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Car Culture

Gordon Murray, o engenheiro que reinventou as regras da Fórmula 1

Existem gênios que mudam o mundo com ideias disruptivas. Outros brilham por terem uma consistência extraordinária em seu trabalho. Gordon Murray pertence a uma terceira categoria, mais rara ainda: a de gênios que unem essas duas qualidades. Quando chegou à Fórmula 1, em 1973, pouca gente imaginava que aquele jovem magro, de sandálias nos pés e voz baixa, vindo da África do Sul, se tornaria um dos nomes mais influentes da história técnica da categoria. Mas bastaram poucos anos para que o paddock percebesse: Murray não projetava carros — ele os reinventava cada vez que iniciava um novo projeto. Cada chassi era uma ideia, cada detalhe, um argumento silencioso contra a comodidade da engenharia convencional. Ao longo de duas décadas, entre Brabham e McLaren, Murray esteve por trás de máquinas que mudaram para sempre as regras do design da Fórmula 1. Criou soluções tão simples quanto geniais — do BT44, de linhas limpas e comportamento preciso, à força bruta do BT52 — e transformou os ob