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BMW terá mais três novidades neste ano no Brasil
Depois de apresentar a nova geração do X3 M50, a BMW ainda prepara outras três lançamentos para a segunda metade do ano: o Série 2 Gran Coupé reestilizado, o retorno do Série 1 com foco em performance e, como trunfo ambiental (e fiscal), uma nova versão híbrida plug-in do próprio X3, agora xDrive 30e.
O primeiro a desembarcar por aqui será o Série 2 Gran Coupé renovado. A estreia está marcada para julho e deve acontecer com duas versões: a de entrada 220 (igual à tensão da rede elétrica, sem o i no final) e a esportiva M235 xDrive.
A 220 traz um conjunto híbrido leve: motor 1.5 turbo de três cilindros e um elétrico auxiliar que geram juntos 170 cv. Já o 110, digo, o M235 xDrive entra com um 2.0 turbo de 300 cv e 40,7 kgfm, câmbio de dupla embreagem e tração nas quatro. A aceleração de 0 a 100 km/h é cumprida em 4,9 segundos – o suficiente para incomodar muito sedã médio com badge “esportivo”. O preço do 220 deve ultrapassar os R$ 320 mil.
Depois, para quem achava que os hatches médios estavam mortos, a BMW prova que não, mas com ressalvas: o Série 1 vem só na versão esportiva M135i xDrive. Usando a mesma base do M235, com o mesmo 2.0 turbo de 300 cv e tração integral, o hatch acelera de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos, uma diferença em relação ao sedã que ninguém vai ver na prática.
Com os hot hatches cada vez mais escassos, o M135 não quer ser um best-seller, mas um chamariz de imagem para o entusiasta premium. E talvez sirva de antídoto ao tédio dos SUVs. Preço? Na casa dos R$ 500.000, para bater de frente com o AMG A35.
Por último, previsto para chegar entre outubro e novembro, o X3 irá ganhar uma versão mais acessível que o M50. O xDrive 30e é a aposta para fisgar o público premium que quer (ou precisa) de um híbrido plug-in. O conjunto combina o já conhecido 2.0 turbo de quatro cilindros com um motor elétrico para entregar 299 cv e quase 46 kgfm de torque, sempre com tração integral e câmbio ZF de oito marchas.
A bateria, de 19,7 kWh, garante autonomia elétrica de até 90 km no ciclo WLTP – mas o número certamente cairá no ciclo Inmetro. A produção continua nos EUA, mas há uma chance concreta de nacionalização em Araquari, onde o X5 PHEV já está no radar. Preço? A BMW não confirma, mas espere algo na faixa dos R$ 500.000. (Leo Contesini)
Ram terá picape média no Brasil

Você pode até achar que o mercado de picapes médias está saturado, mas a Ram discorda — e está preparando sua concorrente no segmento. Depois de se consolidar com modelos full-size e a Rampage na entrada, a marca prepara uma picape média inédita para brigar com Ranger, S10, Hilux e Frontier.
Se você se pergunta qual a plataforma desta nova picape, lembre-se que a Stellantis já tem uma picape média no mercado. Sim, a nova Ram será uma parente próxima da Titano/Landtrek — sua base será a Changan Hunter, uma derivação da Kaicene F70, que deu origem à picape Fiat/Peugeot.
Claro, sendo uma Ram, ela não será um mero exercício de “engenharia de emblema”, assim como a Rampage não é meramente uma Toro retocada, e sim um carro novo projetado sobre a mesma plataforma. A Ram, afinal, tem uma imagem de marca a zelar, uma vez que tudo o que ela faz são estas picapes.
Por isso, ela não será uma mera alternativa à Titano — e também por isso a Titano foi renovada com foco no uso prático com um toque de conforto, e não como uma picape tecnológica. Isso será reservado para Ram, que terá os elementos estéticos característicos da marca, painel com visual flutuante, acabamento mais refinado, bancos com costuras aparentes e duas telas digitais de 12 polegadas formando o quadro de instrumentos integrado com o sistema de controle e multimídia.
Algumas apurações, como a do pessoal da revista Autoesporte, apostam na mesma carroceria da Changan Hunter, com a troca apenas da dianteira para o estilo da Ram. Considerando que a marca só fez isso na Fiat Strada e na Mercedes Sprinter até hoje, eu apostaria em algo um pouco mais extenso. Talvez não com chapas externas completamente novas, mas ao menos lanternas traseiras exclusivas, e, talvez, uma tampa de caçamba com identidade própria para não parecer “uma picape chinesa fantasiada de Ram”, como poderia dizer um crítico mais desdenhoso. Estes dois elementos, aliás, já são perceptíveis no flagra feito pelos picapeiros do @BFMS.
Por dentro, ela deverá ter a mesmíssima cabine da Hunter, o que é um ponto negativo para a Ram e uma força para os críticos menos chegados a esse tipo de adaptação. O pessoal do Autos Segredos, que é sempre certeiro em relação aos segredos da Stellantis, diz que toda a cabine será trazida da Changan, embora eu aposte também na mudança dos bancos para usar o padrão de revestimento típico da Ram. Eles fizeram isso na Rampage, devem fazer o mesmo nesta nova picape.
