Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazê-lo: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!
Conheça o Koenigsegg Sadair’s Spear
Não é um novo carro como anunciado recentemente; está mais para um novo sabor para o conhecido prato do restaurante Koenigsegg, aquele que atende pelo nome de Jesko. Mas isso não quer dizer que a notícia é má; pelo contrário. É o mais radical dos Jesko: o Koenigsegg Sadair’s Spear.
O nome, como parece ser a nova mania neste mundo hedonista, é autorreferencial: o pai do aristocrata entusiasta e carequinha que fundou a marca, Christian Von Koenigsegg, se chamava Jesko. Jesko Von Koenigsegg era apaixonado por cavalos, e o seu último cavalo se chamava Sadair’s Spear. Beleza: esperando ansiosamente conhecer a história toda de mais algumas gerações de nobres suecos por meio dos carros de Christian.
Mas enfim, o que interessa aqui mesmo é o carro, e ele parece bem interessante. O novo Sadair’s Spear é essencialmente uma versão mais radical do Jesko Attack. O pacote aerodinâmico ainda mais agressivo, destacado por uma asa traseira ativa de lâmina dupla. A Koenigsegg também ampliou a traseira do hipercarro para melhorar o fluxo de ar e redesenhou as entradas de ar para melhorar o resfriamento.
O motor continua o mesmo V-8 biturbo de 5,0 litros, agora ajustado para produzir 20 cavalos de potência extras, totalizando 1.300 cv. Use E85 e a potência aumenta para impressionantes 1.625 cv.
A empresa também reduziu o peso do carro em 35 kg, removendo parte do isolamento acústico e instalando peças internas e mecânicas mais leves. O carro pesa agora, a seco, 1.365 kg. As rodas agora são feitas de fibra de carbono. O tempo de volta do Jesko Attack no Gotland Ring foi melhorado em 1,1 segundo, com todas essas melhorias, segundo a Koenigsegg.
Os pneus são mais largos do que nunca, medindo 275/35/20 na dianteira e 335/30/21 na traseira. São de grife Michelin Pilot Cup 2, e os compradores podem optar por um conjunto Cup 2 R ainda mais aderente. Os freios de carbono-cerâmica foram aprimorados com pastilhas melhores para maior poder de frenagem.
No interior, o carro pode ser equipado opcionalmente com cintos de segurança de seis pontos em alguns mercados. Imagina-se que seja significativamente mais barulhento agora, tendo perdido 2,5 kg de material de isolamento acústico como parte da redução de peso. Ainda assim, o automóvel ainda oferece confortos como carregamento sem fio para smartphones e conectividade USB.
Se a gente gostou ou não gostou, não importa. O anúncio é só para contar que todos os 30 carros que vão ser feitos já tem encomenda. Sim, o carro foi mostrado para os clientes da marca antes, e esses já fizeram depósitos. Tem, mas acabou. Preço? Não divulgado, claro, mas se espalha a boca miúda que cada um não sai por menos de quatro milhões de dólares. Santas lanças árabes, Batman! (MAO)
Conheça o novo supersedã elétrico AMG
A Mercedes-AMG revelou ontem o GT XX Concept, um supersedã de 1.340 cv capaz de, pasme, 360 km/h. Parece ser a prévia do primeiro veículo elétrico de produção da AMG, que será revelado no próximo ano. Se a AMG conseguir cumprir suas promessas, este carro deverá ser um rival para o Tesla Plaid, Lucid Air Sapphire e o Porsche Taycan Turbo GT. Um mercado concorridíssimo, mas com poucas vendas de verdade.
O design deve nos fazer lembrar do C111 dos anos 1970; inclusive na característica cor laranja. Mas as críticas já começaram: uma delas o comparou a um bagre assustado. No que acrescentaria: que usa baton neon de noite.
Mas chega de veneno. A AMG declara coeficiente de arrasto de 0,198, um feito impressionante para um carro com pneus largos e espelhos retrovisores laterais. Aerodinâmica é voga nesta faixa; o Lucid Air por exemplo é hoje o carro mais aerodinâmico do mundo, com Cx de 0,197.
A AMG usa criativas calotas aerodinâmicas “inteligentes” para ajudar a conseguir este coeficiente. Cinco painéis de fibra de carbono se movem para fora e se retraem eletricamente conforme necessário para o resfriamento dos freios ou baixo arrasto. O mais legal é que, segundo a AMG, o sistema não consome energia da bateria: os seus motores elétricos funcionam com energia cinética do movimento das rodas para a frente. Mas são mais pesadas que rodas normais; a Mercedes diz um ou dois kg a mais.
O GT XX funciona com uma arquitetura de 800 volts e, como é conceito ainda, usa uma bateria de alta tecnologia que pode carregar a 850 kW no que a AMG chama de “ampla faixa” da curva de carregamento do carro. Isso é suficiente, afirma a empresa, para adicionar quase 400 km de autonomia em cerca de cinco minutos, o que seria sensacional.
Há duas “unidades de tração elétrica (EDUs)” contendo um total de três motores elétricos de fluxo axial: dois na traseira e um na dianteira, e, portanto, tração integral. A potência total é de impressionantes 1.340 cv. Mas à esta altura, estamos acostumados: o Lucid Air Sapphire tem 1.234 e o Xiaomi SU7 Ultra, 1.548.
