a historia da mv agusta desde que o conde domenico agusta morreu em 1971 e extremamente confusa a empresa original era um hobby para o conde ele tinha a licença de manufatura dos helicopteros bell e isso era seu negocio de verdade mas como todo entusiasta queria mais como e comum nesses casos tambem quando ele se foi a empresa rapidamente iria embora tambem [caption id= attachment_366446 align= aligncenter width= 999 ] de chapeu em uma de suas motos o conde domenico agusta[/caption] com a morte do conde a empresa rapidamente entrou em decadencia venceu seu ultimo grande premio em 1976 e no final da temporada ja estava fora das competiçoes continuaram a vender motos ate 1980 altura em que foi comprada a ultima maquina fabricada no aeroporto fabrica em cascina costa neste ponto a marca era uma lenda embora nao fosse a primeira a fazer motos com motores de quatro cilindros atravessados transversalmente na motocicleta a configuraçao hoje quase universalmente usada ate a bmw hoje tem motos assim certamente foi a empresa que a popularizou a honda definitivamente tem papel aqui tambem com sua cb750 de 1969 mas quando a fez se inspirou justamente nas mv agusta afinal de contas como dizia o adesivo no tanque das mv agusta de rua 37 volte campione del mondo nao e para todo mundo como a aston martin e uma empresa que parece nunca ter ganho dinheiro de verdade; existe por outros motivos bem menos logicos mas validos de qualquer forma como empresa aeronautica de sucesso começou a exatos 100 anos em 1923; as motos começam no fim da segunda guerra em 1945 com domenico agusta filho do fundador giovanni agusta mas a empresa voltaria via mais gente entusiasmada com a marca e suas motos e nao dinheiro novamente e de novo herdeiros de um conglomerado que ganhou dinheiro de outra forma da empresa de seu pai que ora veja so chamava giovanni tambem eram os castiglioni; giovanni castiglioni ficara rico fazendo botoes e rebites para calças jeans mas seus filhos e que tornariam seu nome famoso gianfranco e claudio castiglioni eram apaixonados por motocicletas e sao os criadores do conglomerado que conhecemos com o nome de cagiva [caption id= attachment_366448 align= aligncenter width= 781 ] claudio castiglioni com seu sonho realizado[/caption] eram fas das mv agusta claro sendo italianos e motociclistas mas nao conseguiram inicialmente comprar a empresa dos agusta quando esta faliu; de outra forma fizeram um imperio motociclistico nos anos 1980 e 1990 em 1991 a cagiva operava na antiga fabrica da aermacchi em sua cidade natal de varese na beira do paradisiaco lago de mesmo nome era dona tambem das marcas ducati moto morini and husqvarna e tinha trazido da bimota um genio italiano em duas rodas massimo tamburini na primavera de 1992 a familia castiglioni finalmente conseguiu adquirir a mv agusta e com tamburini engendrou a volta da motocicleta mv agusta ms o projeto se mostraria lento a mv agusta f4 seria lançada somente em 1999 a historia da marca desde entao foi deveras confusa em dezembro de 2004 devido a problemas de fluxo de caixa claudio castiglioni foi forçado a vender o controle na mv agusta foi comprada pela proton da malasia; que logo depois vendeu a investidores italianos a harley davidson comprou a empresa em 2008 e vendeu em 2009 de novo para claudio castiglioni ainda presidente e acionista claudio falece em 2011 e seu filho giovanni tenta mater a empresa com um acordo de venda de 25% das açoes e parceria com a mercedes amg a empresa chega em 2017 efetivamente falida mas uma serie de investidores e tentativas se seguem hoje e parte do grupo ktm austriaco que tem 46% de participaçao da bajaj indiana e esta em meio a mais um renascimento desta vez aparentemente solido durante toda sua historia nas ruas porem dois motores se sobrepoe como os classicos da marca a base sobre qual sua lenda foi montada e e sobre eles que falamos hoje o quatro cilindros original o coraçao de toda mv agusta da era de domenico agusta e o motor de competiçao de quatro cilindros em linha o conde agusta nem imaginava vender motos de rua; mas como era com ferrari se mostrou um forma de fazer algum para ajudar a financiar sua equipe de corrida [caption id= attachment_366445 align= aligncenter width= 999 ] mais uma vitoria o conde brinda com agostini[/caption] o motor veio para as ruas das pistas praticamente inalterado e como tal nao tinha nem provisao para gerador de corrente eletrica ou motor de arranque para estas funçoes foi adaptado um conjunto de dinamo/motor de arranque muito parecido em principio de funcionamento com o dynastart