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Project Cars Project Cars #431

Hell Rey: a história do meu Del Rey Ghia com motor 2.0i, o Project Cars #431

Saudações, galera! Estamos aqui novamente. Agradeço pela oportunidade de compartilhar mais uma história com vocês! Obrigado pelos votos e pela escolha dos Editores. Acredito que vocês vão curtir, afinal até agora desconheço outro PC sobre o Del Rey ou derivados. Pelo menos, não voltado pra Performance.

Pra quem não me conhece, meu nome é Leonardo, sou Técnico em Mecânica pela CEFET-SP e em automobilística pelo SENAI-SP (nas poucas horas vagas), mas trabalho como advogado. Sempre me aventurei nessas “salvações”, estou finalizando o #PC 292 (Restauração e Engine Swap do meu Ford Maverick V8 1975), cuja história vocês podem acompanhar nesse link. Como podem ver, estou tocando mais de um projeto ao mesmo tempo e agora, escrevendo mais de um também. Por esse motivo e pelo fato dele ser meu sócio nessa empreitada, pedi ajuda ao meu irmão, João Gustavo, pra escrever. Nada mais justo, afinal irmão/sócio é pra essas coisas também.

Bom, primeiro vou falar um pouco sobre mim, meu irmão e a paixão por carros.

Desde muito pequeno, como contei no PC 292, me interessei por carros e acho que acabei passando essa doença pro meu irmão mais novo…Quando éramos bem pequenos, eu e meu irmão descíamos a rua a caminho da escolinha, identificando os carros que passavam, pelo barulho do motor.

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Falando em escola, aos 13 anos minha mãe me deu o primeiro fascículo daquele curso de Mecânica de Automóveis do Instituto Universal Brasileiro (alguém lembra?), que saía semanalmente nas bancas no Brasil todo.

Comecei a aprender e me apaixonar por mecânica.

DelRaySE

Nessa época, meu pai teve um perrengue financeiro e precisou vender o Santana CD 1985 que tinha e acabamos ficando uns meses a pé. Odiei aquela situação, tínhamos que ir no mercado andando, fazer tudo de transporte público, enfim, descobri naquela época que não gosto mesmo de não ter carro…

Um belo dia, com as finanças mais ou menos em ordem, meus pais chegaram em casa com um Del Rey L ano 1988, cor Dourado Mirage Metálico. Estávamos em 1993 então não era um carro tão “velho” assim… Minha experiência com Del Rey até então era um GLX 1986 prata com interior cinza, do pai de um amigo, que de vez em quando nos dava carona da escola pra casa. Lembro de 3 coisas naquele carro que me chamaram a atenção: O conforto e acabamento interno, o relógio de teto com iluminação azul e aqueles cinzeiros nas portas. Achava tudo muito legal. Mas na época imaginei tratar-se de um carro muito caro, pelo fato de o pai do meu amigo ser uma pessoa de posses e pelo acabamento dele mesmo.

DEL REY DOURADO RUA JUATUBA WP_20161230_15_16_44_Pro

Enfim, meu pai nos chamou no interfone pra ver sua aquisição, lá na porta do prédio. Estávamos eu, meu irmão e um vizinho mais novo que nós dois, que nos ensinou a abrir o capô. O carro era duas portas, básico de tudo, exceto pelos vidros verdes. Tinha o interior preto e estava muito inteiro. Pelo fato de ter amargado meses a pé, decidi que ia cuidar muito bem dele. Meu pai sempre gostou de carros da maneira dele. Não entende nada de mecânica, mas hoje se empolga e gosta dos meus projetos. Enfim, o Santana CD 85, comprado em 89, anterior ao DR, era pouco rodado mas praticamente só via água quando chovia, era cheio de jornal velho e tranqueiras dentro e tinhas os parachoques todos ralados nos cantos, resultado das manobras do meu pai na garagem. Decidi que o Del Rey não seria assim.

Ganhei minha primeira caixa de ferramentas e comecei a praticar mecânica no Del Rey do meu pai. Trocava filtros, cabos de vela, regulava carburador e fazia reparos simples de elétrica e carroceria. Consegui regular o motor CHT a álcool pra fazer 8km/litro na cidade e 12,5 na estrada. Foi também o primeiro carro que dirigi na vida.

