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Dodge indica que motores V8 estão perto de acabar
Em tempos alarmantes para os entusiastas do desempenho à moda antiga, uma das poucas fabricantes que ainda apostam nos motores V8 grandalhões e potentes dá sinais de entregar os pontos: a Dodge. Falando à CNBC Tim Kuniskis, CEO da Dodge e da Chrysler, foi bem direto nas palavras ao dizer que os dias do motor V8 Hellcat (e, por extensão, dos outros V8 da Dodge) estão contados.
“Eles estão absolutamente contados”, continua Kuniskis, “por causa dos custos de conformidade. Mas o desempenho que estes carros têm não está com os dias contados.
Kuniskis se refere aos custos que a Dodge tem para manter o V8 em dia com as normas para emissão de poluentes, que tendem a aumentar cada vez mais à medida em que os carros híbridos e elétricos tornam-se mais presentes e populares. Por conta disto, será economicamente inviável manter em linha um motor de pelo menos 700 cv, sem qualquer tipo de assistência elétrica, e vender os carros equipados com ele por preços mais acessíveis. Porque é disto que se tratam (ao menos nos EUA) os modelos com motor Hellcat, sejam Dodge, Jeep ou Ram: carros tradicionais, com potência e desempenho de supercarro por uma fração do preço. É claro que, em alguns casos, como o Challenger, isto também é possível porque o projeto em si é antigo, com custos já abatidos. Mas, quando as novas gerações de todos estes modelos chegarem, ao longo dos primeiros anos desta década, tal estratégia já não será possível.
Kuniskis se esforça para colocar uma luz mais positiva neste assunto delicado para os entusiastas. Ao mencionar o desempenho dos carros, ele diz que considera a era da eletrificação algo como “Performance 2.0” – um novo e empolgante processo de adoção dos motores elétricos nos muscle cars e esportivos para atingir um nível ainda mais alto de desempenho, queimando pneus e cumprindo o quarto-de-milha em menos de dez segundos sem barulho e sem gases de escape. Ele chega até a mencionar o ano de 1972, que precedeu a crise do petróleo e, na prática, selou o fim dos muscle cars clássicos.
“Foi o começo do fim da era de ouro dos muscle cars. Eles foram embora em nome da economia de combustível, por causa da crise do petróleo. Eles foram embora por causa da segurança. Foram embora por causa do seguro, e por causa dos limites cada vez mais severos para emissões. É meio louco pensar que estamos chegando perto de ver tudo isto acontecer de novo, com uma lista muito parecida de coisas.”
Kuniskis confirmou, assim, que a Dodge começará a introduzir híbridos e elétricos em sua linha em breve. Ele não confirmou como, nem quando, nem quais modelos. Mas fez o possível para tentar confortar os fãs da Dodge dizendo que isto é uma coisa boa. “Estou super empolgado com o futuro da eletrificação, porque acho que é ela que vai nos impedir de cair no abismo”, disse. “Sem esta tecnologia, sem a eletrificação, estaremos em 1972 de novo, e será o fim.”
Entendemos o ponto, e entendemos a situação delicada do executivo neste momento. Kuniskis foi nomeado para seu cargo atual em janeiro deste ano, logo após a concretização da fusão entre FCA e PSA – e o nascimento da Stellantis. Se, por um lado, a criação deste grupo gigantesco permitirá que as marcas se ajudem, compartilhando plataformas, motores e recursos, por outro lado haverá uma pressão muito maior para colocar todas as marcas sob a mesma filosofia e permitir que elas continuem existindo. E esta pressão passa pela Dodge e seus esportivos old school, que têm a sorte de serem americanos, e não europeus.
O tempo dirá se esta decisão será feita da melhor forma possível, e se vai valer a pena.
McLaren Artura ganha data de lançamento
A McLaren se prepara para a chegada do Artura, substituto do 570S e outros modelos da Sports Series – agora, ele tem data de lançamento: 17 de fevereiro, via streaming, e a fabricante diz que apresentação contará até mesmo com recursos de realidade aumentada. Tanta pompa é justificada porque, como já não acontece há um tempo, o Artura é um carro totalmente novo.
