Pace cars, safety cars e outros carros de apoio do automobilismo, deveriam entrar em cena apenas para organizar as coisas quando algo dá errado. Só que às vezes são eles que bagunçam as coisas, como aconteceu no último fim de semana em Daytona, durante a Sprint Unlimited da Nascar.
O Chevrolet SS (a nova versão V8 do último Omega que tivemos por aqui) que atuava como pace car simplesmente pegou fogo, aparentemente devido a algum tipo de pane no sistema elétrico auxiliar instalado para as luzes de alerta:
Como podemos ver, ninguém se machucou e o piloto Brett Bodine simplesmente encostou o carro e esperou os bombeiros apagarem o fogo. Mas nem sempre as coisas acabam bem dessa forma.
Em 1971, por exemplo, o Dodge Challenger que abriu a Indy 500 de 1971 quase matou vários fotógrafos ao acertar a arquibancada onde eles trabalhavam.
Como isso aconteceu? Bem, o piloto do carro havia marcado o ponto de frenagem com um cone antes de sua volta à frente dos corredores. Só que enquanto ele esteve fora, alguém puxou o cone mais para a frente…
Outro caso atrapalhado aconteceu com o safety car da corrida de F3 alemã em Avus, em 1995. O líder da corrida, o austríaco Alexander Wurz, se enfiou na frente do carro de segurança enquanto este saía da pista e simplesmente montou nos freios para contornar o hairpin. O resultado foi óbvio: com muito mais peso e menor poder de frenagem, o SUV arrebentou a traseira do austríaco, encerrando sua corrida:
Na temporada de 1999 da Indy não foi diferente: o pace car estava andando tranquilamente em sua faixa quando o piloto Tyce Carlson decide mudar de direção, acertando o carro em cheio. Por pouco o pace car não precisa da ajuda do carro médico.
E por falar em carro médico, às vezes nem ele escapa. Nos treinos do GP do Brasil de 2002, o Mercedes AMG que levava o médico para atender Enrique Bernoldi na curva 2 de Interlagos teve sua porta arrancada por Nick Heidfeld, que parece não ter visto o carro médico à frente do Arrows.
Outra pérola do carro médico da F1 aconteceu no GP da Hungria de 1995. O piloto japonês Taki Inoue parou seu carro com o motor em chamas, e saiu correndo para buscar um extintor. Ao voltar, ele não percebeu o carro médico — que também não percebeu Inoue — e acabou protagonizando um dos atropelamentos mais hilários já vistos.
Por outro lado, o safety car nem sempre é santo. Na etapa do WTCC de 2009 realizada em Pau, o Chevrolet Cruze de segurança se meteu de uma vez no meio da pista em cima de uma curva cega antes de ter velocidade suficiente para manter o ritmo dos carros de corrida. Não poderia acabar de outra forma:
Mais uma lambança do carro de serviço, mas desta vez em uma corrida de cavalos nos EUA. O pace car que deveria controlar os equinos acelera um pouco demais na lama e, claro, acaba rodando. Parece que o último cavalo se machucou…
Lembra de algum outro momento tragicômico dos carros de serviço? Compartilhe conosco — a caixa de comentários está aberta e é toda de vocês.