Note, aliás, que eu ainda não mencionei o nome dela, porque… não há. Ao menos não de forma oficial. As apostas apontam o nome Ram 1200 — um nome que já vem circulando há alguns anos, antes mesmo da Rampage. É simples, direto e alinhado com os 1500, 2500 e 3500.
Sob o capô veremos o mesmo 2.2 turbodiesel da Rampage e Titano, com 200 cv e quase 46 kgfm, acoplado a um câmbio automático de oito marchas. Freios a disco nas quatro rodas, tração 4×4 sob demanda e pacote ADAS atualizado também entram no pacote.
A Stellantis não confirma, mas pelo estágio do protótipo o lançamento pode acontecer já em 2026, talvez no segundo semestre. (Leo Contesini)
Lamborghini deve lançar “Fenomeno” em Pebble Beach

Todo mês de agosto é mês daquele famoso festival de carros luxuosos e caros que é o Monterrey Car Week, uma semana toda de orgia automobilística milionária que ocorre em volta do famoso concurso de elegância de Pebble Beach. É data importante para lançamento de produtos automobilísticos de luxo; este ano a maior novidade promete vir da Lamborghini: um novo modelo especial.
O nome que se ventila é um, bem, pretensioso como todo ambo: Fenomeno. Assim mesmo, sem acento circunflexo; é em italiano. Embora a Lamborghini não tenha confirmado o carro publicamente, os boatos começaram quando a empresa registrou o nome Fenomeno junto ao Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia.
De acordo com o The Supercar Blog, este modelo especial será baseado no atual Lamborghini Revuelto. Não sabemos mais do que isso; se manterá os mais de mil cavalos do carro original, ou irá adiante, ou será somente uma nova carroceria. Certamente será um modelo de série limitada. O revuelto é um híbrido com um V12 de 6,5 litros aspirado.

Certamente versões mais potentes e/ou mais leves do Revuelto estão em desenvolvimento: as tradicionais SV, SVJ, etc. O tal Fenomeno parece ser mesmo uma carroceria mais radical.
Parece que será um modelo especial como os que foram baseados no Aventador: o Centenario e o Sian FKP 37. Sabe-se que alguns clientes da Lamborghini receberam recentemente uma prévia do novo modelo, e um deles teria dito que o design será inspirado em um dos modelos mais icônicos de Sant’Agata. Outra releitura de Miura ou Countach? Sério?
Os boatos dizem também que 29 unidades serão feitas; mas vamos ter que esperar o evento em agosto para ver mais esta deliciosa e maluca extravagância da Lamborghini. (MAO)
Mazda planeja novo “RX7” e um novo Miata
Vamos falar sério: o único produto realmente de sucesso e importante da Mazda hoje é o Miata. Embora os SUVs normais da marca sejam sensacionais, e provavelmente deem dinheiro para ela, a empresa não consegue realmente competir com os gigantes do maisntream como Toyota, VW, e até a Honda. Na posição deles, muita gente então acredita que apostaria no mercado entusiasta como caminho para o futuro.
Pois bem: agora aparecem indícios de que isso vai rolar realmente. O diretor técnico da Mazda, Ryuichi Umeshita, disse ao MotorTrend que o Iconic SP, um cupê com motor rotativo mostrado como conceito em 2023, será um modelo separado, posicionado acima do MX5/Miata. Ele chegou a dizer que “podemos esperar que o Iconic SP seja um bom sucessor para o RX-7”.
Melhor ainda, espera-se que seja vendido junto com o roadster MX-5 Miata de próxima geração. Sim, uma nova geração do Miata está em desenvolvimento. Uma empresa fazendo dois novos carros esporte em plataforma dedicada, em 2025? É motivo de celebrar.
O Iconic Sp é maior do que aparenta. Com 4.180 mm de comprimento, ele é 265 mm maior que o atual MX-5, e 105 mm mais curto que o último RX-7. Bem no meio dos dois. Umeshita disse à revista que “as conversas iniciais eram de que ele poderia entrar em produção já em 2026, mas o momento também depende de um business case viável”. Do ponto de vista técnico, ele confirmou que a próxima geração do motor rotativo da marca está quase pronta.
Quando questionado se o novo esportivo seria chamado de RX-7 ou RX-9, Umeshita manteve a ambiguidade. Ele observou que o modelo não pretende suceder diretamente nenhum modelo, apenas acena ao passado, mas é algo novo. Mas disse que certamente não será um “Cosmo” como se ventilou.
Já no caso do Miata, a atual geração 5 está nas ruas desde 2014, mas ainda não parece velho. Claro: numa faixa sem concorrentes, anda tranquilo e sozinho, um mercado inteiro para si, sem concorrência, se considerarmos que os Toyobaru BRZ/GR86 são cupês 2+2.
Sendo assim, o desenvolvimento de uma nova geração está em andamento, mas a passos de cágado. O modelo atual permanecerá por aí por um tempo. O que não é um problema: é um carrinho sensacional.
