ha cerca de 240 anos grupos de exploradores e aventureiros desiludidos com a decadencia do ciclo do ouro em minas gerais começaram a habitar uma regiao conhecida como barreiro trocaram a mineraçao pelo gado formando as primeiras fazendas da regiao as aguas salinas e o solo fertil atraiu cada vez mais habitantes para a localidade que acabou formando a atual cidade de araxa [gt40 content search= ferrari widget= 1 ] dois seculos mais tarde ja estabelecida como uma estancia hidromineral descobriu se que o solo araxaense guarda a maior jazida de niobio do planeta este metal de transiçao e um dos elementos usados em ligas de aço de alta resistencia o mesmo tipo que hoje se usa em motores aeronauticos e monoblocos de automoveis foi esta cidade distante do triangulo mineiro que recebeu ao longo de cinco dias algumas das mais belas criaçoes nascidas do aço uma seleçao de 31 ferraris produzidas nos ultimos 57 anos sim havia uma f50 ao lado de uma f40 e caso voce esteja se perguntando araxa fica mesmo no brasil todas as fotos estao em alta resoluçao basta clicar para ampliar e nao pense que elas sao trailer queens a ferrari f50 e usada com frequencia em encontros e track days em novembro passado por exemplo pegamos uma carona no carro e fizemos um post detalhando as entranhas da maquina — alem de presenciar o test driver mais famoso da lamborghini pilotando a num autodromo outras duas delas a 250 gt/e 2+2 1961 e uma das dino 246 gts 1974 chegaram rodando a araxa encarando os 250 km que separam a cidade mineira da garagem da fbf collezione em ribeirao preto estes dois exemplares alias merecem uma atençao especial a 250 gt/e — originalmente chamada 250 gt/e coupe pininfarina 2+2 como estampado na capa de seu manual — e um ancestral distante da atual gtc4 lusso ela foi a primeira ferrari de quatro lugares produzida em grande escala para os padroes da ferrari claro com 955 unidades fabricadas entre 1959 e 1963 o carro ficou famoso por aparecer na comedia o braço esquerdo da lei the wrong side of the law 1960 com peter sellers e tambem por habitar a garagem pessoal de enzo ferrari alem de ser a primeira ferrari de policia da historia — a lendaria ferrari pantera negra de armando spatafora o mais habilidoso piloto da polizia di stato italiana que inspirou o filme poliziotto sprint de 1977 apesar de ter quase 1 000 unidades produzidas estima se que menos da metade tenha sobrevivido pois nos anos 1970 muitas delas se tornaram doadoras para recriaçoes de outras 250 gt mais desejadas ate entao ja a dino 246 gts que a acompanhou na viagem e uma das 1 274 unidades produzidas entre 1972 e 1974 foi um dos modelos mais populares da ferrari ate entao mas naquele ano especificamente foram feitas apenas 313 unidades apesar de ter sido relativamente rejeitada nos anos 1980 1990 e 2000 sua importancia historica como a primeira ferrari de rua com motor central traseiro somada a sua dinamica exemplar e ao seu estilo unico fez seu valor disparar nos ultimos anos com preços variando entre us$ 300 000 e us$ 700 000 — caso do exemplar branco com mao direita que pertenceu a ross brawn entre os modelos mais raros estava uma das 462 unidades da 365 gtc/4 um exemplar amarelo do ultimo ano de produçao 1972 o modelo foi uma variaçao da 365 gtb/4 daytona equipado com o mesmo v12 de 4 4 litros porem com 340 cv em vez de 352 cv e dois bancos diminutos na traseira sua produçao foi tao curta quanto o espaço para os ocupantes do banco de tras começou no final de 1970 e foi ate o começo de 1973 foi a primeira ferrari a usar para choques plasticos embora este exemplar so o tenha na traseira e tambem o carro escolhido por sergio pininfarina para seu uso pessoal embora nao se saiba o numero exato pouquissimas unidades vestem o famoso giallo modena — que frequentemente e considerado erroneamente a cor oficial da ferrari a 365 gtb/4 daytona tambem marcou presença na fileira rossa estava um exemplar de 1971 ostentando seus farois escamoteaveis adotados naquele ano graças a mudança na legislaçao dos eua que proibia farois cobertos por lentes logo ao lado uma recriaçao da lendaria 288 gto feita sobre uma 308 gtsi 1982 fora o teto targa que nunca existiu na 288 gto a reproduçao foi meticulosa todos os paineis da carroceria — exceto as portas — sao identicas as da 288 gto — incluindo capo para choques e o quarto traseiro que na 288 gto tem uma pequena janela de cada lado as rodas italianas da gotti tem o mesmo desenho das speedline originais e calçam pneus nas medidas corretas da gto 225/55 r16 na dianteira e 265/50 r16 na traseira ate mesmo os farois carello sao identicos aos da 288 gto so ha dois detalhes que entregam que esta nao e uma gto o teto targa e a posiçao transversal do motor que mantem o cambio oculto diferentemente da 288 gto original que usa o motor longitudinal e tem seu cambio exposto sob o painel traseiro ao lado da 288 gto/308 gtsi estava um belo par de bb 512i — uma 1980 e outra 1982 como ja contamos por aqui o nome do carro vem do deslocamento do motor 5 litros combinado ao numero de cilindros 12 e a sigla bb vem de berlinetta boxer embora