Chegamos na última parte da nossa viagem. Agradeço a todos que nos acompanharam até aqui! Agora sentem, relaxem e curtam o passeio!
Paris
Chegamos em Paris tarde da noite. Era a cidade que mais tinha nos deixado curiosos: queríamos ver os Peugeots, Renaults, Citröens e outros belos automóveis franceses circulando pelas ruas do lugar onde nascem. Será que encontraríamos alguns dos melhores hot hatches da história por lá? Bem, a primeira impressão da cidade não foi das melhores… Pegamos o último trem do aeroporto até o centro da cidade e, mesmo o hostel sendo próximo, fomos de taxi até lá pois ficamos com medo do pessoal que estava na rua naquela hora.
Ao entrar no hostel, tivemos a primeira surpresa da cidade: havia metade de um Fusca pendurado na parede! Também descobrimos que o hostel era de brasileiros, então ficou bem mais fácil a comunicação durante nossa estadia!
Aproveitamos e também colamos adesivos nele! South Monkeys, NSR e Scuderia777!
Durante os dias que passamos por lá, visitamos a Basílica de SacréCœur, Musée de l’Armée (Les Invalides), Museu do Louvre, Torre Eiffel, Jardins de Luxemburgo, Catedral de Notre Dame,Castelo de Versalhes… Enfim, foi um roteiro bem turístico e todos esses lugares são incríveis! Lembram daquelas aulas de história do colégio? Então, boa parte está ai!
Mas vamos contar o que interessa para a nação petrolhead! Sem dúvida, o que mais chama a atenção em Paris (para nós), são as lojas de carros da Avenuedes Champs-Élysées! Fomos para lá no nosso primeiro dia, logo após visitar a Sacré Cœur e o Musée de l’Armée. Ao chegarmos fomos recepcionados por uma Porsche Cayenne com kit Techart e seu ronco com muita presença!
Como a avenida é bem extensa, decidimos primeiro olhar tudo que havia de um lado e voltar olhando o outro. Então, a primeira loja que encontramos foi a da Toyota. “Poxa, logo a Toyota?” Pensamos que só íamos encontrar Prius e carros sem graça, mas ao chegar perto… Sim, um Toyota FT-1 – o “sucessor do Supra” – na vitrine! Entramos empolgados e, ao lado da porta,o Toyota TS040 Hybrid que corrou Le Mans em 2015!
Ficamos um tempo admirando essas duas obras de arte automotivas até que percebemos que havia uma escada atrás do protótipo.Subimos até o segundo andar e por lá as coisas eram ainda mais agradáveis: logo ao subir, demos de cara com um motor de competição! Olhei para a direita e sim, um Toyota Corolla WRC!
Cego pelo Corolla WRC, nem percebi que havia mais uma lenda naquela pequena sala. Olhei para trás e na hora reconheci a clássica pintura do Gran Turismo 2, um Toyota GT-One!
Havia motores, capacetes, macacões e um simulador espalhados pela sala. Aceleramos uma volta cada um no simulador e fomos embora daquele ambiente mágico! P.S: no simulador, mesmo sendo piloto, perdi pro Lucas! 🙁
Ao voltar para a calçada da Champs, andamos alguns passos e logo ouvimos um ronco diferente, bem do jeito que gostamos. Comecei a procurar de onde vinha e logo encontrei! Era um trio oriental: Hyundai Genesis, Nissan Silvia e Nissan Skyline R33! Naquele momento me arrependi de não estar lá do outro lado…
A próxima loja que visitamos foi a da Citröen. Diferente da Toyota onde haviam mais carros de corrida, ali parecia mais um show room de carros novos e lojinha de produtos da marca. Na época eu tinha um C4 VTR, então aproveitei e comprei um mimo pra ele, um chaveiro Citröen Racing – chaveiro que, hoje, equipa o ZX Dakar do Lucas!
A Renault era no mesmo estilo da Citröen, muitos carros novos. Mas havia um canto entusiasta ali: um F1 Red Bull com motorização Renault e o carro mais inusitado que já vi até hoje, um Twizy F1! Procurem vídeos no YouTube sobre ele, não vão se arrepender!
Ainda pelas nossas caminhadas, encontramos as lojas da Peugeot e Fiat, mas infelizmente já estavam fechadas e conseguimos apenas ver os carros pela vitrine… Pareciam ser bem legais!
Por fazermos quase todos nossos deslocamentos a pé durante os cinco dias que ficamos em Paris, vimos alguns carros bem legais por lá! De um encontro de gerações de Mini, um belo Clio 16s representando os hot hactches franceses e até um Jaguar XJ-S!
Paris é uma cidade incrível! Tem muuuita história e lugares para visitar! Cinco dias foi pouco, não conseguimos ver tudo que tem lá, mas mesmo assim nos surpreendeu! Hora de pegar o busão e seguir rumo a Bruxelas! Au revoir!
