Desde o fim dos anos 1980, a Bentley se tornou uma espécie de Rolls-Royce mal-educado. Enquanto seus rivais têm potência “adequada” e têm no relógio do painel a maior fonte de ruído, a Bentley não se importa em ser escandalosa como socialites movidos a cocaína em uma festa black tie. Nos anos 1990, por exemplo, ao lançar um modelo turbo, a marca fez questão de incluir essa informação no nome Bentley Turbo R, ainda que pudesse parecer um tanto vulgar para um rival dos Rolls-Royce.
Depois veio o Arnage T, que também usava um V8 turbo capaz de fazer o carro sair da linha se assim quisesse seu chauffeur, e mais recentemente também havia o Brooklands e seu V8 de 6,75 litros. Jeremy Clarkson adorava esses carros:
Agora a Bentley apresentou um sucessor à altura desses caras: o Flying Spur W12 S, que é simplesmente o sedã mais rápido já feito pela Bentley. Equipado com um W12 de seis litros e dois turbos, o Flying Spur W12 S tem 635 cv e 83,5 mkgf disponíveis já às 2.000 rpm. Imagine o estrago que um pé direito menos cuidadoso causaria aos pneus.
Como todo Bentley de 2016, o Flying Spur W12 S tem tração integral com distribuição de torque 40:60. Some isso ao aumento da potência do W12, e você tem um super sedã de luxo acelerando de zero a 100 km/h em 4,2 segundos e chegando à velocidade máxima de 325 km/h. A suspensão também foi modificada com amortecedores exclusivos para a versão e uma nova programação para o controle de estabilidade.
No quesito visual a Bentley eliminou todos os cromados do carro, substituindo-os por peças pintadas de preto. Faróis e lanternas têm máscara negra e as rodas de 21 polegadas também são pintadas de preto. No lado de dentro, a cabine traz tudo o que se espera de um Bentley de topo-de-linha, como madeira, couro e metal polido nas portas, painel e console central, bancos de couro de dois tons com costuras matelassê e comandos de climatização e multimídia no console central traseiro.