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GM garante famigerada correia por 240 mil km

A GM diz que não entende como aqui no Brasil tanta gente reclame da sua infame correia de acionamento do comando banhada à óleo, visto que não aparecem problemas em outros países que usam motores semelhantes. Relatos de usuários nas redes sociais mostravam que a peça poderia se degradar, soltando detritos no óleo e, eventualmente, obstruir a passagem de lubrificante, com resultados que você já sabe: uma catástrofe mecânico-financeira.

A GM não ofereceu uma solução para este problema; o que indica ou que não o identificou, ou que seja mau uso, como óleo fora de especificação. Certamente, se fosse um problema de projeto, já existiria um recall. Mas o buxixo não para, e se nada acontece, nunca vai parar. Assim, a GM oferece agora um paliativo: garantia de 240.000 km. Quem tem um carro com ela, agora, pode levar o carro à concessionária para verificação da peça e o carro volta a ter a garantia de motor até 240.000 km.

A marca voltou neste assunto por ocasião do lançamento do Onix 2026. Nele, a GM diz que de qualquer forma aplicou uma nova geração da correia dentada banhada a óleo, com nova formulação química e mais resistentes a contaminantes presentes em óleos de baixa qualidade ou fora de especificação. O que, de novo, parece indicar que o problema seja óleo fora de especificação.
A GM está falando de novo do Onix 2026 também por causa de modificações que se mostraram necessárias por causa do novo Programa Carro Sustentável. Houve redução de preços: no caso do Onix 1.0 MT básico, o preço caiu de R$ 102.990 para R$ 99.990, e o Turbo AT foi de R$ 112.990 para R$ 112.290. O sedã Onix Plus ainda não teve alteração de preço.

No lançamento em julho, no 1.0 aspirado eram 80/82 cv e 10,2/10,6 mkgf com gasolina e etanol respectivamente, e a versão turbo, 116/121 cv e 16,3/16,8 mkgf. A única alteração agora é que o a versão turbo agora tem 115,5 cv e 16,8 mkgf no máximo, certamente para ser elegível a descontos de IPI. De resto, tudo igual: o motor aspirado vem com câmbio de seis marchas manual, e o turbo, com o automático de seis marchas. O Onix hatch pesa de 1011 kg a 1102 kg. (MAO)
O segundo Diablo restomod da Eccentrica

Ano passado em Monterey, no Car Week 2024, a gente conheceu um restomod de Lamborghini Diablo: o Eccentrica V12. Agora é hora da famosa semana centrada em carros clássicos na península, edição 2025; começa hoje e vai até dia 17 de agosto, domingo. A Eccentrica está de volta nele com uma versão ainda mais radical do Diablo modernizado; é o Eccentrica Pacchetto Titano.

Desenvolvido especificamente para as pistas, a versão Titano eleva o restaurado V-12 da Eccentrica a um novo patamar de desempenho. É para ser um brinquedo de fim de semana, para pistas; o que nos parece estranho: muito melhor algo que possa ser batido, capotado e usado sem dó. Mas enfim, este é o objetivo aqui.
Para reduzir o peso, o carro vem com carroceria de fibra de carbono parcialmente exposta. Uma asa traseira fixa e splitters dianteiros redesenhados aumentam o downforce, enquanto pneus Pirelli Trofeo R de série e um sistema de escapamento Capristo completam o pacote.

A Eccentrica Titano apresenta uma suspensão mais rígida, gerenciada por um software revisado para uma dirigibilidade mais precisa. A eletrônica do motor foi recalibrada para uma resposta mais rápida do acelerador, há um sistema de freios Brembo agora conta com dutos de refrigeração adicionais. As rodas de liga leve são forjadas e medem 19 polegadas na dianteira e 20 polegadas na traseira.
O motor é o mesmo Lamborghini V12 retrabalhado pela empresa; é um V12 de 5,7 litros aspirado que dá 550 cv e 52,5 mkgf. A transmissão manual tem seis velocidades, e a tração é traseira. Permanece o esquema Countach-Diablo: o câmbio está debaixo do cotovelo do piloto.

Além deste carro, a empresa estreará duas versões personalizadas de seu Diablo restaurado no The Quail. A primeira, chamada Rose Phoenix, apresenta um acabamento de pintura Rose Gold de três camadas, combinado com um interior em Alcantara “coco” e detalhes em couro Nubuck. A segunda, batizada de Green Dragon, ostenta um design mais agressivo com pintura verde pastel, detalhes em fibra de carbono e acabamentos internos combinando.
A Eccentrica não divulgou quanto a versão Titano adiciona ao custo do seu Lambo restomod, mas o preço base é de € 1,2 milhão. Diablos não são como 911, que foram produzidos aos milhares; um total de 2.884 Lamborghini Diablos foram construídos entre 1990 e 2001; no mesmo período foram feitos aproximadamente 150 mil dos 911. É, portanto, uma proposta mais limitada em quantidade, e nos faz apertar os dentes uns contra os outros, com a boca entreaberta. Vale modificar algo raro assim, e já especial pacas para começar? O que há de errado com o carro original?