do dkw de dois cilindros ja antes da segunda guerra atras do motor visivel por baixo da motocicleta a ligaçao com o motor era feita por duas correias de aparencia decididamente automobilistica cada uma com a relaçao necessaria para a geraçao e arranque respectivamente por causa disso e de sua origem de competiçoes o motor era extremamente estreito para um quatro em linha era um motor totalmente em aluminio fundido em caixas de areia o acabamento era fosco como saia da terra sem os hoje onipresentes polimentos mesmo assim e de uma beleza pratica utilitaria incomparavel [caption id= attachment_366455 align= aligncenter width= 999 ] o trem de engrenagens central de acionamento dos comandos[/caption] trata se de um quatro em linha refrigerado a ar com dois comandos de valvulas no cabeçote duas valvulas por cilindro em camara de combustao hemisferica com vela central de novo como em automoveis existe um distribuidor marelli na parte de tras ao centro bem abaixo dos carburadores o virabrequim era montado em uma gaiola que tambem fixava as camisas dos cilindros e o trem de engrenagens de acionamento dos comandos que ficava bem no meio do motor esta gaiola ou berço fazia a funçao portanto do bloco do motor e nela iam montadas as camisas e cabeçote este conjunto intrincado mas extremamente rigido e estavel era entao insertado no carter uma enorme peça de aluminio aletada tambem fundida em areia desta forma se voce remover os parafusos na base logo abaixo das camisas poderia retirar facilmente o motor com virabrequim e tudo sem desmontar a moto inteira apenas com a remoçao do tanque [caption id= attachment_366451 align= aligncenter width= 999 ] o carter insira um motor aqui [/caption] toda peça que gira que tem rotaçao neste motor gira em cima de rolamentos sejam esferas roletes ou agulhas nao se ve uma bucha de deslizamento em lugar algum e os acionamentos dos comandos sao sempre por engrenagens sem correntes ou correias uma tecnica hoje obsoleta complexa ao extremo barulhenta mas ainda assim belissima e que nao falha em comover qualquer um que tenha alguma afinidade com mecanica de precisao a moto de rua mv agusta original tinha pouca coisa alem do motor em comum com os bolidos de competiçao era na verdade uma moto ja ultrapassada quando apareceu em 1966 uma confortavel moto turismo com transmissao por carda e um desenho bem antiquado e esquisito mas a mv agusta 600 gt de 1966 era a primeira moto de rua com quatro cilindros em linha transversal se descontarmos a artesanal e carissima munch mammut do mesmo ano [caption id= attachment_366458 align= aligncenter width= 999 ] mv agusta 600 gt 1966[/caption] em 1971 aparecia a 750 s no lugar da 600 bem mais esportiva com exatos 743 cm³ e 77 cv a 7 900 rpm conseguidos por meio de aumento do diametro dos cilindros de 56 mm na 600 cm³ para 65 mm com curso dos pistoes igual nas duas 56 mm a 750 america de 1975 trouxe a aparencia definitiva da mv agusta de rua dos anos 70 e apesar do nome trazia outro aumento de diametro de cilindros para 67 mm e exatos 790 cm³ com 87 cv a 8 400 rpm discos duplos de freio na frente e unico atras e rodas de aluminio traziam modernidade a ciclistica da nova agusta a ultima evoluçao da especie foi a 850 monza com todos os seus gloriosos 832 cm³ 69 x 56 mm e 91 cv a 8 500 rpm uma moto que podia chegar a 233 km/h em meio ao mais musical urro ja produzido por uma motocicleta foi a ultima moto produzida pela mv agusta corrente de 1978 ate 1980 quando a divisao de motocicletas da empresa fechou suas portas definitivamente renascimento andamos rapidamente no tempo ate os anos 1990 e vemos que antes de conseguir colocar as maos no famoso nome mv agusta os irmaos castiglioni da cagiva ja preparavam algo especial em colaboraçao com a ferrari projetavam um quatro em linha baseado na tecnologia dos carros de formula 1 de 1990 1990 a ideia original era comercializar a moto como uma ferrari construida pela cagiva este plano nunca daria certo o contrato da cagiva era na verdade com uma empresa de engenharia de piero ferrari nao com a ferrari em si; este obviamente tinha acesso a tecnologia dos motores de f1 e vendeu o contrato assim parece que o serviço da empresa de piero foi pouco satisfatorio a cagiva teve que praticamente reprojetar tudo e mesmo assim os primeiros anos do motor em produçao foram extremamente problematicos o motor inicial tinha cinco valvulas radiais por cilindro como o ferrari de f1 a admissao era na frente e o escape atras estranho em motocicletas os resultados inciais dos motores prototipo nao foram satisfatorios o que faz