Na época meu tio que morava em Belo Horizonte, também comprou um Del Rey GL série especial de 1989 que eu achava lindo. O carro era cinza grafite (uma das 3 cores disponíveis para esse modelo em 89) com as rodas aro 14, calotas e pneus largos (para a época) e de perfil baixo (195/60R14). Pra vocês terem uma ideia, nos anos 80 e início dos 90, só carros esportivos tinham rodas aro 14 e mesmo Gol GTS e Kadett GS usavam medida 185/60. Santana e Monza usavam aro 13. Enfim, o carro tinha também os frisos e maçanetas de porta que originalmente seriam cromados, pintados em grafite fosco e um acabamento mais “esportivo”, se é que essa característica pode ser atribuída a um sedan desse tamanho, com motor 1.6…Também já tinha os retrovisores “novos”, da linha 1990, que posteriormente viria com o motor AP 1.8. Esse Del Rey do meu tio levou uma batida forte na estrada e infelizmente o seguro deu perda total. Uma pena.

Enfim, pesquisando as revistas da época, descobri que a Ford tinha feito o Del Rey 1.8 entre 1990 e 1991. Comecei a fomentar no meu pai a ideia de trocar o Del Rey por um desses. Também nunca tínhamos tido um carro de 4 portas (que eu achava o máximo!) e nem com ar condicionado. Então, teria que ser um Ghia 4p com ar e completo. Em 1995, dois anos depois da compra do Del Rey L, comecei a procura. Comprava o Jornal Primeiramão e meu pai assinava “O Estado de São Paulo” e eu ia todo domingo, ansioso, pro caderno de Automóveis, sessão Classificados.

Acho que fomos ver todos os Del Rey Ghia 90 e 91 de São Paulo. Pelo menos todos que estavam à venda. Isso aconteceu durante aproximadamente 6 meses. Todo fim de semana íamos ver algum carro. Achei até um Del Rey L básico que o dono tinha instalado absolutamente tudo do Ghia. Mas não era Ghia e não estava lá essas coisas também…Incrível como em 5 anos algumas pessoas conseguem destruir tanto um carro. Tem gente que é cupim de aço mesmo!

Meu pai me deu bastante autonomia pra procurar e a “palavra final”, apesar de ele nunca ter me dito isso, era minha. Achamos alguns carros bons, mas ou tinham sido repintados, ou não tinham o manual, ou não tinham ar condicionado…Até que um belo dia, no Jornal “Estadão” havia o anúncio de um Del Rey Ghia 90 4 portas vermelho, completo. Até guardei a página do anúncio, olhem só:

ANÚNCIO DEL REY VERMELHO WP_20161230_15_21_22_Pro

Fomos ver e o carro tinha sido do Diretor da concessionária, que, depois de usá-lo por 2 anos, passou sua opção de compra à secretária, que o comprou, usou mais 3 anos e agora estava vendendo.

O hodômetro ostentava somente 42.000km, quilometragem bem condizente com o aspecto geral dele. O carro era bem original, só tinha um pequeno retoque na ponta do paralama dianteiro direito, tendo todo o resto da pintura original de fábrica, ainda que meio sem brilho.

Uma das lanternas traseiras também era de marca paralela, mas não havia sinal de repintura na região. O carro, além de ter o manual original, tinha ar, direção e o rádio/toca fitas top de linha, digital. Enfim, era perfeito, exatamente o que eu procurava!

Meu pai pechinchou o preço e lembro que de R$ 7.500 o valor caiu para R$ 7.300. E fechamos o negócio!

Alguns dias depois, estava lá o marido da dona, com o carro na porta do prédio. Acabamos ficando alguns meses com 2 carros, algo inédito em casa e não muito comum na época. Muito menos 2 Del Reys….kkkkk

Tirei até uma foto do meu pai manobrando o Del Rey Vermelho Malta perolizado, ao lado do L Dourado Mirage Metálico.

