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Automobilismo

Gérard Ducarouge, o engenheiro que interpretava carros de Fórmula 1

Nos bastidores da Fórmula 1, há homens que não aparecem nas capas de revistas, não sobem ao pódio nem sorriem para os flashes da vitória. São quase invisíveis, andando nas sombras das estrelas, mas responsáveis por moldar o espetáculo com régua, compasso e intuição. Gérard Ducarouge foi um desses homens — um dos últimos engenheiros românticos da Fórmula 1, figura de fala mansa e olhos atentos, que enxergava os carros como organismos vivos, sensíveis ao vento, ao asfalto e à alma de quem os pilotava. Seu nome talvez não seja tão conhecido quanto o de Colin Chapman, Gordon Murray ou Mauro Forghieri. Mas em quase três décadas no coração da Fórmula 1, Ducarouge projetou máquinas vencedoras para três das maiores instituições do automobilismo europeu: Matra, Ligier e Lotus. Seus carros cruzaram linhas de chegada importantes e ajudaram lendas como Jackie Stewart e Ayrton Senna a escrever capítulos decisivos na história do automobilismo. Seus monopostos nunca foram apenas r