a cagiva a pegar o projeto para si o engenheiro principal entao foi andrea goggi que trabalhara antes no v4 de competiçao gp de 500 cm³ da marca quando chega em produçao na verdade e com o nome mv agusta como sabemos visando de novo competiçao a cilindrada era a maxima para os 4 em linha na categoria superbike 750 cm³ era a mv agusta 750 f4 os engenheiros da cagiva mudaram muito o projeto da ferrari reverteram a configuraçao de admissao/escape para o design convencional e tambem reduziram a quantidade de valvulas de cinco para quatro por cilindro mas mantiveram a configuraçao da valvula radial as hastes de todas as quatro valvulas inclinam se em 11° do eixo centro do cilindro enquanto um cabeçote tradicional quatro valvulas possui duas superficies de teto inclinadas triangular no esquema pentroof a camara da valvula radial copia mais precisamente uma seçao numa esfera; o tal do hemisferico na mv agusta nao e exatamente hemisferico com um formato hibrido que e chamado semi hemisferico quais sao as vantagens basicamente concentra a carga mais perto da vela de igniçao em qualquer distancia de percurso da chama mais carga e alcançada e queimada o volume concentrado perto da vela proporciona espaço no qual a turbulencia de carga pode continuar a se mover acelerarando a combustao atraves da turbulencia [caption id= attachment_366469 align= aligncenter width= 960 ] os comandos conicidade leve[/caption] como as valvulas radiais eram operadas embora alguns motores de valvula radial sejam extremamente complexos este e simples existem dois comandos no cabeçote como um dohc de camara triangular normal sao usados tuchos convencionais e os proprios lobulos do came sao retificados em um angulo para acomodar o angulo das valvulas sim lobulos ligeiramente conicos nos comandos somente o conceito vem do engenheiro austriaco ludwig apfelbeck o que dedicou a sua vida a sua elaboraçao mas nao viu ele virar realidade ja era falecido quando o f4 apareceu de resto o motor nao era extremamente avançado em relaçao aos japoneses em seu lançamento era um quatro em linha fortemente superquadrado aos 73 8 x 43 8 mm e 749 5 cm³ o motor tinha tambem seus cilindros fortemente inclinados para a frente e era equipado com injeçao de combustivel weber marelli com taxa de 12 1 dava 128 cv a 12 500 rpm e 7 5 mkgf a 10500 rpm [caption id= attachment_366468 align= aligncenter width= 999 ] relaçoes faceis de trocar os cassetes da f4[/caption] o motor compartilha lubrificante com a caixa de cambio instalada como cassete num esquema muito usado em motos de competiçao dedicadas com a finalidade de permitir que todo o conjunto de engrenagens e mecanismo seletor sejam retirados da carcaça sem remoçao do motor ou carter o motor era pouco mais largo do que apenas seus cilindros; o motor de partida e montado a frente do virabrequim enquanto o alternador e carregado atras em cima da caixa de cambio os comandos eram acionados por corrente central portanto ha seis mancais estes sao lubrificados de forma convencional a partir de uma galeria principal paralela ao virabrequim alimentando os mancais eventualmente o motor receberia uma versao de 1 litro em 2005 e outra de 1 1 litro em 2006 em 2010 uma nova mv agusta f4 aparecia o motor embora mantendo o diametro e o curso e o cabeçote de 16 valvulas radiais dos motores anteriores foi extensivamente redesenhado as mudanças incluem um novo virabrequim bielas mais leves dutos de admissao mais curtos valvulas de admissao de titanio injetores duplos nova bomba de oleo carter mais profundo sistema de refrigeraçao novo em 2010 o motor de um litro tinha 186 cv a 12 900 rpm [caption id= attachment_366422 align= aligncenter width= 999 ] mv agusta superveloce 1000 serie oro 2025[/caption] hoje recebemos a noticia que a mv agusta retorna com motocicletas esportivas agora que a empresa esta sob administraçao da austriaca ktm o primeiro modelo e a mv agusta superveloce 1000 serie oro de serie limitada versoes normais de produçao devem ser anunciadas mais adiante vem com a versao mais recente do motor mv agusta de um litro; basicamente uma evoluçao de um motor lançado 25 anos atras continua superquadrado com 79 x 50 9 mm e 998 cm³; com taxa de 13 4 1 da 208 cv a 13 000 rpm e 11 9 mkgf a 11 000 rpm e ainda tem o cabeçote com valvulas radiais e comandos de lobulos conicos pode se dizer de tudo sobre os quatro em linha da mv agusta mas uma coisa e certa permanecer competitivos e sensacionais mesmo 20 30 anos depois de aparecerem pela primeira vez e coisa para poucos
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