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Volkswagen Golf Mk8 é registrado no Brasil
Antes mesmo da pandemia do COVID-19, o futuro do Volkswagen Golf Mk8 no Brasil já era nebuloso – o momento pouco favorável para os hatchbacks médios e a chegada tardia do Golf GTE Mk7 eram indícios de que a Volkswagen não pretendia trazer a oitava geração para cá tão cedo. Então, começaram a circular rumores de que o Mk8 daria as caras ao menos no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro – até que o próprio Salão foi cancelado. Somando a isto a crise do novo coronavírus, tudo ficou muito incerto em relação ao futuro do Golf Mk8 no Brasil.
Agora, porém, a VW decidiu registrar o hatchback junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Não se deve levar isto como confirmação – como sempre dizemos, tais registros são práticas comuns entre as fabricantes e podem servir só para adiantar as coisas, sem garantir que os modelos registrados serão mesmo lançados.
A versão registrada tem a carroceria dos Golf Mk8 comuns, e não dos esportivos GTI e GTE – repare no desenho dos para-choques. Isto pode ser meio decepcionante para quem espera o Mk8 GTI ou GTE no papel de halo car (uma versão mais cara, trazida em baixo volume, para servir como chamariz para a linha da marca).
Entretanto, como levantaram os colegas do Motor1, isto pode significar que a VW planeja trazer o Golf híbrido normal, e não o GTE – isto porque o Mk8 híbrido usa o mesmo conjunto do GTE que já é vendido aqui, composto pelo motor 1.4 TSI mais um motor elétrico para entregar 204 cv. Já o novo GTE ficou consideravelmente mais forte, com 245 cv, e isto talvez o torne inviável para o mercado brasileiro no momento. Sad, but true.
De todo modo, a VW recusa-se a confirmar ou negar a chegada do novo Golf ao Brasil neste ano. Não colocaríamos nossas mãos no fogo, mas seria legal ter uma boa surpresa. (Dalmo Hernandes)
Peugeot registrou novo 2008 no Brasil
O crossover com o nome mais confuso do mercado está prestes a ganhar uma nova geração no Brasil. O modelo, que será lançado após o novo 208, já teve seu desenho registrado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o INPI, e será exatamente como a versão já a venda na Europa.
O visual finalmente será alinhado ao do restante da linha 008 da Peugeot, com DRL na diagonal, grades trapezoidais, linhas retas e ângulos demarcados no perfil e a lanterna traseira integrada horizontalmente, trazendo ares mais modernos para o 2008.
O modelo é feito sobre a arquitetura modular CMP, compartilhada com a nova geração do 208, e deverá ser equipada com uma versão turbo do motor 1.2 de três cilindros, possivelmente em sua configuração intermediária de potência — que, na Europa, tem 130 cv. Como ele será adaptado para rodar com etanol, podemos esperar um sutil aumento de potência, provavelmente na casa dos 135 cv. Na Europa ele é oferecido com um câmbio manual de seis marchas ou automático de oito marchas, mas não seria estranho se a Peugeot mantivesse a caixa automática de seis marchas na versão brasileira.
O lançamento do novo 2008, contudo, será feito somente em 2021. Antes dele a Peugeot terá o 208, que estava previsto para maio, porém deverá acabar adiada devido às recomendações da quarentena atual e poderá acontecer em algum outro momento deste primeiro semestre.
BMW não consegue emplacar o Série 8
Parece que a nova geração do Série 8 está sofrendo do mesmo mal de seu antecessor, o Série 8 E31. O modelo já está nas lojas há mais de um ano, mas teve menos de 5.000 unidades vendidas nos EUA ao longo de 2019 e atualmente tem 2.000 unidades aguardando compradores em seus pátios — e deverão continuar por muito tempo, considerando a situação atual do planeta.
Segundo os concessionários entrevistados pelo site Automotive Business, a BMW não tem se esforçado na promoção do carro que é “o melhor carro que ninguém conhece”, e que os proprietários da antiga Série 6 não se convenceram a trocar seu carro antigo por um novo Série 8. Eles dizem ainda que é preocupante que um carro que corresponde a quase um terço do estoque esteja começando a ser rejeitado pelos concessionários
Outro problema é que o modelo tem configurações demais para a atual demanda. De acordo com um dos concessionários, o modelo tem 15 configurações diferentes, o que atrapalha a decisão do cliente, que poderia escolher a melhor opção para si caso houvesse apenas duas configurações. A BMW, contudo, insiste que tal estratégia é necessária para o segmento de luxo no qual o carro concorre.
Para piorar a história, a BMW até planejou uma campanha promocional do modelo, porém a pandemia do coronavírus engavetou os planos por tempo indeterminado.