Mas de qualquer forma, haverá um novo MX5 eventualmente. O chefe de design Masashi Nakayama disse à Motor Trend que o novo roadster manterá o design compacto, a sensação de leveza e o preço acessível que definiram as gerações anteriores do MX-5, enquanto reformula “todo o resto”. Visualmente, espera-se que o próximo Miata incorpore bastante a linguagem de design do conceito Iconic SP, apenas em escala reduzida para se adequar às proporções menores. Manterá o motor a gasolina de quatro cilindros, o que o ajudará a se diferenciar ainda mais do esportivo híbrido com motor rotativo e a manter um preço acessível.
A Mazda já confirmou que um novo trem de força Skyactiv Z será lançado em 2027. Ele trará melhorias em eficiência de combustível e desempenho, e é provável que a próxima geração do Miata receba um desses motores, provavelmente um quatro cilindros naturalmente aspirado. Ele continuará com tração traseira, é claro, e sim, uma transmissão manual ainda é parte do pacote. (MAO)
Ian Callum faz um Mini
Ian Callum, famoso designer do DB7 e da Jaguar, agora independente, fez uma parceria com a renomada customizadora de Mini, Wood & Pickett, para reinventar o mini original como um hatchback esportivo equipado com tecnologia moderna. Sim, um Mini restomod.
Ele é baseado na carroceria de paralamas alargados construída entre 1997 e 2001, no final da produção do modelo. O motor é o mesmo OHV A-series original do modelo, mas ampliado de 1275 cm³ para 1310 cm³ e equipado com um novo cabeçote, injeção de combustível e um escapamento duplo personalizado. Isso aumenta sua potência dos 63 cv originais para 110 cv. A caixa de câmbio também foi reforçada para lidar com as reservas adicionais. O transeixo fica debaixo do motor, lembre-se, e não alinhado à ele como é hoje comum.
As rodas Minilite do carro original foram substituídas por um conjunto de quatro raios com design de Callum, medindo o mesmo diâmetro de 13 polegadas (o modelo de 1959 tinha 10 polegadas). Os freios são especiais a disco de 8,4 polegadas, minúsculos para os dias de hoje, mas em linha com o ridiculamente pequeno veículo. A suspensão também é totalmente revisada, mas mantem desenho básico original.

Por dentro, o painel de instrumentos é de madeira, inspirado nos painéis de nogueira instalados no Margrave Mini da Wood & Pickett na década de 1960, com interruptores de metal para faróis de neblina e aquecedor, além de uma pequena tela sensível ao toque com espelhamento de smartphone Apple CarPlay.
A nova restauração marca o retorno da Wood & Pickett. A empresa foi fundada por Bill Wood e Les Pickett em 1947 e se tornou famosa com suas conversões de Minis “de luxo” na década de 1960. Cada um dos Minis Callum e Wood & Pickett será construído à mão e personalizado com o proprietário, disse Ian Callum à Autocar. Os preços começam em £ 75.000 (R$ 565.281). (MAO)
Ex-recordista de velocidade é destruído por dinossauro robô lança-chamas
Em 2007, o SSC Ultimate Aero deixou o mundo boquiaberto ao bater o recorde do Bugatti Veyron e se tornar o carro produzido em série mais rápido do planeta, cravando 412 km/h. Dezenove anos depois, a mesma máquina que um dia foi símbolo de ousadia e velocidade terminou como atração de circo: virou sucata nas garras de um dinossauro robótico e nas rodas gigantes de um monster truck. Literalmente.
O funeral pirotécnico aconteceu durante o evento “Thunder at the Mountain”, no autódromo Tri-City Raceway, em Richland, Washington. A destruição foi registrada por vídeos e fotos que circularam no fim de semana. Freddy “Tavarish” Hernandez foi um dos primeiros a divulgar o ocorrido, explicando que o dono do carro, decepcionado com a SSC, teria doado o exemplar ao autódromo com uma condição: que fosse destruído por completo, sem nenhuma chance de restauração.
A SSC North America, por sua vez, fez questão de se afastar do caso. Em entrevista ao site The Drive, o fundador da marca, Jerod Shelby, lamentou a destruição e afirmou que a empresa não tinha ligação com o carro havia mais de dez anos. “É uma pena. Aquele carro fazia parte da história automotiva e tinha uma trajetória incrível até alcançar o recorde de 2007, pilotado por Chuck Bigelow — um verdadeiro cavalheiro, que infelizmente faleceu um ano depois em um acidente de avião.”
Segundo Shelby, o Ultimate Aero destruído não era funcional há anos, e vinha servindo como peça de museu. Ainda assim, ele disse não entender por que alguém escolheria acabar com um carro com tanto significado. “Nada disso apaga as memórias que ele criou no início da nossa jornada.”
O SSC Ultimate Aero que bateu o recorde usava um motor V8 Chevrolet 6.3 biturbo, capaz de entregar 1.183 cv e 131 kgfm de torque — números absurdos para qualquer época. Em 2007, ele não apenas superou o Veyron como colocou a até então desconhecida SSC no mapa dos supercarros. (Leo Contesini)