Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazer a assinatura de um dos planos abaixo. Além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!
Fábrica capixaba Lecar fecha contrato para comprar motores Renault
O sucesso da Tesla abriu caminho para um milhão de Startups mundo afora desejando repetir a história, ou pelo menos, pegar uma carona nela. O início do automóvel, principalmente nos EUA, foi igual até os anos 1920; várias pessoas seriamente interessadas no automóvel como Ford, Packard, Chevrolet por um lado; do outro toda sorte de charlatões e gente querendo pegar um pouco do dinheiro de investimento circulando no assunto. Outros, apenas capitalistas consolidadores que criaram empresas como a chamada “General Motors”, a “motores gerais”. Hoje acontece o mesmo com híbridos e elétricos mundo afora, no rastro da Tesla.
Qual dessas será a Lecar, nova startup brasileira que pretende fazer um híbrido para nosso mercado? Não sabemos ainda. O que sabemos dela na verdade é pouco, mas esta semana parece ter dado um passo adiante em sua credibilidade, com o fechamento de um importante contrato de fornecimento de motores.
Diz a Autocar inglesa: “A startup brasileira Lecar será a primeira fabricante de automóveis a usar um trem de força fornecido pela Horse, a joint venture entre a Renault e a Geely. A Horse, sediada no Reino Unido, anunciada em julho passado e oficialmente formada em maio, pretende se tornar a “líder global em trem de força”, com uma meta de construir cerca de cinco milhões de powertrains a gasolina, diesel e híbridos por ano para fabricantes de automóveis, incluindo Nissan e Volvo.”
A Horse é uma boa ideia da Renault: num mundo onde todo mundo faz motores para todos os efeitos iguais, do tricilíndrico 1.0 Turbo ao redor de 120 cv até o V8 biturbo de 4 litros e até 700 cv, faz sentido uma empresa vender esses motores como pacotes de potência prontos, para quem quiser comprar, reduzindo gastos inúteis. Triste, eu sei, mas olhando a realidade de hoje, totalmente lógico, e com grandes chances de sucesso.
O Lecar brasileiro então é o primeiro contrato da Horse. No site da empresa pode-se ver alguns detalhes do carro em questão, o Lecar 459 Híbrido. Ela promete que será lançado em agosto de 2026, e você já pode entrar numa lista de espera dele, que custará para os clientes nesta lista exatos R$ 147.900. O carro, que parece mesmo um Tesla de férias no Brasil, terá 163 cv, fará 0-100 km/h em 10,9 segundos e a autonomia declarada é de 1000 km.
A Autocar explica mais do powerrtrain comprado da Horse: “O Lecar 459 Híbrido usará um sistema de range extender centralizado no motor a gasolina HR10 de três cilindros e 1,0 litro da Horse. Semelhante ao funcionamento do sistema e-Power da Nissan, o motor alimenta um gerador de bordo que fornece carga para uma bateria que envia energia para motores elétricos.” Dessa forma, deve ser um híbrido plug-in, cujo motor a gasolina não aciona as rodas, só um gerador. A Lecar promete garantia de 10 anos para as baterias.
O contrato parece sério: a Horse fornecerá anualmente à Lecar 12.000 unidades, produzidas na fábrica Renault em Curitiba. Matias Giannini, CEO da empresa controladora da Horse, Horse Powertrain, disse para a Autocar: “Para a Horse, este é um primeiro passo monumental para fornecer motores de combustão para range extenders de veículos de passeio. Este acordo sinaliza nosso compromisso com o Brasil, um dos mercados automotivos mais empolgantes do mundo.”
A fábrica da Lecar está localizada no município de Sooretama, no Espírito Santo, a 119 km da capital, Vitória, literalmente no meio do nada. Será que teremos uma Tesla híbrida brasileira? Veremos. (MAO)
Ford revela detalhes do Mustang GTD
O leitor do FlatOut certamente se lembra do Mustang GTD, um incrível carro de competição escondido numa carroceria de Mustang, lançado pela Ford mais ou menos um ano atrás. No lançamento, a Ford dizia que o carro teria “mais de 800 cv e limite de giro de 7500 rpm.” Bom, agora sabemos o quanto mais: a Ford divulgou os detalhes técnicos do carro.
O motor V-8 de 5,2 litros com supercharger do Mustang GTD fornece 815 hp, ou 826 cv, e um torque de 91,8 mkgf. É o Mustang de produção mais potente de todos os tempos. E é um motor de nada menos que 159 cv/litro, o que mostra que os americanos estão no mesmo nível de qualquer marca exótica europeia.
