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Ferrari 488 Pista: com 720 cv, ela tem o motor V8 mais potente na história da marca

Ora, vejam só que coisa: depois que as primeiras fotos oficiais da Ferrari 488 Pista “vazaram” na Internet, o pessoal lá em Maranello decidiu revelar a versão mais nervosa da 488 GTB de forma oficial. Agora… se o visual do carro já não é mais novidade, o mesmo não pode ser dito de seus detalhes técnicos.

De acordo com a Ferrari, a 488 Pista é a mais nova representante da linhagem de modelos especiais com motor V8. A série começou lá em 1999, com a Ferrari 360 Challenge Stradale e seu V8 naturalmente aspirado de 3,6 litros e 405 cv a 8.500 rpm. Depois, em 2007, veio a 430 Scuderia, com um motor de 4,3 litros e 510 cv a 8.500 rpm em 2013 a Ferrari 458 Speciale, cujo V8 de 4,5 litros entregava 605 cv a 9.000 rpm.

Agora, com seu motor V8 biturbo de 3,9 litros, a 488 Pista veio para elevar o nível: são nada menos que 720 cv a 8.000 rpm, aliados a 78,5 mkgf de torque e moderados por uma caixa de dupla embreagem e sete marchas. Até agora, acreditava-se que a potência seria de 700 cv. No total 50 cv a mais que na Ferrari 488 GTB, na qual a 488 Pista é baseada.

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Trata-se do V8 produzido em série mais potente na história da Ferrari. Sua potência específica é de 185 cv/litro. Ele é forte o bastante para levar a 488 Pista de zero a 100 km/h em 2,85 segundos, a 200 km/h em 7,6 segundos e lhe confere uma velocidade máxima de 340 km/h. Para efeito de comparação: a 488 GTB vai de zero a 100 km/h em três segundos cravados, de zero a 200 km/h em 8,3 segundos e tem velocidade máxima de 330 km/h. Cinco anos atrás, a Ferrari 458 Speciale ia de zero a 100 km/h também em três segundos cravados, com aceleração de zero a 200 km/h em 9,1 segundos e velocidade máxima de “mais de 325 km/h”. A 488 Pista também pesa 90 kg a menos que a 488 GTB, totalizando 1.280 kg sem fluidos e com “opcionais leves”, embora não fique muito claro o que isto significa.

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Mas a 488 Pista não tem só mais potência e menos peso. Ela também teve a aerodinâmica amplamente retrabalhada em relação à GTB. Logo de cara nota-se o enorme duto de escoamento no bico do carro, ainda maior do que o encontrado na 458 Speciale. Segundo a Ferrari, além de encurtar visualmente a extremidade dianteira, criando um efeito de “asa flutuante” (palavras da própria companhia), o chamado “S-Duct”, inspirado pela Fórmula 1, contribui bastante para aumentar a downforce na parte frontal: ao passar pelas entradas de ar na dianteira, o fluxo aerodinâmico cria uma zona de sucção na parte inferior do carro, aumentando a pressão aerodinâmica sobre a dianteira. O visual bacanudo é um bônus.

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Atrás, o spoiler foi redesenhado e ficou maior e mais longo, o que também ajuda a manter a parte traseira pregada em velocidades mais altas. Segundo a Ferrari, no geral a downforce é 20% maior na 488 Pista em relação à 488 GTB.

Do lado de dentro não há muitas novidades: como observamos ontem, os bancos têm desenho ligeiramente diferente daqueles encontrados na 488 GTB e há detalhes de fibra de carbono exposta. Não houve espaço para invencionices.

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A Ferrari também retrabalhou na parte eletrônica da 488 GTB, dando a ela a última versão (a sexta) de seu sistema Side-Slip Angle Control (SSC 6.0) – na prática, é uma maneira chique de chamar as babás eletrônicas. O SSC 6.0 inclui as atualizações mais recentes ao diferencial eletrônico (E-Diff3), ao sistema de controle de tração (F1-Trac), e à suspensão ativa magneto-reológica (SCM). A novidade fica por conta do sistema Ferrari Dynamic Enhancer, ou FDE, que ajusta eletronicamente a pressão nas pinças dos freios.

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Agora só falta a Ferrari dar um jeito nas fotos de divulgação. A 488 Pista certamente impõe respeito com sua aerodinâmica radical e as faixas que remetem à 458 Speciale. Mas este tratamento nas fotos e este cenário cinzento já estão por aí há uns dez anos…