Mas enfim; assim como os 19 carros Eccentrica V12 originais, qualquer versão aplicada com o pacote Pacchetto Titano precisará de um Diablo original como carro doador. E a empresa está tomando encomendas durante o evento em Monterrey. (MAO)
Mercedes-Maybach SL680 Monogram Series

A Mercedes-Maybach revelou o novo roadster durante a Monterey Car Week, antes do início do Pebble Beach Concours d’Elegance. Ele chegará aos EUA no verão de 2025 como modelo 2026. O diretor de design da Maybach, Gorden Wagener, disse que o objetivo era o mesmo de todos os outros modelos Maybach: criar a versão mais luxuosa e sofisticada do Mercedes-Benz no qual se baseia. Sim, acima de Mercedes-Benz, e sim, em alguns círculos um Mercedes é coisa de baixo nível.

O carro é baseado no SL atual. A versão Maybach recebe para-choque dianteiro e traseiro novos, uma nova grade e rodas Maybach especiais de 21 polegadas, além de detalhes cromados nos painéis laterais e no para-brisa. O capô agora é adornado com uma lança cromada na linha central, juntamente com um ornamento em forma de estrela de três pontas da Mercedes na dianteira. Pequenas e elegantes carenagens adicionadas à cobertura da capota atrás dos bancos dianteiros lembram os encostos de cabeça aerodinâmicos dos carros de corrida da década de 1950.

Mas as mudanças principais são na verdade referentes à personalização dos acabamentos, e nos acabamentos exclusivos. Para o primeiro ano do modelo, Wagener afirma que o Maybach SL estará disponível em apenas duas combinações de cores: Red Ambience (vermelho metálico) e White Ambience (branco brilhante). Ambas têm capô preto e interior em couro branco. Se me permitem uma opinião sincera, de uma cafonice inimaginável.

A capota conversível vem com o logotipo da Maybach é impresso dezenas de vezes para criar um padrão — muito parecido com o de uma bolsa Louis Vuitton. Se isso não for suficiente, por um custo extra, o mesmo padrão pode ser impresso no capô.

O mecanicamente é o mesmo SL63, um V8 biturbo de 4 litros e 580 cv. O câmbio automático de nove marchas e o sistema de tração integral do AMG SL63 foram também mantidos. A empresa afirma ter adicionado um amplo isolamento acústico para silenciar a cabine, instalado um novo sistema de escapamento mais silencioso, recalibrado a suspensão para suavizar o ride e reajustado os coxins do motor, para reduzir os níveis de NVH, provavelmente aos níveis de um carro elétrico. O carro é 180 kg mais pesado que o SL63 AMG, e chega a um total de, pasme, 2140 kg. Nível de elétrico, também.

O roadster Mercedes-Maybach SL680 Monogram Series custará a partir de US$ 226.050 (R$ 1.218.929) nos EUA. (MAO)
“Indústria vai colapsar com o banimento dos ICE”, diz CEO da Mercedes-Benz

Como bem sabemos, o futuro elétrico é fenômeno político, e não técnico; por isso, está sujeito aos ventos etéreos e que mudam de direção repentinamente, que são característicos deste tipo de coisa.
Não faz muito tempo a Mercedes-Benz se declarava totalmente engajada no futuro elétrico. Em 2021, previu que, até o final da década, deixaria de vender carros com motores de combustão “onde as condições de mercado permitissem”. Agora, não apenas abandonou essa meta ambiciosa, como também voltou atrás. Sem veículos a combustão, o chefão da empresa acredita que a indústria automotiva europeia entrará em “colapso”.
Em entrevista ao jornal econômico alemão Handelsblatt, Ola Källenius alertou que, se a proibição de vendas de novos carros com motor de combustão pela UE permanecer em vigor até 2035, a indústria automotiva europeia implodirá:

“Precisamos de um choque de realidade. Caso contrário, estamos caminhando a toda velocidade contra uma parede. É claro que precisamos descarbonizar, mas isso precisa ser feito de forma tecnologicamente neutra. Não podemos perder de vista a nossa economia.”
A afirmação tem peso extra se considerarmos que Källenius é também presidente da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA). Ele alerta que a indústria automobilística do continente entrará em “colapso” se a UE não suspender a proibição. Antes que proíbam novos veículos a combustão interna (ICE), o executivo prevê que os consumidores correrão para comprar carros a gasolina e diesel antes do prazo final, previsto para entrar em vigor em nove anos e meio, o que “não ajuda em nada o clima”.

Todo mundo correndo para comprar carros a combustão interna, pretendendo permanecer com eles por muito tempo? Mas ué, o elétrico não era tão bom quanto carro a gasolina ainda ontem? Pois é. Ficamos ainda aqui em nossa cadeirinha de praia, com um refri gelado nas mãos, assistindo tudo com atenção. Pareceria engraçadíssimo, se não fosse potencialmente trágico para a nossa indústria. (MAO)