Os engenheiros da Ford atingiram esses números impressionantes de potência instalando uma polia de supercharger menor e revisando a admissão e o escapamento. O motor também apresenta um sistema de cárter seco, uma novidade para o Mustang, que permite um motor mais baixo, e limite de giro de 7.650 rpm.
A Ford mantém o peso geral do carro relativamente baixo: 1482 kg. Isso foi possível graças ao uso de fibra de carbono, que é encontrada no splitter dianteiro, capô, para-lamas, soleiras das portas, teto, tampa do porta-malas e difusor traseiro.
A Ford diz também que este peso é dividido 50/50% entre os eixos, graças ao transeixo de dupla embreagem e oito velocidades montado na traseira. Um eixo de transmissão de fibra de carbono transfere a potência do motor V-8 para ele. A suspensão é totalmente desenhada como num carro de competição, independente por longos braços nas quatro rodas, e com coilovers acionados por pushrods na traseira. A velocidade máxima também foi divulgada: 325 km/h. Barrabás.
A Ford não revelou quantos Mustang GTD fará, mas diz que recebeu mais de 7.500 inscrições de compradores interessados, em apenas 37 dias. O preço do carro começa em US$ 325.000 (R$ 1.787.500) nos EUA. (MAO)
Conheça o Lotus Theory 1
Conforme prometido com um teaser semana passada, a Lotus mostrou o novo Theory 1. Para surpresa de ninguém, é mais um supercarro elétrico da empresa, agora mais chinesa que inglesa. Tem 1000 cv (incrivelmente, totalmente esperado hoje em dia), tração nas quatro rodas e “objetivo de projeto” de 3500 lb de peso, ou 1587 kg.
O objetivo de peso menor é uma boa notícia aqui, talvez. O Theory 1 foi criado para “representar o futuro esquema de design da Lotus”. Dizem que é inspirado no Esprit, no perfil de cunha principalmente, e os faróis finos são em forma de bumerangue. Há um formato de cabine avançada que remete ao design do motor central do Esprit, mas parece que só isso lembra o carro anterior.
O carro tem portas que abrem girando para trás e para cima, inverso das portas diedrais da Koenigsegg. O carro tem também três lugares: um banco central avançado para o motorista e um banco de cada lado para os passageiros, não muito diferente da configuração do McLaren F1. Dentro, os botões do painel são “on-demand”, formados por meio do que é descrito como um “tecido reativo” que ocupa superfícies ao longo da cabine; mostra botões quando são necessários e depois eles desaparecem quando não são.
A bateria é de 70,0 quilowatts-hora, e a Lotus espera autonomia de 400 km. O 0-100 km/h é calculado em menos de 2,5 segundos, e a velocidade máxima é de 321 km/h. A Lotus chama atenção ao fato de que o carro pesa 300 kg a menos que o Evija de 2000 cv. A ideia é demonstrar que continua com foco em leveza. Ok, entendido Lotus. Mas ainda não é exatamente isso que esperamos de você. Mas enfim, pelo menos é uma tentativa de acenar que não esqueceu o que é. Não uma especialmente boa, mas ok. (MAO)
Conheça a Ford Ranger híbrida
A Ford lançou na Europa o Ranger PHEV, durante o IAA Transportation Show de 2024 na Alemanha. A versão híbrida do Ranger promete mais torque que o V6 biturbo da Raptor.
A picape vem com um EcoBoost a gasolina de 2,3 litros turboalimentado e transmissão automática de 10 velocidades. O sistema híbrido plug-in adiciona um motor elétrico de 75,0 quilowatts e uma bateria de íons de lítio, oferecendo uma capacidade utilizável de 11,8 quilowatts-hora. No total são 275 cv e 70,4 mkgf.
Este torque é maior que o de qualquer outro Ranger: o Raptor topo de linha tem 50 mkgf na Europa e 59,5 mkgf nos EUA. A V6 turbodiesel tem 61,2 mkgf. O que faz a picape híbrida realmente interessante.
A Ford diz que as baterias da picape levam menos de quatro horas para carregar totalmente. Em modo 100% elétrico, a picape é capaz de rodar 45 km no ciclo WLPT. Essa bateria pode abastecer ferramentas elétricas por meio de um Pro Power Onboard padrão de 2,3 kW. Por um custo adicional, uma opção de 6,9 kW será oferecida com tomadas duplas de 3,45 kW na caçamba.
A versão Stormtrak é generosamente equipada com faróis de LED de matriz, uma câmera de 360 graus e um sistema de som da grife Bang & Olufsen de 10 alto-falantes. Vem também com rodas de 18 polegadas e um rack. Preço e disponibilidade ainda não foram divulgados. (MAO)