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VW Golf GTI Mk8,5 no Brasil
A gente não pode reclamar de falta de opção em hatchbacks turbo de desempenho superior, capazes de acompanhar muito supercarro em estrada truncada, aqui no Brasil. Depois do sensacional Toyota GR Corolla com tração nas quatro rodas e câmbio manual, e o incrível Honda Civic Type R de tração dianteira e câmbio também manual, agora aparece mais uma opção: O VW Golf GTI Mk8,5. Opção há; se são caros, é a realidade hoje.
Este chega com o já conhecido motor EA888, agora na chamada 4ª geração, com 265 cv e um platô de torque na cota de 37,7 mkgf que começa em 1750 rpm. Diferente dos japoneses, vem apenas com o câmbio automático de dupla-embreagem DSG DQ381 da VW, o mesmo do Jetta GLI, com sete velocidades, tração dianteira e diferencial autoblocante.
Veja todos os detalhes neste video do Juliano Barata:
VW começa a revelar seu novo SUV
Além do Golf GTI, a Volkswagen aproveitou o Rock in Rio para começar a campanha de lançamento do seu novo SUV compacto, que será posicionado abaixo do Nivus, na mesma linha do Polo, e que aponta suas armas para o Renault Kardian e o Fiat Pulse.
O modelo é baseado na plataforma MQB A0, a mesma do Nivus, mas será simplificado em relação ao irmão maior — o que nos leva a crer que o Nivus acabará subindo alguns degraus na linha da Volkswagen, podendo finalmente receber o teto solar/panorâmico e o motor 1.4 numa versão GTS, especialmente porque ele passará a ser produzido na mesma linha do T-Cross.
Quanto ao SUV compacto, ele ainda é conhecido como Projeto 246 ou simplesmente SUV A0, mas um dos teasers publicados pela Volkswagen desafia o público a acertar o nome do SUV, que terá cinco letras e deverá ser revelado na abertura do festival, que começa nesta próxima sexta-feira (13).
Falando de motorização, ele certamente terá apenas o conjunto formado pelo motor 1.0 TSI de 117 cv e pelo câmbio automático de seis marchas usado na linha Polo, uma forma de distanciá-lo do Nivus. O estilo, contudo, será diferente de todos os outros modelos da VW no Brasil, pois ele será o primeiro com a nova linha de estilo que a Volkswagen irá adotar em seus SUV.
Apesar da plataforma compartilhada com o Polo, o SUV com nome de cinco letras é derivado do Skoda Fabia, que usa elementos diferentes da família Polo — o Nivus, por exemplo, compartilha paineis de carroceria com o hatchback. Isso dará a ele também uma identidade mais própria, no interior inclusive, distanciando-se do painel do Polo, mas ainda mantendo os bancos com encostos de cabeça integrados.
A Volkswagen registrou alguns nomes apresentados aos clientes em clínicas, mas nenhum deles tem as cinco letras já confirmadas pela marca. Estamos apurando esse detalhe, mas certeza mesmo só teremos amanhã ou depois, quando o carro for oficialmente revelado. (Leo Contesini)
Aston Martin Vanquish atinge 340 km/h em Nurburgring
Não é segredo para ninguém que, com sua combinação de todo tipo de curva, e a consolidação de seu tempo de volta como medida de desempenho tão importante quanto o 0-100 km/h, o Nurburgring é sempre usado nos testes de novos carros de alto desempenho. Não foi diferente com o novo Aston Martin Vanquish.
A empresa inglesa já disse que o seu novo cupê V12 biturbo pode chegar a 344 km/h de máxima. Mas o quie não tinha dito é quão pouco espaço é necessário para atingir velocidades assim. Segundo James Owen, gerente sênior de engenharia de veículos da Aston Martin, durante os testes na famosa pista alemã, o carro atingiu a marca de 340 km/h. Barrabás!
