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O novo Escort MkII Evo X da MST
É esperado que o mundo dos restomods seja povoado de Porsches e outras marcas de prestígio; com o crescimento constante do valor dos carros antigos, viabiliza modificações extensas que não encontrariam comprador de outra forma. Mas agora, virou febre: até Ford está virando restomod de sucesso, na Inglaterra.
Claro que o mais popular deles é o Ford Escort original, o chamado “dogbone” devido ao característico formato de sua grade dianteira. Mas agora, a MST inglesa, clássica provedora desse tipo de carro, está evoluindo alguns anos: mostrou uma nova versão da sua reinterpretação do Escort MkII, corrente de 1974 a 1980 na Europa. Comparativamente, o MkII é um carro muito menos amado que o original; mas assim é a sanha desse tipo de coisa. Tem que se evoluir para algum lugar né? Estamos revivendo história por lentes diferentes, basicamente.
Este novo MST MkII chama-se EVO-X, e tem opção de um exterior totalmente em fibra de carbono, elevando-o a um nível técnico jamais alcançado por nenhum Escort dos anos 70. Ele combina paralamas alargados com a dianteira com faróis quádruplos, usada no RS2000.
A carroceria monobloco de aço estampada é nova, com novo VIN, e não antiga restaurada, então na verdade é uma réplica, e não um restomod, tecnicamente. A carroceria externa é feita de fibra de carbono; a empresa afirma que isso exigiu a criação de moldes totalmente novos, mas com a redução de 75% do peso dos painéis metálicos. A meta para a versão final é um peso de apenas 800 kg na versão de rua, ou 740 kg para competição.
O carro continua com tração traseira e câmbio manual, claro; o motor também é de quatro cilindros aspirado. Mas é claro que não os originais. O motor, por exemplo, é um Millington Diamond de 2,8 litros e nada menos que 360 cv, e pesando apenas 85 kg.
O que é esse motor Millington Diamond? É um motor independente, criado pela Millington; a empresa nos anos 1980 criou blocos de alumínio para os motores Cosworth YB (2.0 turbo do Sierra Cosworth), e nos anos 1990, um novo cabeçote 16 válvulas especial para motores aspirados. Nasceu como evolução do YB, mas hoje é outra coisa, e considerado o mais sensacional quatro em linha disponível para compra. Não é nada barato ao redor das £ 30.000, mas é o melhor.
Os compradores podem escolher entre uma caixa de câmbio manual ou uma transmissão sequencial. Outros recursos incluem um sistema de suspensão traseira totalmente independente, bem como freios AP com pinças dianteiras de seis pistões e rodas de 17 polegadas. Qualquer cor é possível, e o interior pode ser de luxo com Recaros e cinto retrátil de 3 pontos, ou de competição com conchas e cintos de corrida de 6 pontos. A possibilidade de personalização, obviamente, é infinita.
Como se pode imaginar, não é barato: preços começam no equivalente em libras esterlinas a aproximadamente 1,6 milhão de reais, entregue na Inglaterra. Embora o MST EVO-X possa ser vendido no Reino Unido com registro especial de fabricante de baixo volume, permitindo que seja licenciado para uso nas ruas como um carro zero quilômetro, isso não será possível em todos os países, claro.
Aqui, por exemplo, seria um carro de pista somente. Mas sei não; talvez comprando um Escort velho e usando a parte da estrutura onde está marcado o número do chassi, pode-se torná-lo um restomod, e não uma réplica, e restomod pode ser importado legalmente, se tiver mais de 30 anos de idade, como é o caso. Se você se interessou, uma conversa com a MST vale a pena. (MAO)
O novo “momento modelo T” da Ford
E já que falamos de carros Ford populares, a empresa revelou que está para lançar um projeto imenso de um novo tipo de elétrico barato. Diz que está em “outro momento Modelo T”. Onde foi que ouvi isso antes?
Ah, lembrei: nos anos 1970, onde a empresa se lançou num imenso programa para criar um novo carro de tração dianteira barato revolucionário, para vender no mundo todo, e lembrou também do T. Era o projeto Bobcat, que resultou em… bem, no primeiro Fiesta, um clone de Fiat 127 que foi revolucionário só para a Ford, internamente.
Mas enfim, a empresa agora tentará novamente: a notícia de hoje é que a Ford anunciou lançará uma nova linha de carros elétricos acessíveis, baseada em uma nova plataforma para veículos elétricos e criada com um novo processo “revolucionário”.
É a “Plataforma Universal para Veículos Elétricos”, criada durante um projeto de três anos e que será usada pela primeira vez em uma picape de médio porte com cabine dupla, que chegará ao mercado em 2027, com preço de US$ 30.000 (cerca de £ 22.000).
O CEO da Ford, Jim Farley, o primo menos engraçado de Chris Farley, disse que mais modelos virão: um hatchback, um crossover, uma van e um SUV com três fileiras de bancos, que provavelmente terão preços iniciais semelhantes. Os novos veículos elétricos, que serão produzidos na fábrica da Ford em Louisville, nos EUA, devem ser oferecidos globalmente, já que Farley proclamou “do Kentucky para o mundo” ao falar sobre a nova plataforma.