Bruxelas
Depois de algumas horas de estrada – e que estrada! – chegamos ao destino, Bruxelas. As placas ficaram mais difíceis de entender e o idioma local era incompreensível para nós! Nossa passagem pela cidade foi curta, apenas um dia e uma noite.
Já tínhamos um roteiro bem programado para a cidade. Logo que chegamos procuramos o hostel, deixamos nossas malas lá e fomos em direção ao Autoworld e o Museu Real das Forças Armadas. Um era em frente ao outro, muito fácil de chegar!
Primeiro fomos ao Autoworld, pois já tínhamos os ingressos comprados. Pegamos os vouchers na mochila e procuramos onde trocar ou autorizar nossa entrada. Um funcionário explicou que era só pegar o QR code e passar numa leitora na catraca e a entrada estava liberada! Este foi o único lugar que consegui entrar como estudante, pois não pediram a carteira que eu havia esquecido.
O lugar é enorme! São dois andares abarrotados de carros! Havia uma exposição temática sobre os 50 anos dos Porsche Targa e tinha pra todos os gostos! Não vou me alongar muito aqui e deixo as fotos para vocês apreciarem! Basta dizer que o Autoworld é um museu totalmente dedicado a história automotiva no geral, então se vê muitas coisas diferentes – mas realmente não há palavras para descrever (e se fosse descrever, merecia uma matéria inteira só pra ele). Deliciem-se com muitos Porsches de rua, polícia e corrida, Ford GT40, Ferraris, Bugattis, Alfas, diversas motos e muitas outras lendas!
E claro, na saída havia uma lojinha… Olha o que encontramos por lá!
Sim, um Dodge brasileiro! E com placa amarela ainda! Mas o preço não era muito convidativo pra dois mochileiros (lembrando que, na época, o euro batia a casa dos R$5)
Saímos do Autoworld, andamos alguns passos e fomos para o Museu Real das Forças Armadas. Entrada free. Para quem gosta de aviões, helicópteros e artigos de guerra é um prato cheio! E acho que todo gearhead curte um pouquinho dessas máquinas também, né? Como não entendo muito de aviões, não vou me alongar muito aqui. Fiquem com as fotos!
Dá para notar uma grande diferença entre um local com administração pública e privada. No Autoworld era tudo impecavelmente limpo e organizado. Já o Koninklijk Museum van het Leger en de Krijgsgeschiedenisera mais “largado”, tudo estava empoeirado e havia muita coisa espalhada pelos cantos. Mas ainda assim, vale a visita!
Andamos mais um pouco pela cidade, voltamos ao hostel e a noite fomos ao Delirium Pub. São mais de 3000 tipos de cerveja para escolher! É um lugar que não se pode deixar de ir!
Dica do hostel: Sleep Well Youth Hostel (www.sleepwell.be). Foi o melhor hostel que ficamos! Pena que foi só por uma noite… Muito organizado! Banheiro no quarto, cartão magnético para liberar elevador e porta do quarto, café da manhã beeem reforçado e ótimo atendimento!Está mais para hotel do que para hostel!
Amsterdam
Amsterdam foi a única cidade que não tínhamos nada automotivo programado para visitar. Afinal, uma cidade que tem mais canais fluviais que ruas e onde a locomoção é feita em sua maioria através de bicicletas ou barcos, não achamos que veríamos muitas coisas automotivas por lá. Nosso hostel era dentro do Red Light District e realmente lá não tem muitos carros. Tem que tomar cuidado para não ser atropelado por uma/algumas bicicleta(s)!
No nosso pequeno quarto de 18 pessoas do hostel encontramos um grupo de brasileiros. Nos juntamos a eles e andamos por todo Red Light e fizemos um passeio de barco open bar nos canais da cidade! Ainda visitamos o Museu da Heinekein e Casa da Anne Frank.
Mas como o que aqui interessa são os carros (e, sim, eles apareceram) …
Hora de arrumar as malas e voltar para o Brasil. Mas a volta foi com emoção! Não conseguimos fazer check-in no aeroporto, tivemos que pagar uma multa de €150 para embarcar, um homem que estava ao meu lado no vôo desmaiou e teve um ataque epilético e, para finalizar, uma de nossas malas foi perdida em São Paulo! Mas nada que possa apagar as memórias fantásticas do velho mundo e das maravilhas automobilísticas que eles nos trazem.
Agradeço a todos da equipe do FlatOut por disponibilizarem este espaço para registrar esta viagem para a posteridade e a todos os leitores que votaram e acompanharam este Project Trip! Muito obrigado!
Assim como nos espelhamos em outras viagens aqui contadas, espero que nossos relatos possam ajudar alguém a organizar sua trip também!
Até a próxima e put the pedal to the metal!
Por Felippe Almeida, Project Trip #325
Uma mensagem do FlatOut!
Que viagem memorável hein, Felippe? Além de ser uma história para contar para os netos no futuro, você certamente atiçou a galera (quem aí não ficou louco para fazer o mesmo?) e, de quebra, fez um guia Gearhead para curtir a Europa. Parabéns!