Fala, povo Flatouter! Beleza? Primeiramente obrigado por quem votou para que eu contasse a história do meu manco aqui. Sem mais conversa, vamos ao Palio.
Sou feliz proprietário de um Palio 1.8R 2009, comprei zero, ou melhor, ganhei. Sim, não tenho vergonha de dizer que ganhei meu primeiro carro e não comprei como tem muita gente por aí. Trabalho desde os meus 15 anos, mas com o que eu ganhava mal dava para pagar o cinema e comprar um combo de pipoca e refrigerante. Meus pais na época me disseram que se eu entrasse na faculdade, ganharia um carro. Nunca fui muito de estudar, tinham umas notas boas aqui, outras ruins ali, mas no final sempre passava de ano.
Lembro que assim que terminei a escola e me inscrevi para a faculdade, meu pai me disse que já tinha visto o modelo de carro que iria me dar, claro, milhões de carros passavam pela minha cabeça, mas sinceramente eu não “manjava” de carros, mas já sabia dirigir. Na época eu queria um Ka, achava um carrinho bacana, até ter a oportunidade de entrar em um. Consegui entrar na faculdade e já estava tirando carta, a ansiedade aumentava e meus pais sempre faziam um comentário aqui e outro ali meio por baixo dos panos, mas não me falavam qual seria.
Um dia, meu pai me chamou e disse que já havia comprado o carro e que minha mãe já estava voltando pra casa com ele. Ele me disse que haviam comprado um Chevette, falou que seria um boa opção para bater por aí (sim, olha o nível de confiança nas habilidades da minha pessoa). Ele me disse para sair que minha mãe já estava chegando, fiquei plantado na porta de casa só imaginando qual cor ele seria, quais as primeiras coisas que eu iria trocar, e etc.
Ainda plantados na porta de casa, meu pai me disse que minha mãe viria pela rua de cima, fiquei olhando para lá, quando me dou conta, por trás de mim sobe um carro vermelho, com umas faixas com dizeres 1.8R, rodas cinzas, cintos vermelhos, e extremamente chamativo, mas a alegria só foi completa quando vi que minha mãe estava dirigindo aquela jabiraca!
Depois de deixar o bichinho parado na garagem por mais quatro meses, pois ainda não possuía a CNH, dirigi o manco pela primeira vez. A sensação foi a melhor possível, confortável, forte, silencioso, cheirinho de novo, não deu mais três dias e eu já estava batendo papo com ele, dormindo dentro dele, cobrindo ele para não pegar friagem e programando as futuras mudanças, que foram adiadas um tempo porque a combinação 18 anos e carro 1.8 teve como resultado 800 reais em multas no primeiro ano, fora as diversas broncas.
Essa foi a multa mais recente, voltando de um DinoDay. Estava vindo na frente, pois pensava que conhecia os radares e meu grande amigo Paulo Caluta vindo atrás com seu Palio 1.6. Até que ficou legal a foto.
Depois de pesquisar um pouco, resolvi partir para upgrade pesado no cofre do Palio.
Depois de colocar esse filtro que não serviu de absolutamente nada, eu queria trocar tudo no carro. Não existia mais trabalho, faculdade, futebol, só pensava em como pagaria a peça comprada e qual seria a próxima. Atualmente as únicas coisas que sobraram de originais no Palio é a lataria, painel e vidros, o restante já troquei tudo. Suspensão só não coloquei Ar, o resto já experimentei todas as combinações. Troquei bancos, tapetes, Som, rodas, motor, freios, volante etc.
O primeiro volante que comprei foi o Shutt SRBlack. A firmeza da pegada dele é ótima.
Tapetes personalizados para combinar com o carro.
DVD 2Din e sub 12” no porta malas.
Em uma ocasião, fui visitar meus parentes na minha terra natal Paranavaí-PR (sim, é uma cidade), passando na frente de uma loja de rodas, vi as Krmai na vitrine. Foi amor a primeira vista! Como não estava com o Palio, não podia monta-las e já voltar com elas no carro, trouxe as quatro caixas enormes dentro do carro da minha mãe, junto com um monte de malas e meus irmãos. 750Km que mal podíamos respirar dentro do carro. Meus pais de cara feia e eu imaginado o Palio com aquelas rodas. Ah, me cansei daquelas faixas originais e comprei no ML as faixas Abarth, mesmo na época não sabendo ao certo o que elas significavam.
Com o visual bem diferente exteriormente, decidi trocar os bancos e forrar tudo em couro. Um grande amigo, o Fade, tinha uma loja que fazia o serviço, não pensei duas vezes. Foram feitas as forrações dos bancos e portas, com logo bordado e costura vermelha. Ficou muito melhor do que eu esperava.
O carro estava com um visual único, muitos adoravam, mas algo me dizia que ainda faltava alguma coisa. Sou membro do Clube Palio de SP desde que me conheço por gente e foi em um desses encontros que um amigo me chamou para dar uma volta no Palio Turbo dele. Bastou uma puxada para saber o que estava faltando no meu “Palim”. Foi aí que cai nesse mundo, mas isso é assunto para o próximo post. Mas antes, um vídeo da minha vingança pela mentira do Chevette.
Abraço!
Por Paulo Henrique, Project Cars #361