A nova picape deverá adotar o nome Ranchero, de acordo com a mídia americana. Isso se enquadraria na iniciativa da Ford de atribuir nomes do seu passado, como já fez com resultados desastrosos no Capri. Nenhum detalhe técnico sobre a nova plataforma foi revelado, mas Farley afirmou que a picape utilizará células de bateria prismáticas de fosfato de ferro-lítio (LFP) fabricadas em nova planta no Michigan. Farley disse que isso significa que a picape oferecerá uma autonomia “incrível” e armazenará energia suficiente para “abastecer uma casa por seis dias”. Ele acrescentou que o carro será “mais rápido que um Mustang biturbo” (ein?), oferecerá carregamento “muito rápido”. Parece mais promessa de político que anúncio de projeto.
A chave para manter os preços baixos desta nova linha de carros é o processo de fabricação em Louisville. A Ford afirma que usará três linhas para criar os veículos, montando a estrutura dianteira, traseira e central (que inclui a plataforma, a bateria, os bancos e o interior) em linhas separadas, que serão reunidas no final.Isso, afirma, “revoluciona a fábrica e simplifica o trabalho dos nossos funcionários”.
O CEO parece bem animado; vamos aguardar o resultado de todo este investimento com curiosidade. (MAO)
Conheça a VW Amarok Barretos 70
O Brasil é um país imenso, que vai da bombacha ao biquini, do samba ao sertanejo. E é justamente para quem gosta dessa última, a música antes chamada de caipira, que aparece mais uma versão especial da popular picape VW: é a Amarok Barretos 70.
A edição comemora a 70ª edição da Festa do Peão de Barretos, que acontece entre 21 e 31 de agosto. Para quem não sabe, o evento é o maior do Brasil do tipo, misturando rodeio com megashows dos maiores astros da música caipira moderna, meio como um Lollapalooza, só que cheio de chapéus de aba larga, botas e picapes.
Serão somente 200 unidades da picape comemorativa, todas numeradas, com cor inédita Cinza Moonstone, adesivos e logos do evento espalhados pela carroceria. Parte da versão Extreme e adiciona capota marítima, amortecedor na tampa da caçamba, tapetes de borracha e plaqueta numerada ao lado da alavanca de câmbio. Na lateral, o adesivo celebra os 70 anos do evento.
No mais, é uma Amarok V6 Extreme: rodas de 20 polegadas, pedaleiras esportivas, retrovisores pretos, estribos e santantonio com badge “Extreme”. A cor Cinza Moonstone, que até agora só aparecia no Nivus e na Saveiro, estreia na picape nesta versão especial. O mtotor também continua o mesmo, o excelente V6 turbodiesel de três litros, 258 cv (272 cv com overboost) e 59,1 mkgf, ligado ao câmbio automático de oito marchas e tração nas quatro rodas 4motion.
A VW terá um estande no evento em Barretos, claro: lá estarão Tera, Nivus e T-Cross, além do “Trio Agro” de Polo Robust, Saveiro Robust e Amarok. O público ainda encontra o “Labirinto Elétrico”, um desafio cronometrado que poderia garantir convite para o camarote, mas imaginamos que seja um labirinto sem saída na realidade, só pelo nome. Haverá também uma “Hípica VW” (não pergunte) e test drive de Amarok. Tudo porque, aparentemente, me dizem que em festa de rodeio, não dá para ficar parado. Há, sláp! (MAO)
O novo Kimera Evo38
O impressionante Kimera Evo38 foi revelado em sua versão final de produção antes de sua estreia no Monterey Car Week, trazendo quase 600 cv, hibridização moderada e tração nas quatro rodas. A empresa diz que o carro é “Uma visão do que teria sido se o lendário Lancia 037, vencedor do WRC, tivesse continuado a ser desenvolvido além de 1992”. É o segundo carro baseado na Lancia 037 da empresa, o anterior chamado Evo37.
A evolução mais notável é a mudança da configuração de tração traseira que definiu o 037, para a tração nas quatro rodas. Como sabemos, o 037 original foi o último carro de rali de tração traseira a vencer o campeonato do WRC.
Há um diferencial central agora, portanto, e na frente, um diferencial autoblocante Torsen; a distribuição de torque entre cada eixo pode ser variada por meio de um controlador no cockpit. O piloto pode optar por enviar toda a potência para as rodas traseiras, se desejar.
A potência do motor quatro em linha, que é baseado no Lampredi Fiat-Lancia DOHC, e aqui tem turbo e um supercharger mecânico como o Lancia Delta S4, aumentou. Agora o motor de 2,2 litros tem 600 cv ao invés de 500 cv. Há um sistema híbrido leve ajudando isso, de 48v. o câmbio é manual de seis velocidades.
O chassi do carro também foi revisado, ganhando suspensão atuada via pushrods. Apesar da mudança para tração nas quatro rodas, o Evo38 é mais leve que o Evo37, pesando cerca de 1.100 kg. Os preços ainda não foram confirmados, e nem importa, pois “quase todos” os 38 exemplares que serão produzidos já foram encomendados, de acordo com a Kimera. Mas espera-se que cheguem à marca de £ 500.000, ou mais de 3,6 milhões de reais, entregue na Inglaterra. Barrabás. (MAO)