Del Rey Ghia 90 e L 88- 1993

O “aprendizado” de mecânica e direção continuaram no novo carro. Além disso, limpamos todo o estofamento, mandamos polir a pintura, que estava meio opaca. Trocamos os quatro pneus Goodyear Eagle NCT60 por 4 Eagle NCT2, colocamos amortecedores novos, uma antena elétrica. O carro estava ficando espetacular! A cor era muito bonita e o conforto das quatro portas, direção hidráulica e ar-condicionado nos fez nunca mais abrir mão desses itens.

Del Rey 90 Leo09-96

Nessa época eu estudava na Escola Técnica Federal de São Paulo (atual CEFET) fazia colegial técnico em mecânica. Já comentei no outro PC como me sentia deslocado pois, enquanto meus colegas sonhavam com Escort, Voyage, Kadett e Gol, eu era apaixonado pelo Del Rey e queria um Maverick V8!

O tempo passou, fiz 18 anos, tirei minha CNH no final de 1996. Aí comecei a usar (e abusar) do pobre Del Rey. Percebi como o motor AP 1.8 era fraco pra aquela “barca”de 4,5 metros e 1,1 tonelada. O motor rendia somente 87 cv no Del Rey, alguns dizem que por conta do coletor de escape que ficou “estrangulado” no cofre. E tinha 14,28kgfm de torque…Um carro tão bom, bem acabado, estável pra um sedã (o Del Rey 1.8 tinha recebido amortecedores pressurizados, recalibragem das molas e barra estabilizadora mais grossa para 1990) e manco daquele jeito…Era vergonhoso, o carro andava junto com o Tipo 1.6 de um amigo…

Então me vieram na cabeça alguns upgrades: Botar um AP 2000? Injeção? A ideia era essa. Até me apareceu um Gol GTi 16v batido, o cara vendendo a mecânica barato, mas tive dó de fuçar num carro tão impecável e original como aquele. Na época ele ainda estava com uns 65.000 km e todo original de lata ainda…Pensei que se o motor abrisse o bico, eu pensaria em upgrade de mecânica. Sempre fui “old school”. Então, nada de turbo, mas motor! Sou adepto do Carrol Shelby, que dizia “There is no substitute for cubic inches” (não há substituto pra polegadas cúbicas/cilindrada). Com motor maior, você acaba tendo mais torque, mais potência e a mesma durabilidade. Era isso que eu queria. E a injeção eletrônica, pra melhorar a curva de torque e o consumo.

Lembro que li uma matéria na Revista Quatro Rodas na época que testava um Escort 91 montado com mecânica AP2000 e o resultado era bem superior ao 1.8 original. Fiz um paralelo com o Del Rey e pensei que um dia montaria o carro que a Ford deveria ter feito.

Por fim, um acidente em abril de 1997, botou meus planos por água abaixo. Bati o Del Rey de frente. O estrago não foi tão grande, mas o seguro deu perda total (pesquisei a placa dele recentemente e o carro está rodando, registrado em Pilar do Sul/SP).

Felizmente não me machuquei, mas o motorista do outro carro sim. Depois, levei uma batida na lateral da Pampa zero km que compramos e tinha 1 mês de uso e finalmente, em março/98 capotei um Santana que meu pai comprou em seguida. Foi a gota d´água. Tinha batido três carros em menos de um ano! Fiquei traumatizado e muito chateado com essas experiências e abandonei essa paixão por carros uns 2 anos.

O tempo passou e esqueci a ideia do Del Rey 2.0i.

Até que em 2011, o Ale, amigo meu que tem Maverick também, comprou um Del Rey para seu uso e locomoção diária. Maníaco por velocidade, frequentador de track days, ele não ia deixar o Del Rey rodar pacatamente pelas ruas de SP. Com a ajuda do fato que o motor original estava cansado e fumando, resolveu apimentar a relação com o “Reyzão”.