seu motor fosse um flat 12 v a 180 graus e nao um boxer — a diferença esta no numero de mancais do virabrequim a letra i no final indica que este carro ja e da fase final que trocou os quatro carburadores weber 40 triplos pela injeçao eletronica bosch k jetronic cis o motivo da mudança curiosamente nao foi o desempenho uma vez que a potencia caiu de 360 cv para 340 cv e a velocidade maxima baixou de 295 km/h para 283 km/h a troca da alimentaçao se deveu unicamente aos novos limites de emissoes completando a fileira havia uma dino 246 gts 1973 amarela e um segundo exemplar de 1974 da dino 246 gts sim dois dos 313 exemplares fabricados em 1973 estavam em araxa note a diferença das rodas sao os dois modelos diferentes oferecidos na dino 246 embora as rodas da amarela sejam chamadas de campagnolo elas sao fabricadas pela cromodora as rodas campagnolo sao as usadas pela dino vermelha na outra extremidade da fila um par de testarosse um exemplar de 1986 ainda com o retrovisor instalado na parte superior da coluna a e um exemplar de 1988 com dois retrovisores na base da janela em posiçao mais convencional a mudança aconteceu em 1987 nos modelos americanos em ambas o motor e o flat 12 de cinco litros com 390 cv uma evoluçao do motor da 512bbi com ele a testarossa era capaz de chegar aos 100 km/h em 5 3 segundos e a maxima de 290 km/h um detalhe bacana e que o modelo americano tem uma combinaçao de marrom com bege no interior e estava equipado com o jogo de malas exclusivo da testarossa que se encaixam perfeitamente no espaço livre entre os bancos e a parede corta fogo se olhar com atençao voce vera que o encosto de cabeça dos bancos da testarossa nao e integrado toda a parte superior e ajustavel na segunda fileira de ferrari chegamos aos anos 1990 começando por uma 360 modena que mais tarde se juntou a outro exemplar uma 456 gt meu carro dos sonhos quando adolescente em 1996 e uma 599 gtb fiorano preta seguida por uma 355 f1 spider 1998 depois da viagem ao presente voltamos aos anos 1970/1980 com uma sequencia matadora de 308 gtb/gts/gtsi com direito a uma 308 gtb na rara tonalidade rosso dino seguida por uma 308 gt4 2+2 ja com os emblemas ferrari adotados apos 1976 a 308 gt4 foi oficialmente lançada como um modelo dino devido ao seu layout de motor central traseiro mas apos o lançamento da 308 gtb/gts a ferrari deixou de usar a submarca dino e passou a designa la com sua propria marca o motor 3 0 de oito cilindros ficava em posiçao transversal o que permitia um espaço livre para um pequeno porta malas traseiro acima um detalhe que a torna especial apesar dos quase 3 000 exemplares produzidos ela e a unica ferrari produzida em serie com design bertone no evento ela tambem fez a divisao fisica entre os modelos dos anos 1970 e os classicos dos anos 1960 presentes em araxa ao seu lado estava nada menos que um par de 330 gtc das quais foram feitos apenas 598 exemplares entre 1966 e 1969 ambas sao praticamente identicas equipadas com o v12 colombo de 4 litros lançado na 400 superamerica com tres carburadores weber na 330 gtc o v12 produz 300 cv a unica diferença entre as duas expostas alem da cor claro eram as rodas raiadas no modelo verde de 1967 e de aço no modelo vermelho de 1969 — este alias possivelmente um dos ultimos exemplares produzidos do modelo dado que a produçao foi encerrada oficialmente no ano modelo 1968 em seguida havia uma 330 gt 2+2 um dos 455 exemplares da segunda serie produzida entre 1965 e 1967 quando substituiu os farois duplos por um conjunto simples mais harmonico seu motor e o mesmo v12 de 4 litros que seria usado em sua sucessora a 330 gtc mas as semelhanças acabam por ai o entre eixos e mais longo os amortecedores sao ajustaveis fornecidos pela koni e o cambio tinha cinco marchas em vez de quatro+overdrive como a serie i as rodas sao de liga leve e calçavam pneus cn72 da pirelli nas medidas 205 vr15 os freios ja usam discos nas quatro rodas mas a suspensao traseira usa eixo rigido com molas semi elipticas enquanto a 330 gtc adotou um arranjo independente na traseira por fim ainda havia um par de 365 gt 2+2 de 1970 foram feitas apenas 803 unidades desta ferrari que tambem foi escolhida por enzo ferrari como seu carro de uso pessoal com o qual ele comparecia a eventos sociais e locais onde era importante aparecer com um carro fabricado por sua marca no dia a dia ele usava um mini e modelos peugeot devido a parceria dos franceses com seus amigos da pininfarina o gra turismo usa um v12 de 4 4 litros combinado a um cambio de cinco marchas e tinha suspensao traseira independente bem como direçao e freios hidraulicos vidros eletricos e ar condicionado por conta de sua luxuosidade ele foi o modelo mais vendido da ferrari na epoca a sequencia matadora de ferraris era completada pela dupla f40 e f50 que repousava logo no acesso a ala rossa mas por serem carros especiais elas merecem um ensaio especial exclusivo do flatout com detalhes jamais vistos e fotografados como fizemos enquanto isso saboreie mais detalhes destas belas ruivas italianas
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