os carros norte americanos da decada de 1950 sempre tiveram fama de opulentos porque bem eles eram enquanto os europeus ja apostavam na mobilidade pratica compacta e economica os norte americanos ainda encaravam o automovel como simbolo de status e sucesso na vida quanto maior seu carro quanto mais cromados ele tivesse por fora e por dentro e quanto mais polegadas cubicas deslocasse seu motor melhor as proprias propagandas dos carros refletiam esta forma de enxerga los os personagens eram sempre pessoas bonitas bem vestidas e perceptivelmente bem sucedidas e os carros eram quase acessorios era natural que isto ocorresse depois da segunda guerra mundial que terminou em 1945 a economia dos eua floresceu a gasolina era barata e o poder de compra da populaçao alto quem havia perdido a guerra estava do outro lado do atlantico afinal eram eles quem precisavam economizar neste cenario duas das tres grandes de detroit possuiam divisoes dedicadas aos carros de luxo a gm tinha a cadillac e carros com o eldorado mostravam que eles entendiam do assunto a ford por sua vez tinha a lincoln e o seu emblematico continental o que a chrysler tinha o caso e que a chrysler nao tinha sua propria divisao de luxo mas a fabricante tinha um carro de luxo o imperial seu modelo de topo desde os anos 1920 em 1955 porem isto mudou o chrysler imperial foi lançado em 1926 e ja nasceu com a mira apontada para as fabricantes de luxo no entanto walter p chrysler presidente e fundador da empresa decidiu por manter a marca chrysler a fim de preservar a identidade [gallery type= grid columns= 2 link= file size= medium ids= 240226 240227 ] o chrysler imperial tinha o maior e mais potente motor da linha um seis cilindros de 4 7 litros e 100 cv e era oferecido em diversas opçoes de carroceria esta receita foi seguida pela segunda geraçao produzida entre 1931 e 1933 na terceira geraçao lançada em 1934 o chrysler imperial adotou uma inovadora carroceria aerodinamica com para lamas bem integrados ao restante da carroceria ele foi um dos primeiros automoveis produzidos em serie a demonstrar preocupaçao com o fluxo de ar sobre a carroceria em movimento como forma de melhorar seu desempenho e reduzir o consumo de combustivel [gallery type= grid link= file size= medium ids= 240231 240230 240229 ] o motor era um oito em linha com cabeçote do tipo l com as valvulas na lateral do bloco e potencia na casa dos 150 cv na quarta e na quinta geraçoes lançadas em 1940 e 1948 respectivamente o imperial cresceu bastante tornando se uma limousine de sete lugares com quase seis metros de comprimento e entre eixos de impressionantes 3 7 metros o capo bem comprido escondia um oito em linha de 5 3 litros e 135 cv e incrivel pensar que um carro tao grande e caro tinha a mesma potencia de um seda medio atual ou menos mas as coisas eram assim [gallery type= grid columns= 2 link= file size= medium ids= 240232 240233 ] a sexta geraçao do chrysler imperial de 1949 foi a ultima antes de o nome ser transformado em marca o carro ficou menor e ganhou um desenho mais simples mas nem por isto era menos refinado novamente passaram a ser oferecidos diferentes tipos de carroceria como limousine cupe e conversivel; e pela primeira vez o imperial podia ser equipado com um motor v8 [gallery type= grid link= file size= medium ids= 240234 240237 240236 ] recursos inovadores eram os freios a disco nas quatro rodas que estao entre os primeiros a serem instalados em um automovel produzido em serie como se nao bastasse em 1953 a chrysler foi a primeira a oferecer no imperial um sistema de ar condicionado criado especificamente para automoveis foi em 1955 que a chrysler decidiu dar um passo alem e separar a marca imperial do restante de seu portifolio de modo a competir de forma mais direta com os lincoln e cadillac no fim de 1954 a chrysler enviou memorandos a todas as despachantes dos estados unidos informando que a partir de 1955 o imperial nao deveria mais ser registrado como chrysler entao foi contratado o projetista virgil exner que ficou encarregado de criar uma identidade visual totalmente diferente para o imperial um design mais horizontal que abandonou de vez os para lamas protuberantes que ainda eram vistos ate 1954 a ideia era oferecer um produto mais exclusivo que nao aparentasse ligaçao com o restante dos modelos o imperial usava o mesmo chassi dos outros modelos grandes da chrysler porem com entre eixos 102 mm mais longo chegando aos 3 302 mm a fim de aumentar o espaço para as pernas dos ocupantes do banco traseiro a dianteira tinha a grade bipartia com elementos internos cromados e as lanternas ficavam destacadas dos para lamas traseiros em um desenho que ficou conhecido como gunsight por lembrar a mira de uma arma de fogo havia tres versoes de carroceria disponiveis cupe hardtop sem colunas e seda de quatro portas com colunas ambos dividindo o codigo c 69 e uma limousine codigo c 70 o motor era o v8 firepower que foi o primeiro motor hemi da chrysler inicialmente com 5 4 litros e 250 cv acoplado a transmissao automatica torqueflite de tres marchas a partir de 1956 o cambio powerflite de duas marchas com trocas por botoes foi oferecido como opcional algo inedito ate o momento alem disso naquele ano o motor passou a deslocar 5 8 litros para entregar 280 cv em 1957 para distingui lo ainda mais dos outros chrysler o imperial ganhou uma plataforma exclusiva que tornou o carro maior em todas as dimensoes mas especialmente na largura de acordo com os dados oficiais o imperial tinha 1 62 m de espaço para os ombros dos ocupantes dianteiros