Esses motores elétricos são firmemente integrados às unidades de controle de tração (EDUs), cada uma com seu próprio conjunto de engrenagens planetárias e inversor arrefecido à líquido. Os motores e conjuntos de engrenagens em si são arrefecidos a óleo. A EDU traseira é a principal fonte de energia, enquanto a dianteira se desacopla durante a marcha lenta e em velocidade constante para otimizar a eficiência. A AMG afirma que as células de bateria cilíndricas com resfriamento direto do GT XX — um design cujo fornecedor não foi revelado — melhoram o gerenciamento de calor e permite até uso em pista otimizado.
Há uma trilha sonora simulada. O CEO da AMG, Michael Schiebe chamou o carro de “o melhor V-8 que já desenvolvemos”, o que nos faz rir, e não de uma forma boa. Alto-falantes duplos integrados às caixas dos faróis geram som de V8, e as próprias caixas canalizam o som para todo o carro. A gente não reclamou do fim do V8 AMG iminente? Seus pobrema se acabaram-se!
O clipe promocional da AMG e a presença de borboletas atrás do volante indicam trocas simuladas também. O Sony PlayStation 10 Plus GT XX faz de tudo para simular um carro de verdade, aparentemente.
Se você então quer um sedã elétrico potente e moderno como um Lucid ou Tesla, mas com uma marca de mais peso, cara de carro conceito dos anos 1970 e barulho simulado de V8, aqui está ele. Mas se a gente fosse apostar, diriamos que não existem muitos de você. O novo sedã AMG em versão de produção deve aparecer em um ano, aproximadamente. (MAO)
O novo Nissan Armada… Nismo?
OK, isto que vamos mostrar agora é uma aberração, uma mutação genética que nem o infame Dr Moreau conseguiria imaginar. Um Nissan Armada Nismo. Trata-se do caixote mais estranho e bizarro deste lado de uma Escalade-V. Chega a ser engraçado essa coisa quadrada vestida de esportivo.
O Nissan Armada Nismo estreia nos EUA com um visual e esquema de cor que lembra imediatamente o Nissan Z Nismo. E olha só, tem um motor parecido, V6 biturbo. Também vem com suspensão e acerto “esportivo”. Há para-choques dianteiro e traseiro exclusivos, além de saias laterais especiais e uma nova tampa traseira, todos com detalhes em vermelho, típicos de qualquer produto Nismo moderno. Há também um esquema de cores exclusivo em dois tons, Cinza Stealth, alargadores de para-lamas, um difusor, um spoiler traseiro e um conjunto de enormes rodas de 22 polegadas.
Pode um monstro desses, com dois metros de altura e largura e mais de cinco metros de comprimento, um tijolão quadrado e imenso de 2800 kg, ser esportivo? Claro que não. Mas a imagem disso parece que precisa aparecer.
Há potência, claro, para quem acha que isso faz esportivo. É o mesmo V-6 biturbo de 3,5 litros do Armada normal, mas recalibrado para 460 cv, um aumento de 35 pôneis. A potência extra se deve a uma programação revisada do motor, um novo sistema de escapamento e “um ajuste fino e cuidadoso da folga das válvulas”, de acordo com a Nissan. Como em todos os outros Armadas, a potência é enviada às quatro rodas por meio de uma transmissão automática de nove marchas e um sistema de tração integral permanente.
Para completar o pacote, a Nissan oferece ao Armada Nismo relação mais direta na direção elétrica por pinhão e cremalheira; suspensão a ar adaptável revisada para melhorar a dirigibilidade e a resposta. E, olha só, rodas de liga leve forjadas com pneu de alto desempenho. Parece que a ideia, olhando as fotos de divulgação, é fazer conjuntinho combinandinho, com um Z Nismo no reboque para ir para a pista. Ainda que o motivo de não ir para a pista com o Z rodando, nos escape. Para que complicar algo fácil?
A Nissan ainda não revelou o preço do Armada Nismo 2026, mas não deve ficar longe do topo de linha de hoje, a versão Pro-4X voltada para o off-road, que começa em US$ 75.750 (R$ 420.658). (MAO)
Ford Everest na Argentina
A Argentina acaba de ganhar mais um carro interessante que não temos aqui: o Ford Everest, a versão SUV da picape Ranger. Já disponível na Ásia, África e Oceania, agora está no país vizinho também.
O carro, estranhamente, não tem opção diesel na Argentina. Chega importado da Tailândia, e vem equipado com um motor quatro em linha de 2,3 litros turbo, com nada menos que 300 cv e 45,5 mkgf. A transmissão é automática de 10 marchas, e a tração é 4×4 selecionável e reduzida. Como a Ranger, roda em cima de um chassi separado. Mede 4914 mm num entre-eixos de 2900 mm, e pesa em ordem de marcha 2450 kg.
O carro chega só na versão topo de linha Titanium, com enorme tela multimédia, teto de vidro, e tudo mais. Tem também sete lugares. É um concorrente direto da Hilux SW4 e da Trailblazer; mas estas hoje são só diesel, na Argentina e aqui no Brasil.
Virá ao Brasil esta nova perua? Difícil saber; talvez se for produzida na Argentina junto com a picape, em uma fase mais adiante, ainda que a empresa não confirme ainda isso. O Everest já compartilha do mesmo, chassi, transmissão e vários componentes com a picape já fabricada por lá, faltaria apenas o motor a diesel. A picape hoje dispõe das opções 2.0 ou 3.0 V6, ambas turbodiesel. A perua custa o equivalente à 375 mil reais, no país vizinho. (MAO)