millenials também podem influenciar faixas demográficas mais resistentes à ideia a abrir a mente e entender que um esportivo elétrico com a heritage de Dodge Charger e Challenger pode ser algo bom.
Quanto ao veículo em si, as informações são poucas, porém reveladoras. No vídeo em que explica a decisão da Dodge, Tim Kuniskis está ao lado de um carro coberto por uma capa. Ele chega a levantar um pedacinho, revelando o desenho das entradas de ar no para-choque, e também é possível notar que o carro tem perfil baixo e largo, possivelmente de cupê.
Já o teaser divulgado pela marca também mostra a silhueta daquele que acreditamos ser a versão conceitual do carro – e, pelo visto, ele terá alguma influência do clássico Charger fabricado entre 1968 e 1970, especialmente na dianteira que parece ter os faróis ocultos. Aliás, uma das frases exatas usadas por Tim Kuniskis foi “se um carregador (charger) puder tornar o Charger um carro mais rápido, estamos dentro!”, levantando a hipótese de que o novo eMuscle car será o novo Charger. Nada foi confirmado, obviamente.
O teaser também mostra um emblema triangular que pode não trazer lembranças a todo mundo – trata-se de um motivo triangular que a Dodge usou bastante na década de 1960, em diversos modelos. Trazê-lo de volta mostra que a Dodge quer conectar-se com o passado enquanto olha para o futuro, aparentemente.
Sobre o veículo em si, nada foi dito. Contudo, rumores apontam para o uso da plataforma STLA da Stellantis – uma das quatro plataformas dedicadas a veículos elétricos do grupo, que promete autonomia de até 800 km.
Pela primeira vez no Brasil, SUV superam hatchbacks em participação no mercado
Já faz alguns anos que se projeta o domínio dos SUVs na indústria e a extinção dos carros de passeio “convencionais” – sedãs, hatchbacks e peruas. E agora, pela primeira vez no Brasil, os SUVs compactos superaram os hatchbacks em participação no mercado.
A vantagem dos SUVs ainda é mínima, claro – na parcial de 2021, são 39,36% contra 39,1% dos hatchbacks, segundo levantamento divulgado pelos colegas do Motor1.com. Em ambos os casos conta-se subcompactos, compactos e médios. Em 2020, por outro lado, os hatchbacks somaram 44,39% de market share contra 29,5% no acumulado do ano.
É claro que as coisas modem mudar nos próximos seis meses, ainda mais com uma margem tão pequena. Mas é mais provável que a tendência continue, pois o processo já aconteceria naturalmente. O que ocorreu foi a pandemia, que entre suas inúmeras consequências trouxe paralisações nas linhas de produção. Algumas fabricantes, diante disso, priorizaram os hatchbacks – a Chevrolet, por exemplo, interrompeu a fabricação do Onix por falta de insumos eletrônicos (semicondutores usados nos chips e circuitos integrados), mas continuou produzindo o Tracker.
Com a chegada de novos SUVs ao mercado, porém – como o Fiat Pulse, previsto para setembro, além de outros modelos como o novo Citroën C3 (que será “promovido” a SUV subcompacto na próxima geração), o Nissan Magnite (provável substituto do March) e um modelo abaixo de VW T-Cross e Nivus para substituir o Gol – devemos observar um aumento mais expressivo dos utilitários esportivos nos próximos anos.
Este Nissan GT-R R34 com 10 km rodados pode ser vendido por R$ 2,15 milhões
Quem disse que não dá para comprar um Nissan Skyline GT-R R34 novinho em folha? É só ter saldo suficiente na conta bancária: há um exemplar à venda no Japão por singelos US$ 414.000 – o que dá cerca de R$ 2,15 milhões em conversão direta.
O carro não é zero-quilômetro, mas está quase: o hodômetro marca apenas 10 km, o que chamamos de “delivery mileage” – é a distância o carro rodou apenas para testes e transporte depois que saiu da linha de montagem, e raramente passa dos dois dígitos. Para todos os efeitos, é um GT-R R34 novo.
E não se trata de qualquer GT-R R34, mas sim de um V-Spec II Nür – uma das últimas variantes do GT-R R34, que teve apenas 718 exemplares produzidos em 2002. Além do motor RB26DETT biturbo, que é algo especial por si só, o V-Spec II Nür vinha com o sistema de tração integral ATTESSA E-TS Pro, que permitia não apenas variar a distribuição de torque entre os eixos, mas também entre as rodas (o que era auxiliado pelo sistema dos freios ABS). Além disso, a aerodinâmica do V-Spec II Nür era retrabalhada, o capô era de fibra de carbono, e o interior recebia um novo mostrador para a pressão dos turbos.
O único problema é a documentação: o carro nunca foi registrado – provavelmente saiu da fábrica direto para um galpão climatizado e nunca mais saiu. O anúncio no site Yahoo Auctions Japan também não dá muitos detalhes, provavelmente porque o futuro comprador não vai se incomodar com esses problemas mundanos.
Próximo Nissan GT-R pode usar a plataforma do atual
Falando em Nissan e GT-R: a próxima geração daquele que um dia foi o supercarro das massas se aproxima, aparentemente. A Nissan prefere se manter em silêncio a respeito, mas a mais recente fornada de rumores – que, como de costume, vem do site japonês Best Car Web – diz que o atual R35 será descontinuado na segunda metade de 2022, e que seu substituto (o R36) utilizará a mesma plataforma.
A publicação afirma, citando fontes ligadas à marca, que a Nissan vai repetir a estratégia usada no novo Z-car – ou seja, fará uma carroceria completamente nova e um interior mais refinado e moderno, e usará uma versão atualizada de ponta a ponta da plataforma atual. Ou seja: é planejada uma evolução, e não uma revolução, com modificações no acerto de chassi, incorporação de novos sistemas eletrônicos de assistência e infotainment, e possivelmente uma versão atualizada do cojunto formado pelo V6 VR38DETT, pelo câmbio de dupla embreagem e pelo sistema de tração integral. Fala-se em pelo menos 600 cv para o modelo base – número que hoje é encontrado na versão Nismo.
Também é possível que o novo GT-R R36 enfim adote a tecnologia híbrida que, até pouco tempo atrás, era esperada na geração atual. Caso isso se confirme, será o primeiro passo em direção à eletrificação completa do GT-R, prevista para ocorrer nos próximos dez anos. Até lá, porém, muita coisa pode rolar.
Abarth terá apenas modelos elétricos em 2024
Ainda falando sobre o futuro elétrico da Stellantis: junto com o anúncio da Dodge, o grupo aproveitou para revelar seus planos para uma marca que, por aqui, anda meio esquecida – a Abarth, divisão responsável pelos Fiat esportivos na Europa. Segundo a Stellantis, a partir de 2024 a linha Abarth será exclusiva para modelos elétricos. E isso incluirá, claro, um novo 500 Abarth.
Com a chegada ainda recente do Fiat 500 elétrico, os planos para uma versão a bateria do 500 Abarth não surpreendem. Só que a marca ainda não deu detalhes, limitando-se a fixar um prazo para a mudança.
Não é difícil deduzir, porém, que o 500 Abarth elétrico terá visual mais agressivo que as versões comuns, além de mais potência. Resta descobrir como: a Fiat pode dar ao 500 elétrico um motor mais potente, ou então colocar nele mais um motor – talvez até para mover as rodas traseiras, criando um hot hatch com tração integral e torque imediato.
Ao menos o Fiat 500 elétrico “normal” já está confirmado para o Brasil, e deve ser lançado até meados de 2022. Com isso, não é totalmente absurdo pensar que a versão Abarth também pode desembarcar no Brasil.