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Dinheiro do DPVAT foi usado em festa de fim de ano da seguradora Líder
A novela suja do DPVAT ganha novos capítulos mais intrigantes a cada dia. Depois de ter os valores reduzidos pelo conselho nacional das seguradoras, aumentados por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e de se tornar uma disputa judicial entre o governo e o monopólio privado que ele próprio permitiu há 45 anos, agora a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP, órgão vinculado ao Ministério da Economia) está questionando despesas da seguradora Líder, que somam R$ 20 milhões de reais. Entre estes gastos estão R$ 274.000 usados em uma festa de fim de ano — enquanto a seguradora Líder vai ao STF impedir a redução do valor a ser pago em 2020.
A despesa consta no documento redigido pela SUSEP para justificar a redução do DPVAT para 2020 — e que gerou o recurso movido pela seguradora Líder. A parte mais obscena da história é que a seguradora monopolista não nega que tenha usado para a “confraternização” o dinheiro da arrecadação, que deveria servir para, por exemplo, aumentar a indenização de ridículos R$ 13.800 para mortes. O valor usado somente na festa de fim de ano seria suficiente para indenizar 101 despesas médicas com os valor máximo praticado atualmente (R$ 2.700). Como trata-se do teto, há despesas menores, então o número de pessoas beneficiadas poderia ser maior.
Segundo o jornal Valor Econômico, a seguradora Líder alegou que a “confraternização foi feita para promover a valorização dos funcionários, gerando integração entre as áreas, que veem naquele momento uma oportunidade para conhecer melhor os setores, objetos e metas da empresa e gerar laços com gestores e subordinados”.
Faltou explicar como tudo isso irá beneficiar o público que é obrigado — ou seja: não pode escolher se irá pagar, nem a quem irá pagar. Além disso, a seguradora Líder afirmou que “o DPVAT é gerido pelos funcionários da seguradora” e que “a festa de fim de ano é parte do conjunto de elementos que permitem o adequado desempenho de suas atividades”. Aparentemente não é um contrato de trabalho que permite o adequado desempenho de atividades, e sim uma festa de fim de ano.
O FlatOut já se posicionou contra o DPVAT mesmo antes do início desta novela. Em maio de 2019 defendemos o fim deste seguro e sua substituição imediata por outros tipos de seguro, além do fim do monopólio e da validação de seguro total como seguro obrigatório. Infelizmente, a discussão caiu no campo ideológico porque a extinção do DPVAT teria um efeito colateral desejável para o presidente Jair Bolsonaro ao atingir um de seus adversários políticos.
Isso, contudo, não muda o fato de que o DPVAT beneficia muito mais seus gestores do que os pagadores do seguro, nem minimiza as acusações de fraudes e corrupção, sem contar que o impacto no SUS corresponde a menos de 3% do orçamento anual do sistema — que pode ser financiado até mesmo pela arrecadação do IPVA, visto que trata-se de um imposto e não de uma taxa. (Leo Contesini)
Lexus vendeu três unidades do LFA em 2019
Lembra do Lexus LFA? Ele foi um dos primeiros supercarros da década passada, tendo sido lançado em 2009, com produção iniciada em dezembro de 2010 e limitada a 500 unidades. Isso significa que ele já saiu de linha há muito tempo — em dezembro de 2012, para ser mais exato — mas, não significa que você não pode encontrar um exemplar zero-quilômetro a venda. Tanto que três americanos fizeram isso em 2019.
Sim: passados sete anos desde o fim da produção do modelo, ainda havia exemplares novos a venda — na verdade provavelmente ainda exista algum LFA esperando para ser comprado nos fundos de uma concessionária Lexus nos EUA. O que aconteceu é que os Lexus LFA americanos foram oferecidos inicialmente no sistema de leasing nos dois primeiros anos para impedir a especulação de comerciantes. Foram 150 dos 178 exemplares destinados ao país.
Não funcionou muito bem, porque o carro era caríssimo — US$ 445.000 na época, pouco mais que a Ferrari 599 GTO nos EUA — então algumas unidades ficaram esperando compradores que nunca chegaram. Isso também não impediu que concessionários arrematassem os carros e os guardassem até o fim do contrato de dois anos.
Tanto pelo preço quanto pelo sistema de vendas, o carro acabou vendendo menos do que pareceu — a Lexus chegou a anunciar que o carro estava esgotado em 2009, quando as vendas começaram, mas aparentemente tratavam-se de reservas reembolsáveis ou mesmo pedidos feito por concessionários.
