Em conversas com os fãs de carros das antigas — seu pai, seu avô ou alguém na faixa dos 50 ou 60 anos — é comum ouvir histórias sobre carros envenenados que só rodavam com a famosa "gasolina azul de avião". Nessas histórias ela parece a versão automotiva da poção mágica do Asterix: o carro arranca melhor, viaja em altas velocidades e ganha disputas improváveis.
Na verdade, a gasolina azul não era exatamente uma gasolina de avião, e sim uma gasolina de maior octanagem que a amarela — algo como comum e premium atualmente, porém com octanagem menor. A relação com os aviões tem origem no fato de a gasolina de aviação (avgas) ainda usar chumbo tetraetila como anti-detonante e também usar corante azul para sua identificação, enquanto a gasolina automotiva substituiu o metal por etanol e usa corante amarelo — incluindo as de maior octanagem.
Essa substituição ocorreu por dois motivos fundamentais: o primeiro é que o chumbo é potencialmente cancerígeno, e o segundo é que