Comprou virabrequim e pistões do AP 2000, um comando de válvulas 049G, que saía de fábrica nos Gol GTS entre outros e começou com as maldades. Instalou a injeção eletrônica dos Versailles/Santana mais novos, com 4 bicos, mandou fazer um coletor de escapamento dimensionado e rebaixou o cabeçote. Refez o motor com folgas para poder usar óleo sintético, tudo visando performance e consumo de combustível. Programou a injeção para funcionar com álcool e colocou bicos injetores Magnetti Marelli especiais, trabalhados para performance também.

A ideia dele era parecida com a minha de 10 anos antes: Ter um daily driver confortável, econômico, não visado pelos “amigos do alheio” mas com desempenho atual. O Ale ia e voltava do trabalho, de Santo André/SP a São Paulo, diariamente no carro, que tinha inclusive ar condicionado.

Aí num desses dias, o Ale passou num cruzamento e foi abalroado na lateral por um ônibus! Disse que tentou até acelerar, mas o busão acertou a lateral da porta traseira pra trás, fazendo-o rodar. Ele então, catou os cacos que sobraram do carro e dirigiu (sim, o carro saiu rodando normalmente) até sua casa.

Nessa época ele já tinha comprado um Audi e tinha também o Maverick (também injetado e muito forte) então o Del Rey ficou largado na porta de sua casa. Até que resolveu arrumá-lo.

Conseguiu uma porta traseira esquerda nova e original, um para lama novo (que no fim era do Del Rey mais antigo…) e um funileiro de bairro que surpreendentemente fez um bom serviço, apesar de não ter pintado o carro. O Ale usou ele assim algumas vezes, mas acabou desanimando por ter muito a ser feito nele. Some-se a isso o fato de ele já ter outros 3 projetos em andamento (Maverick, Audi e um Santana) e um filho pequeno. Aí o encostou e decidiu desmanchar o pobre carro. Falou que toda vez que ia começar, aparecia alguma coisa e ele não conseguia. E também tinha dó do carro. Inconscientemente, também achava triste aquele veículo que lhe trouxe tanta diversão, acabar seus dias assim. E o Del Rey foi ficando parado e parado…

Nessa época eu tinha perdido um pouco o contato com ele, então acompanhei a história meio de longe. Até que em fevereiro de 2016, nos trombamos no encontro da loja “Autozone” aqui de SP, eu de Maverick e ele de Audi. Perguntei sobre o Del Rey e ele, com tristeza me contou que ainda estava parado, que estava tentando vender por um valor menor que havia investido em mecânica, mas mesmo assim, só um interessado, que ia cortar o carro pra carregar papelão. Contou também que chegou a comprar várias peças para restaurar o carro, como borrachão, frisos, polainas, mas desistiu no meio.

O fato de ser um Del Rey Ghia 90/90, 4 portas e completo, já raro no longínquo 1995, quando busquei por meses até achar um e com o bônus da mecânica 2.0i já montada, me instigou muito! Pensei por um minuto, aquilo era muita loucura! Eu já tinha o Maverick, ainda com bastante coisa a ser feita, o Explorer com os documentos atrasados e ia arrumar uma terceira dor de cabeça?? Minha mulher ia me botar pra fora de casa! Meus amigos iam querer me internar…

Pensei em oferecer o carro ao meu irmão. Sempre quis tocar um projeto com ele e lamento muito ele não ter podido participar mais da restauração do Maverick (mesmo tendo me ajudado demais na compra e importação de peças). Liguei pra ele e ele topou, com a condição que eu entrasse de sócio. Inicialmente eu tinha pensado no carro ser dele e eu só ajudar, mas topei.

Pedi fotos do carro pro Ale. Ele me enviou e parecia bem alinhado, apesar do aspecto de abandono. O interior estava encardido, mas os bancos inteiros, sem rasgos. Forrações de porta boas também. O painel estava trincado mas não faltava nada, porta luvas que é difícil achar inteiro, estava impecável. As rodas estavam perfeitas e com as dificílimas calotas centrais. Enfim, parecia ser um carro salvável.

Ele mandou lavar e me enviou mais umas fotos, que me animaram um pouco mais.