Segundo a Road & Track, Owen disse que “Nürburgring não é normalmente um lugar onde se atinge velocidade máxima, mas numa prova de sua capacidade de velocidade em curva, e de sua força bruta, nós chegamos quase nela nos testes na pista. Não são necessários dezenas de km para se chegar nela, portanto.”
Aparentemente os pilotos de testes da Aston conseguiram atingir os 340 km/h se aproximando de Tiergarten, e segundo eles, talvez seja possível chegar até a máxima de 344 km/h se tentarem com afinco. Independentemente disso, atingir 340 km/h em uma reta de 2,7 km é um feito por si só.
Na verdade, o executivo disse que outras pistas normalmente usadas para teste por eles não servem para o novo cupê de 835 cv: “Silverstone é um pouco pequeno demais para coisas assim”. Ainda assim, o circuito inglês foi usado para ajudar na calibração do comportamento e na calibração do motor.
Testes adicionais de alta velocidade também ocorreram no famoso circuito de Nardò, na Itália, uma “reta infinita” de 12,5 km, onde teria atingido os 344 km/h. Não só um cupê de luxo, a Aston se apressa em assentar as credenciais de desempenho do carro, que não deve ficar atrás dos exóticos de motor central-traseiro. Uma tradição que começou com o carro mais rápido do mundo em 1977: o V8 Vantage. Pelo menos, a Aston martin não esqueceu o motivo de existir. (MAO)
Lotus vai lançar novo carro em 17 de setembro
É difícil se animar com notícias da Lotus hoje em dia. Efetivamente, fora o Emira fabricado em Hethel, é uma empresa chinesa, dedicada a carros elétricos de luxo enormes e pesados. Totalmente o oposto do que a fez ficar famosa e amada no passado. Mas vamos lá.
O chefe de marketing da Lotus, um gentleman chamado Qiao Xinyu, anunciou nas redes sociais chinesas que a Lotus revelará um novo carro esporte chamado Theory 1, em 17 de setembro. A postagem inclui a imagem teaser que abre esta nota.
A imagem mostra muito pouco. Basicamente um spoiler traseiro com o nome Lotus. Provavelmente é um carro mais focado em desempenho absoluto do que o sedã Emeya e o SUV Eletre. Como o nome diz, deve ser ainda um conceito.
É possível que o Theory 1 apresente as proporções e dicas de design do próximo Type 135, o substituto elétrico do Emira – e o sucessor espiritual do Elise, segundo a marca. O carro deve começar a ser vendido em 2027, embora a Lotus tenha sugerido que pode ser adiado até que baterias menores e mais leves estejam disponíveis.
Ele servirá efetivamente como o modelo principal na linha completa de carros elétricos da Lotus, como o ex-chefe comercial do Lotus Group, Mike Johnstone, disse à Autocar no início deste ano. Ele disse: “O centro da marca sempre tem que ser um carro esportivo leve. Isso lhe dá a credibilidade para construir outros produtos com características esportivas.”
“Não somos ingênuos o suficiente para dizer que o Eletre vai parecer um Elise. Não vai. Mas ele tem uma sensação de leveza e achamos que é o SUV com melhor dirigibilidade que você pode dirigir. Mas precisamos do alvo da marca, que tem que ser aquele carro esportivo de dois lugares. Caso contrário, somos apenas uma marca com um emblema da Lotus. O carro esportivo é uma parte essencial do nosso futuro.”
Resta saber se, realmente, qualquer elétrico poderá ser como um Elise, um Seven, ou qualquer outro Lotus tradicional. Carros esporte elétricos até agora são superpotentes apenas: tentam dar com desempenho superlativo o que não conseguem dar em sensações de comando de uma máquina viva. Tenho que confessar, no interesse de apenas ser totalmente honesto, que aqui estamos céticos quanto ao sucesso da empreitada. (MAO)
Rally Circuito das Frutas acontece neste sábado, 14 de setembro
Este fim de semana, no sábado dia 14 de setembro, ocorre a 3ª Etapa do Campeonato Paulista de Rally de Regularidade Clássico. Como vocês sabem, é uma prova que adoramos aqui no FlatOut: participamos do campeonato ano passado, com o Chevette azul da equipe Trifoglio; este ano, somente por problemas de agenda que não participamos. Algo que esperamos resolver ano que vem.