alem de 1 57 m para quem ia atras o design era uma evoluçao do que se via nos imperial anteriores porem mais imponente e agressivo quase exagerado tome por exemplo o para choque dianteiro de dois andares a grade que tomava quase toda a area dianteira e as barbatanas traseiras ainda bastante pronunciadas eram oferecidas tres opçoes de carroceria seda de quatro portas conversivel de duas portas e hardtop de duas ou quatro portas o motor continuava sendo o firepower/hemi porem com 6 4 litros e 325 cv e cambio automatico de tres marchas em 1959 foi adotado o motor v8 wedge de 6 8 litros que apesar do maior deslocamento era mais 45 kg mais leve que o hemi; custava mais barato; e ainda era mais potente entregando entre 345 cv e 395 cv dependendo da taxa de compressao 10 1 ou 10 1 1 e dos carburadores escolhidos em 1965 o deslocamento foi ampliado para 7 2 litros o que era uma maneira aceitavel de melhorar o rendimento em baixas rotaçoes quando o consumo de combustivel nao era problema a segunda geraçao do imperial foi a mais longeva sendo fabricada ate 1966 com a mesma plataforma e mudanças anuais na carroceria virgil exner contudo nao era famoso por ser discreto e isto ficava claro cada novo imperial apresentado era mais extravagante que o outro foi assim ate 1960 quando o o ex projetista da ford elwood engel foi contratado pela chrysler engel havia cunhado as linhas do lincoln continental da epoca um dos rivais do imperial ao lado do cadillac eldorado o estilo de engel era mais comedido e ele foi o responsavel por frear a criatividade de exner ate 1962 quando tomou seu lugar como designer chefe a partir de 1964 o imperial começou a adotar formas mais retilineas limpas e elegantes a mudança foi radical e sequer parecia que a plataforma nao havia mudado esta tendencia se tornou a norma em 1967 quando foi lançada a terceira geraçao na verdade o novo imperial era muito parecido com o lincoln continental era mesmo esta a ideia e havia um motivo o imperial nao era o sucesso de vendas que a chrysler esperava longe disso em media o chrysler vendia anualmente menos de 1/3 do que os concorrentes da cadillac e da lincoln alem do desenho mais discreto por dentro e por fora o novo imperial tomava medidas para ficar mais pratico como a eliminaçao das trocas de marcha por botoes em favor da boa e velha alavanca na coluna e mais como os demais chrysler de 1967 o imperial adotava agora construçao monobloco ainda que a mecanica fosse a mesma com o motor wedge de 395 cv e transmissao torqueflite [gallery type= grid columns= 2 link= file size= medium ids= 240213 240212 ] esta geraçao porem durou pouco sendo vendida somente em 1967 e 1968 com numeros baixos a chrysler percebeu que nao poderia mais dedicar tantos recursos financeiros na fabricaçao de um carro tao exclusivo por conta disto a quarta geraçao lançada em 1969 dividia alguns elementos com outros chrysler como as janelas e o teto do newport era a primeira vez que o imperial pegava algo emprestado de outro carro o estilo era convencional com o para choque em dianteiro integral os farois ocultos atras das grades e o perfil de fuselagem que era comum a outros mopar de 1969 como o dodge charger o motor nao mudou na verdade o wedge de 7 2 litros com cambio torqueflite acompanhou o imperial ate o fim de sua vida exceto que em 1973 a potencia divulgada passou a ser a liquida com isto em vez de 395 cv o imperial dispunha de 225 cv em 1970 o nome chrysler imperial voltou a ser usado tarde demais para falar a verdade o grande problema do imperial foi justamente a separaçao da marca ela foi incompleta por assim dizer em vez de inaugurar uma rede de concessionarias exclusiva para a imperial dando a ela o mesmo status que a cadillac tinha dentro da gm e a lincoln na ford a chrysler simplesmente vendia o imperial no mesmo showroom que os outros carros com isto aos olhos do publico o carro era mesmo o chrysler imperial como havia sido desde 1926 e isto pode ter atrapalhado nas vendas [gallery type= grid link= file size= medium ids= 240220 240219 240218 ] o golpe de misericordia veio em 1974 com a chegada da quarta e ultima geraçao o imperial perdeu os paineis de carroceria exclusivos que lhe haviam restado e passou a ser um chrysler new yorker rebatizado nao muito diferente do que a dodge fez no brasil com o dart que tambem virou charger magnum e lebaron a diferença e que no nosso caso a estrategia deu certo para o imperial foi uma morte lenta e um tanto embaraçosa porque o plano da chrysler era simplesmente ir diminuindo a oferta ate desaparecer sorrateiramente com o imperial e foi assim que ele acabou houve um breve revival do imperial em 1981 porem naquele ano foi lançado um personal luxury car com carroceria quadrada e motor v8 318 da familia la coincidentemente uma evoluçao do motor 318 dos dodge brasileiros com injeçao eletronica e 140 cv acoplado a uma caixa automatica de tres marchas inicialmente cotado para se chamar chrysler lascala no ultimo minuto ele foi batizado imperial sem o chrysler e novamente ele era vendido ao lado dos outros modelos o que nao deu muito certo apenas 12 385 exemplares foram produzidos entre 1981 e 1983 uma segunda volta aconteceu entre 1990 e 1993 novamente com o nome chrysler imperial feito sobre a plataforma y da chrysler com traçao dianteira e motor v6 de 3 8 litros e 150cv o imperial da decada de 1990 tambem tinha a missao de ser o topo de linha da fabricante ainda que de forma provisoria sendo descontinuado em 1983 para dar lugar ao chrysler lhs
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