Ainda preocupado com o possível desalinhamento do carro por conta da batida, perguntei a outro amigo o que ele achava da compra e a resposta foi “por esse valor, eu compraria até se o carro andasse igual a um siri, de lado. Se você não comprar, eu compro”.Nesse dia, já comecei a mandar fotos do carro pra alguns amigos GearHeads e ele já ganhou seu apelido: HELL REY! Em parte, por ter uma aparência demoníaca, a la “Christine”, de um carro em escombros e outra por seu desempenho “from hell”. Comentei com o Ale sobre o apelido, ele riu e falou que na casa dele o carro era o “Del Hell”. Então algum sentido tem essa conexão.

Então pensei “what a hell”, marcamos do Ale trazer o carro aqui em casa e, se fosse o que eu esperava, fecharíamos negócio. Ele veio com o Del Rey à noite. Fechamos negócio e fui leva-lo até o metrô. No caminho, pude sentir o carro melhor. Ele andava bem, era rápido pra arrancar, chegava a ser até impressionante, ainda mais pra mim, que tinha me acostumado a dirigir o Del Rey original, manco daquele jeito. Mas ao mesmo tempo, comecei a sentir o tamanho da encrenca em que tinha me metido. Ele era tão bom de motor e câmbio, quanto ruim de freios. Não parava. O servo freio estava furado e foi desligado. Também tinha um rangido insuportável na suspensão, provavelmente das bieletas com buchas de PU instaladas pelo Ale e dava uns estralos que pensei serem problemas estruturais. O câmbio chacoalhava dentro da cabine e o carro tinha um aspecto horrível de abandono e sujeira. Em compensação, a parte elétrica (faróis, seta, buzina, luzes de freio) funcionava bem.

Nessa hora, bateu um arrependimento. Pensei que tinha jogado dinheiro no lixo mesmo….Me senti um idiota por ter comprado aquela tranqueira. Aí o Christian, aquele amigo de longa data, veio em casa ver o carro e percebendo que eu estava meio pra baixo, conseguiu achar uns pontos fortes no carro e me animar.

Por falar em amigos, eles me deram muito apoio na compra. O Rafael (negociante de carros) passou lá de “caveirão” (Honda Civic ano 2000 blindado que ele deve ter pago uns 1.000 reais) na minha rua com o Armani (já citado no PC292) pra ver o carro quando eu estava no trabalho. E até se dispôs a dormir ao lado dele, pra evitar furtos.

No dia seguinte, comentei com o Ale sobre os barulhos e ele me garantiu que o carro não tinha nenhum dano estrutural e que se tivesse, não teria problema em desfazer o negócio.

Então, pra matar a xarada, levei o carro pra uma lavagem completa, inclusive por baixo. Com ele no elevador, pude olhar melhor. A estrutura estava intacta, inclusive a pintura do assoalho por baixo, da suspensão, tudo em bom estado. Levei numa mecânica perto de casa, troquei o hidrovácuo e cilindro mestre por um Varga novo que eu tinha comprado pra Pampa uns 10 anos antes e não tinha usado, ele trocou uns coxins e os barulhos diminuíram 80%.

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O desempenho e a aparência dele eram assustadores. Era divertido de andar nele por aí! Teve até um “pega” de farol a farol com uma Mercedes dessas sedã, mais novas, que eu queria ter filmado. O cara da Mercedes parou do meu lado no semáforo e ficou adiantando o carro, esperando ele abrir, pois tinha um carro parado em fila dupla alguns metros à frente e ele teria que me cortar pra desviar. Quando o farol abriu, ele acelerou a Mercedes achando que entraria facilmente na frente daquele carro velho e pra sua surpresa, o Del Rey saiu destracionando e emparelhado com a Mercedes. Ele teve que tirar o pé e entrar depois de mim. O cara estava com a namorada no carro, ficou chato pra ele, heheheh…

Mas a ideia era restaurar logo. Mandei umas fotos do Del Rey pro Marcio, da oficina “Garage 236”, que fez o milagre da ressurreição do meu Maverick e após uma negociação de valores, ele topou a parada.

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Então, alguns dias depois, encostei lá pra fazer o serviço e o resultado, vocês vão ver no próximo post! Até mais, FlatOuters!

Por Leo di Salvio, Project Cars #431

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