O Rally de regularidade é uma prova automobilística na categoria R.A.I.D. (Regularidade Absoluta em Itinerário Desconhecido) e que tem como objetivo desenvolver a capacidade de Piloto e Navegador em manter médias horárias pré-estabelecidas e seguir o roteiro até o destino final da prova. Há sempre espaço para quem começa, e quem é profissional no assunto; não há outra maneira de aprender senão se inscrevendo e participando. E é garantido muita confusão e erros no início, mas não importa: sempre é algo sensacional, e com o prazer extra da inevitável curva de aprendizado. O rally é dividido em categorias, baseadas na idade do carro, mas há lugar para todo mundo, do iniciante á categoria PRO.
A prova deste fim de semana será o Rally Circuito das Frutas, e ainda há tempo de se inscrever; basta ir ao site do evento. Ou ao menos curtir a largada ou a chegada; é sempre uma festa. A largada será as 8h no Frango Assado do km 34 da Rodovia dos Bandeirantes, e a chegada, no Dream Car Museum em São Roque.
Vamos colocar nossos carros na estrada? (MAO)
Diretor-geral da Jaguar diz que transição para os elétricos é “extremamente frustrante”
“É extremamente frustrante – dizer que vamos nos tornar totalmente elétricos e depois não acontecer nada.” Esse é o desabafo de Rawdon Glover, o novo diretor-geral da Jaguar, em uma entrevista ao site Top Gear, sobre o atual período de estagnação da marca, que não lançará novos carros por cinco anos enquanto planeja se tornar totalmente elétrica — e extremamente voltada para o luxo.
Ainda neste ano veremos uma amostra da nova direção de design da Jaguar, que deve chegar na forma de uma fastback de quatro portas, seguido por dois SUVs. Glover, que assumiu o cargo em março de 2023, afirma que o carro terá autonomia de 700 km.
“Jaguar está em uma encruzilhada,” diz Rawdon. “Na época em que Thierry Bolloré, então CEO da JLR, anunciou o plano de se tornar totalmente elétrico, ele afirmou que a Jaguar tinha a opção de sair do segmento premium para se tornar uma marca super-luxuosa e essa escolha foi validada desde então.”
Embora o mercado de carros de luxo tradicionalmente seja mais resistente às crises do que o mercado geral, não basta querer se tornar uma marca de luxo elétrica — o problema, claro, vem da China, que também está ficando estagnado para as fabricantes ocidentais, e em termos globais, os carros elétricos estão em baixa.
“Nós decidimos adotar essa estrutura em 2021, mas os carros não surgem da noite para o dia,” diz Rawdon, que também acredita que a Jaguar precisava mudar radicalmente para não acabar extinta.
“Precisamos voltar à época em que fazíamos carros bonitos e desejáveis, não em grandes quantidades e não com uma grande quantidade de modelos no portfólio. Até recentemente, tínhamos até seis ou sete modelos”, diz Rawdon explicando que a Jaguar está retornando ao seu sistema básico de três modelos.
“Não se trata apenas de alguns carros novos, é uma reinvenção completa da marca,” insiste. “A cada decisão que tomamos, perguntamos ‘isso vai fazer as pessoas pensarem na Jaguar da maneira que precisamos?’ Se não fizer com que queiram pagar £120.000, não faremos.” Rawdon ainda admite que não há um “manual” para esse processo.
Realmente, nenhuma marca de carros na história parou de vender por um ano, abandonando praticamente todos os segmentos onde atuava e, do nada, ressurgiu como uma marca de alto luxo concorrendo com nomes tradicionais e consolidados. Como disse há algumas semanas, é um plano ambicioso que parece mais um salto de fé do que uma estratégia. Tomara que funcione, porque a alternativa pode acabar com a marca. (Leo Contesini)