O fato é que, em 2017, ainda haviam 12 LFA à venda nos EUA, porém mais tarde descobriu-se que havia ainda mais que estes 12. Considerando que foram vendidos dois exemplares em 2018 e estes três em 2019, estima-se que ainda existam ao menos sete Lexus LFA esperando por um dono. (Leo Contesini)
Bugatti revela teaser de suposto novo hipercarro
Até agora a Bugatti – melhor dizendo: a versão atual da Bugatti – tem sido uma fabricante de um modelo só. De 2005 a 2015, o carro era o Veyron. Agora, estamos vivendo a era de seu sucessor, o Chiron. Mas isto pode mudar logo. Ou não.
O caso é que a fabricante francesa controlada por alemães postou em suas contas nas redes sociais um teaser clássico, com um carro coberto por uma capa e só um pedacinho aparecendo. A foto é escura e não dá para ver muita coisa mas, aumentando o brilho, enxergamos o que parece ser um farol vertical e uma luz auxiliar no para-choque. O que implica em uma face dianteira completamente diferente do que se vê no Chiron.
Como o carro está de frente,é impossível discernir sua silhueta – o que, no fim das contas, pode significar que o modelo é só mais um one-off baseado no Chiron, como foram o La Voiture Noire e o Centodieci. Mas também pode ser algo diferente, visto que a Bugatti anda falando muito em expandir sua linha e, diz-se, está preparando um crossover elétrico para um futuro não muito distante. Talvez saibamos mais em março, no Salão de Genebra. (Dalmo Hernandes)
Sony revela conceito elétrico na CES 2020
A CES 2020 trouxe uma surpresa da Sony – não, não é o PS5, que já estava confirmado. Estamos falando de um carro, um carro de verdade: o Sony Vision-S. Não é o nome mais criativo, e o design também não – ele lembra outros sedãs elétricos, conceituais e produzidos em série, que já foram feitos nos últimos anos. Ele é grande, tem o entre-eixos longo, o caimento do teto suave e faróis e lanternas ligados por barras horizontais de LED.
O interior também lembra o de outros carros elétricos, com design minimalista em cores claras, painel de instrumentos dominado por telas “para informação e entretenimento”, segundo a Sony, incluindo telas pequenas que atuam como espelhos retrovisores. Segundo a empresa, o Vision-S tem 33 sensores externos que ajudam o carro a analisar as condições locais em tempo real e ajustar-se de acordo.
Em especificações técnicas, a Sony foi econômica, limitando-se a informar o básico: o carro é movido por dois motores elétricos de 272 cv cada, capazes de levar o sedã de zero a 100 km/h em 4,8 segundos, com máxima de 240 km/h. Não é um foguete, mas também não é lento.
A Sony não se posiciona sobre uma possível expansão em sua atuação, tornando-se uma fabricante de automóveis – mas não é loucura imaginar que o carro possa aparecer em um futuro update de Gran Turismo Sport. Aliás, eu só vou aceitar um desses se vier com um PS5 no porta-luvas. (Dalmo Hernandes)
Agora você pode comprar um helicóptero da Aston Martin
Quer dizer, não exatamente você, mas quem tiver uma conta bancária recheada gorda o bastante para comprar um carro da Aston Martin também vai poder comprar um helicóptero da marca. E, bem, não fabricado pela Aston, mas com a marca da Aston – e alguns detalhes estéticos inspirados em seus carros, por fora e por dentro.
Estamos falando do Airbus ACH130 Aston Martin Edition, fruto de uma parceria entre a fabricante de esportivos britânica e a empresa tradicional empresa francesa de aeronaves. O helicóptero vem com as asas da Aston Martin gravadas no couro dos bancos, cujo padrão imita o dos esportivos ingleses. Além disso, os esquemas de cores externos vêm diretamente do catálogo da Aston Martin, incluindo verde “Stirling Green”, preto “Ultramarine Black”, cinza “Xenon Grey”, prata “Skyfall Silver” e dourado “Arizona Bronze”.
Cada um dos helicópteros terá uma plaqueta numerada, mas a Airbus não diz quantos deles serão feitos – apenas que as entregas começarão ainda no primeiro trimestre de 2020. (Dalmo Hernandes)
Nissan diz que o futuro é híbrido, apesar do sucesso do Leaf
Todo mundo adora dizer que os carros elétricos são o futuro e vão dominar o mundo, relegando os motores a combustão interna ao ostracismo. Pode chamar de “efeito Tesla”, se quiser. O caso é que o buraco é mais embaixo, para usar um chavão fácil de entender: recarregar carros elétricos de forma eficiente ainda é um desafio, e vai ser por muito tempo – e isto sem entrar em questões como o custo ambiental da fabricação do descarte das baterias.
