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Car Culture

“Mad Max: Estrada da Fúria” seria incrível mesmo sem efeitos especiais

Mad Max nunca foi um filme de carros ou sobre carros, mas por ter sido feito com carros de verdade em estradas de verdade e pilotados por pilotos de verdade, ele acabou conquistando o público fã dos carros e se transformou em um verdadeiro cult movie.

Seus sucessores, apesar de terem adotado uma pegada mais distópica, são igualmente cultuados. Por isso fazer um quarto filme da franquia depois de tanto tempo, o diretor George Miller corria o sério risco de estragar tudo como Steven Spielberg fez com “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, que é quase uma animação de tanta computação gráfica utilizada.

Felizmente Miller teve um pouco mais de consideração por seu próprio legado e, mesmo sem Mel Gibson para dar vida a Max Rockatansky, o filme foi um dos grandes lançamentos daquele ano e conquistou os fãs da franquia. E muito disso se deve às cenas de perseguição e duelos motorizados que, como nos filmes antigos, foram gravados com um exército de dublês, uma frota de carros bizarros feitos por um cara chamado Colin Gibson (contamos a história destas máquinas em um post inteiramente dedicado a elas).

Se você acha que estamos supervalorizando as gravações realistas, dê uma olhada nestas duas compilações de cenas sem os efeitos de computação gráfica inseridos na pós-produção e finalização do filme:

As cenas foram gravadas principalmente no Deserto da Namíbia e absolutamente todas as ações que você vê no filme finalizado foram feitas por pessoas reais em carros reais. As explosões também foram feitas com explosivos de verdade e fogo de verdade e até mesmo aqueles sujeitos pendurados em mastros ou o guitarrista doidão do paredão from hell estavam pendurados de verdade.

Apenas as montanhas, encostas, paredões e outros elementos geográficos ou sobreposições de imagens foram inseridas por softwares gráficos — afinal nem sempre você encontra o cenário perfeito.