Apesar de as críticas virem dos EUA, o Série 8 parece enfrentar o mesmo problema em escala global. A BMW teve um aumento de apenas 1,2% em 2019 e atribui este desempenho ao segmento de luxo, contudo, é importante lembrar que atualmente os SUV estão em alta e que o X7 superou as expectativas da BMW, conforme a própria fabricante declarou em abril de 2019, e foi o modelo responsável por aumentar as vendas da marca em 2% naquele mês.
Tudo indica que o Série 8 está fadado a repetir o fracasso de seu antecessor, que, apesar da popularidade entre os entusiastas, ficou aquém das expectativas da BMW no mundo real. Além disso, o novo modelo tem um problema que seu antecessor não enfrentou: marcas de alto luxo como Aston Martin, Porsche, Bentley e Rolls-Royce têm produtos que rivalizam com um modelo de topo como a Série 8, porém com um maior prestígio de marca. A Audi, por exemplo, oferece o A8 somente como sedã, enquanto a Mercedes tem nas versões Maybach uma resposta a estes rivais mais refinados e na AMG as versões esportivas de sua própria Classe S. (Leo Contesini)
Bentley Mulsanne será mais um sedã substituído por um SUV
A invasão dos SUVs é eclética: não importa se o carro é um hatch barato ou um sedã ultra-luxuoso – nenhum carro está a salvo do futuro sombrio de ser substituído por um “utilitário esportivo”. E a próxima vítima deve ser o Bentley Mulsanne, que deixa de ser produzido em 2020.
O Bentley Flying Spur, apresentado no ano passado, ficou maior, mais sofisticado e foi promovido a novo flagship da marca. Mas ele é o sucessor indireto do Mulsanne – o sucessor direto tem tudo para ser um SUV, posicionado acima do Bentayga.
É fácil entender o motivo. De acordo com o CEO Adrian Hallmark, é uma questão de mercado. Em entrevista ao site australiano Drive, Hallmark foi categórico: “Há 20 anos, com o Arnage e o Rolls-Royce Silver Seraph nas ruas, as vendas globais nesta fatia do mercado ficavam entre 1.500 e 2.000 exemplares combinados. Hoje, são menos de 1.000, e ficamos com metade disto.”
Hallmark disse que, para que o desenvolvimento de um novo sedã seja financeiramente viável, seria preciso vender cerca de 5.000 exemplares por ano – e não algo entre 400 e 600 exemplares, como está acontecendo. Contudo, quando se fala em um SUV, os números são bem melhores: no ano passado, 47% dos Bentley vendidos foram exemplares do Bentayga. “Então fica claro que os compradores de carros premium e de luxo vêem os SUVs como opções muito mais atraentes”, completou Hallmark.
Sendo assim, embora não tenha confirmado com todas as letras, Hallmark disse que é “altamente provável” que o novo Bentley topo-de-linha seja um SUV – ou, como ele mesmo disse, “um Bentayga maior”. O chefe da Bentley, porém, deixou claras duas coisas: o novo modelo não será um esportivo, e não será elétrico. Segundo ele, não há planos para colocar um Bentley totalmente elétrico nas ruas antes de 2025. (Dalmo Hernandes)
Apresentação vazada confirma novo Toyota 86 para 2021
Pelo visto, enfim o novo Toyota 86 foi confirmado – e ele será lançado já no ano que vem. A informação não é oficial, mas parece legítima: a conta no Instagram @allcarnews postou a foto de uma apresentação interna da fabricante e, no cronograma para lançamentos futuros, o nome “86” está previsto para chegar no segundo semestre de 2021.
Ainda de acordo com a publicação, a nova geração do esportivo – que deve se chamar Toyota GR86 – será mesmo feita sobre a nova plataforma TNGA (Toyota New Global Architecture), e utilizará o motor boxer turbo de 2,4 litros vindo dos Subaru Ascent Legacy e Outback. Isto significa que o novo GR86 terá pelo menos 255 cv de fábrica – e finalmente atenderá os desejos dos entusiastas por mais potência no cupê. A apresentação não faz menção alguma à versão Subaru do esportivo, mas é muito provável que ambas as variantes sejam mostradas ao mesmo tempo.
Embora o Toyota GT86 fosse um carrinho bem divertido, de fato os 200 cv que ele oferecia acabavam sendo um gargalo em seu desempenho – mesmo que, segundo a fabricante, a ideia fosse que os entusiastas o usassem como base para projetos. A nova plataforma e o motor turbinado deverão tornar esta tarefa mais prazerosa, com mais potencial para se criar track day monsters. E ainda deve agradar mais aos que só querem mesmo um carro mais divertido para usar no dia-a-dia.
Falando nisso, a Toyota deverá também melhorar a qualidade do acabamento no interior do carro, outro ponto de críticas no GT86 atual. Com isto, ele deverá ficar mais caro – e mais próximo de rivais como o Audi TT e o BMW Z4 em termos de preço. Por outro lado, a fabricante também deverá tomar cuidado para não deixá-lo caro demais, a fim de não canibalizar as vendas do Supra. (Dalmo Hernandes)