É por isso que cada vez mais gente acredita que, na verdade, os híbridos é que serão o futuro. E há fabricantes se juntando a este coro. A Nissan, por exemplo: para os japoneses, embora seu Leaf seja um sucesso, o que realmente vai dominar a indústria serão os carros com combustão interna e eletricidade.
É simples, na verdade: segundo Ivan Espinosa, que trabalha com o planejamento de marketing global da Nissan, enquanto o tempo de recarga completa das baterias de um elétrico pode chegar a 20 horas, muitos sistemas sistema híbridos realizam este processo continuamente enquanto o veículo está em movimento.
Por isso a própria Nissan colocará no mercado em breve o sistema e-Power, que será um híbrido no qual o motor a combustão interna será responsável apenas por recarregar as baterias, enquanto o motor elétrico será responsável por mover o carro. Uma solução mais pragmática e realista em curto e médio prazo. (Dalmo Hernandes)
Crossover derivado do Fiat Argo e Jeep de sete lugares são flagrados
O tão aguardado crossover do Fiat Argo e o Jeep nacional de sete lugares foram flagrados em testes pela primeira vez. As fotos foram feitas pelo instagrammer garagem195_oficial e mostram os carros no que parece ser suas versões finais, porém usando camuflagem pesada.
Começando do crossover da Fiat, ele será derivado da plataforma do Argo e tem previsão de ser lançado em 2021. Pelo que é possível ver do carro camuflado, as proporções serão de hatch bombado como no Chery Tiggo 2. É esperado que o crossover da Fiat estreie com os motores 1.0 e 1.3 Firefly trubo, com opção de cambio CVT.
Já o SUV maior é um modelo novo de sete lugares derivado do Jeep Compass, que compartilha toda a mecânica com o SUV médio. O modelo de sete lugares terá um nome diferente, portanto é de se esperar que o estilo seja diferente do usado no Compass e não seja apenas uma versão esticada. O entre-eixos não vai aumentar e o ganho de espaço virá do balanço traseiro maior, técnica já usada aqui na minivan Nissan Grand Livina.
O SUV de sete lugares também está previsto para 2021, no mesmo ano o Compass receberá um face-lift e algumas melhorias no motor diesel. (Eduardo Rodrigues)
Nissan lança edição UEFA Champions League do Kicks
A Nissan lançou a segunda edição UEFA Champions League do crossover Kicks, para homenagear mais uma vez a copa europeia de futebol que o fabricante patrocina desde 2014. A edição de 2020 do Kicks comemorativo usa pintura Azul Turquesa combinada com teto, rodas e grade pretos. Serão feitas 1.000 unidades da edição.
O crossover vem com adesivos da Champions League na lateral e a logo na traseira. A Grade vem com um detalhe em azul com a numeração da unidade. Por dentro o Kicks vem com bancos de couro, seis airbags, frisos no mesmo tom de azul da carroceria e logo da UEFA Champions League na tela da central multimídia.
A Nissan não revelou o preço, mas o conteúdo da edição especial é similar ao da versão SV Pack Plus que parte de R$95.790, o preço da edição especial deverá ser nessa faixa. (Eduardo Rodrigues)
Toyota revela planos de construir uma cidade
A Toyota Motor Corporation é o segundo maior fabricante automotivo do mundo e faz parte do Toyota Group que é dono de empresas de outros ramos que vão de siderúrgicas a empresas do ramo imobiliário. No CES 2020 a Toyota anunciou que pretende construir uma cidade inteira, com área de 70,8 hectares.
A cidade se chamará Woven City e será completamente sustentável, com energia vindo de células de hidrogênio e painéis solares. A Woven City será um grande laboratório da Toyota onde ela fará o desenvolvimento e exibirá suas novas tecnologias. E as tecnologias não serão apenas de energia sustentável, o presidente do fabricante, Akio Toyoda, disse que sistemas de inteligência artificial físicos e virtuais serão criados na cidade.
O transporte na cidade será dividido em vias expressas apenas para automóveis, vias de baixa velocidade para soluções de mobilidade individual como bicicletas e outros tipos de veículos e vias exclusivamente para pedestres. O conceito autônomo Toyota e-Palettes será usado no transporte de pessoas e de carga, ele faz parte das tecnologias de inteligencia artificial físicas que serão desenvolvidas e testadas.
A Woven City usará madeira na construção das casas e prédios para ter a menor pegada de carbono, a construção vai unir técnicas tradicionais japonesas de trabalho com madeira e robótica. As casas terão sistemas de inteligência artificial para para monitorar a saúde dos moradores.
O plano é de receber 2.000 moradores no início, trazendo casais aposentados, funcionários da Toyota com suas famílias, parceiros de negócio da empresa e cientistas. Essa utopia sustentável tem a construção programada para começar em 2021. (Eduardo Rodrigues)