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Sessão da manhã Vídeo

Godzilla vs. Godzilla: uma batalha entre um Skyline GT-R R32 do Grupo A e um R35 de 1.000 cv

Depois do fantástico vídeo com o Toyota Chaser de 1.000 cv do dorifuto kingu Daigo Saito, Luke Huxham está de volta com outro vídeo na touge mais famosa do Japão. Desta vez, porém, a encomenda é da revista japonesa de cultura automotiva Motorhead: duas lendas das pistas de diferentes épocas se encontram para uma batalha na Gunsai Touge. Mas é uma batalha diferente daquelas às quais estamos acostumados.

Não se trata de uma disputa por tempo ou velocidade. Não se trata de quem pilota melhor ou de quem chega mais rápido ao fim do percurso. É uma batalha de sensações e memórias. Old school vs. new school. Godzilla contra Godzilla.

O piloto é o mesmo: Nobuteru “NOB” Taniguchi, que está na ativa desde 2001 competindo no Campeonato Japonês de Drift e na Super GT. “NOB” são três primeiras letras de seu nome, mas também a sigla para “No One Better” (em tradução livre, “não há ninguém melhor”). O conceito de “melhor” e “pior” é subjetivo, mas estamos falando de um cara que foi campeão em sua temporada de estreia na principal categoria do drift japonês e campeão da Super GT em 2011 e 2014. Dá para dizer que ele entende uma coisinha ou outra, não?

Nas categorias de turismo, Taniguchi já competiu em diversas equipes. No drift, porém, ele é prata da casa da HKS Motorsport, divisão de competição de uma das maiores fabricantes e distribuidoras de peças aftermarket. A HKS compete desde os anos 80 em diversas categorias do automobilismo, da arrancada ao drift, passando por corridas de turismo, supermotos, Fórmula 3 e diversas outras.

Vê-lo conduzir dois carros tão diferentes com tanta desenvoltura, em uma das estradas mais legais do mundo (que, obviamente, foi fechada para a gravação do vídeo), levando os dois Godzillas ao limite (com direito a muito ronco de motor, claro), é uma bela maneira de começar um sábado de manhã. Duvida? Então aperta o play aí embaixo!

Foi nas corridas de turismo que a HKS ficou mais famosa. Em boa parte, graças a seu Nissan GT-R R32 que, no Grupo A. Como costuma acontecer quando se trata da história do automobilismo japonesa, não é muito fácil encontrar detalhes sobre a história deste carro em competições – ele é um ícone instantaneamente reconhecido (especialmente se você jogava Gran Turismo 2 nos anos 90) mas, se você não souber japonês, dificilmente vai encontrar informações detalhadas a respeito.

De acordo com a HKS, foi com este GT-R R32, com a clássica pintura camuflada multicolorida da equipe e o número 87 nas laterais, que a equipe se inscreveu na Super GT em 1992, e conseguiu sua primeira vitória em dois anos – no circuito de Sugo, que fica na cidade de Murata, bem no coração do Japão.

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Os Skyline que competiam no Grupo A eram verdadeiras provas do potencial do seis-em-linha RB26DETT. Com componentes internos reforçados, novos sistemas de admissão e escape e um aumento da pressão nos turbos (modificações relativamente simples), a potênciado motor de 2,6 litros saltava dos 280 cv originais de fábrica para algo entre 550 e 650 cv. Com tração integral, divisão de torque entre os eixos dianteiro e traseiro controlada eletronicamente e até esterçamento nas quatro rodas (leia mais sobre o sistema aqui), o GT-R R32 dominou as pistas japonesas no início da década de 1990. Foi por isso que ele recebeu o apelido de “Godzilla”.

Avançando alguns anos no tempo, temos o outro carro que a HKS cedeu para a filmagem. O outro Godzilla, já que o R35 herdou o apelido de seu ancestral. E ele vem de um mundo bem diferente: as provas de Time Attack. Estas não são disputadas apenas no Japão, mas em circuitos do mundo todo, e costumam competir nelas carros com motores de preparação extrema e, frequentemente, potência na casa dos quatro dígitos. No Time Attack os carros competem contra o relógio e não ao mesmo tempo na pista – o que permite carros mais violentos com menos riscos de tragédias.

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O HKS R35 GT1000 é a arma da equipe para o Mundial de Time Attack, ou WTAC. Com dois turbos maiores, escape menos restritivo e outras modificações relativamente leves, os caras conseguiram elevar a potência do GT-R de 545 cv para “mais de 1.000 cv”. O detalhe é que o carro pilotado por Taniguchi, além de competir nas pistas, serve como vitrine para o trabalho da preparadora, que oferece o kit para venda em seu site. Em tese, qualquer dono de GT-R pode transformá-lo em um GT1000.

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O vídeo da revista Motorhead acaba servindo como uma bela propaganda para a HKS, embora não o seja – trata-se de um teaser para a edição nº 16 e, caso você a compre, terá acesso a um comparativo entre os dois carros e vídeos exclusivos, em detalhes, de ambos. Parece interessante, não?