De acordo com a McLaren, todos os elementos do Artura são completamente novos – plataforma, monobloco, carroceria, interior, motor, tudo. Mesmo que, pelas fotos do carro camuflado e teasers, seu visual seja mais evolutivo que revolucionário.
O motor, como já foi divulgado, será um inédito V6 híbrido com dois turbos e assistência elétrica – mas sem tração integral: tanto o V6 (que será feito pela Ricardo) quanto o motor elétrico terão sua força levada para as rodas traseiras, por um câmbio que ainda não foi revelado. Estima-se que ele terá pelo menos 600 cv nas versões mais simples, e que o motor elétrico garantirá, sozinho, ao menos 30 km de autonomia. A nova estrutura de fibra de carbono e o torque instantâneo do motor elétrico deverão ajudar a compensar o ganho de peso das baterias e do propulsor elétrico.
Novo Alfa Romeo Giulietta pode dividir plataforma com Peugeot 308
Os primeiros frutos da Stellantis, fusão entre FCA e PSA concretizada no início do ano, começam a tomar forma. E um deles é curioso: um novo Alfa Romeo Giulietta feito sobre a mesma plataforma do Peugeot 308.
A informação surgiu primeiro na imprensa francesa, pelo site L’Argus. A publicação diz que a nova Giulietta, prevista para 2023 e não antes disto, será feito sobre a evolução da plataforma EMP2, que fará sua estreia no próximo dia 3 de fevereiro sob o novo DS 4.
Ainda não se sabe detalhes a respeito do carro, obviamente, mas os franceses acreditam que ele usará, a princípio, o motor PureTech 1.2 debaixo do capô, com turbo e potência entre 190 e 225 cv. Não se descarta, porém, versões esportivas mais potentes, com até 360 cv e, muito provavelmente, tecnologia híbrida. Da mesma forma, uma opção totalmente elétrica também está nos planos, visto que o próprio 308 ganhou uma versão elétrica em dezembro.
Governo pode aumentar IPI para carros de luxo
O Governo Federal estuda aumentar a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros importados de luxo. De acordo com a CNN, a proposta é consequência indireta do aumento de 4,98% no preço médio do diesel, divulgado pela Petrobrás na última terça-feira (26), que teve como represália ameaças de uma nova greve dos caminhoneiros.
Em reação, o governo deve apresentar em breve uma proposta para reduzir o PIS/COFINS do diesel – e, para compensar a perda na arrecadação, a ideia é aumentar o imposto sobre os importados. A CNN também diz que a ideia já foi aprovada por Paulo Guedes, ministro da economia, e que deve ser encaminhada em breve para a sanção do presidente da república.
Caso seja aprovada, a medida vai na contramão do que querem as empresas que fazem parte da Abreifa – a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, que já tentava uma redução no imposto de importação de 35% para 20%, como forma de amenizar os efeitos da alta do dólar.
Lego lança kit “2-em-1” do Porsche 911
O Porsche 911 acaba de ganhar mais uma versão de Lego – ou melhor, duas: o novo kit da linha Technic para o icônico esportivo permite que se monte tanto um cupê quanto um Targa com as mesmas peças.
Usando como referência o Porsche 911 Turbo dos anos 1970, o kit vem com 1.458 peças individuais, que são arranjadas de forma distinta para o cupê e para o conversível. O carro tem volante funcional, bancos, manopla de câmbio e, claro, o boxer na traseira. Não é tão sofisticado quanto os kits maiores, que têm proporções mais realistas e são ainda mais complexos, mas já deve ser um belo passa-tempo e um bom enfeite para seu home office.
Por enquanto, porém, ele não está disponível de forma oficial. Nos EUA e na Europa, onde será lançado no dia 1º de março, o kit custará US$ 149 e € 129, respectivamente – em ambos os casos, o equivalente a pouco mais de R$ 850 em conversão direta.
Sorte dos que assinam o programa de fidelidade VIP da Lego, que já poderão comprar o kit em 16 de fevereiro e receberão uma versão exclusiva com diversos brindes – uma carteira, um certificado de fidelidade e diversos anúncios clássicos da Porsche com as fotos do carro de verdade substituídas por imagens da versão de Lego.