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Zero a 300

Mazda cria novo motor | O Blazer K5 dos Ringbrothers | Maruti-Suzuki Dzire e mais!

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Analogue Automotive SuperSport: o restomod do Lotus Elise Mk1

Quando se faz um restomod de um carro já exclusivo e caro, como o Porsche 911, é fácil cobrar uma quantia boa de dinheiro por ele, e tornar o negócio viável. Mas e quando o preço do carro no mercado é baixo? É o caso do Lotus Elise de primeira geração na Inglaterra: é apenas um carrinho esporte usado de 25 anos de idade por lá; não é supervalorizado.

Ícones dos anos 1990: Lotus Elise série 1

Mas um restomod dele é o que a Analogue Automotive inglesa está fazendo. A empresa começa com com um chassi de alumínio da S1 Elise ‘doador’ que é desmontado e preparado para ficar livre de qualquer corrosão. O subchassi traseiro de aço do carro é reforçado e pintado a pó.

A suspensão é toda revista: novos braços de alumínio que alargam a bitola são instalados nos quatro cantos. Novos coilovers ajustáveis da Nitron são instalados; todas as buchas e batentes são de nova especificação também. A direção permanece sem assistência com a frente leve, mas agora tem nova caixa mais rápida. Atrás, um diferencial autoblocante Quaife é instalado.

Os freios tem novos discos de freio (ainda de alumínio como o original) e pastihas Pagid de nova especificação. As rodas são de liga leve de cinco raios, pretas, e vem com pneus de pista Yokohama Advan Neova.

A empresa diz que o carro pesa 699 kg, mas que com alguns opcionais, pode chegar a 680 kg. O motor, o mesmo Rover K-series DOHC/16v aspirado de 1,8 litros do carro original, é modificado para dar incríveis 213 cv a 7250 rpm, e 22,1 mkgf a 5900 rpm. Com isso, o carrinho faz 0-100 km/h em 4,5 segundos e chega até 225 km/h.

Resta saber se os consumidores estarão dispostos a pagar o valor pedido para este restauro/preparação do pequeno Lotus. A empresa pede £100.000 (R$ 746.000) pelo trabalho, e você precisa fornecer o seu Lotus Elise usado. O molho vai ficar exponencialmente mais caro que o peixe nesse caso: o preço de um Elise Mk1 naquele país fica de £15.000 a £21.000 (R$ 111.900 a R$ 156.660). Talvez você possa achar um exemplar em mau estado mais barato, mas o resultado será provavelmente o mesmo, financeiramente. Será que vende? (MAO)

 

Este é o novo Maruti-Suzuki Dzire

A Maruti Suzuki é uma das maiores empresas em volume de vendas na India; nos faz pensar se a Suzuki não poderia ter um bom mercado aqui no Brasil se se dedicasse aos carros baratos e a produção local. Os gostos indianos nem sempre tem interseção com os nossos, mas talvez funcionasse.

Um exemplo dessa diferença está aqui: o novo Maruti Suzuki Dzire é um sedã de baixo preço, mas é menor que os Versa/Virtus/Onix nacionais. O que o faz ficar com proporções de estilo meio estranhas, e que certamente não são o que costumamos chamar de bonitas. Mas é bem mais barato, pelo menos.

O teto é para passageiros?

O Dzire mede 3.995 mm em uma distância entre eixos de 2.450 mm (4.561/2.651 mm num Virtus, por exemplo). É baseado no Suzuki Swift, mas com o estilo diferente, inclusive na frente. As rodas básicas são de aço de 14 polegadas, opcional de alumínio e 15 polegadas. Por dentro, o painel parece ser o mesmo do Swift.

O Dzire é o primeiro Maruti Suzuki a obter uma classificação de cinco estrelas no teste Global NCAP. Todos os acabamentos são equipados de série com seis airbags, Controle Eletrônico de Estabilidade e proteção para pedestres. O carro de geração anterior pesava 860 kg; agora 960 kg.

A mecânica é herdada do Swift:  três cilindros de 1,2 litro aspirado, 82 cv.  O câmbio é manual de cinco velocidades ou a um automático de cinco velocidades. O interessante mesmo aqui é o preço: começa na Índia ao equivalente a R$ 46.500. (MAO)

 

Mazda está desenvolvendo novo motor a combustão

Durante o anúncio de seus resultados financeiros, a Mazda japonesa revelou que está desenvolvendo um novo motor a combustão interna, chamado Skyactiv-Z. Ele deve substituir o Skyactiv-G e o Skyactiv-X, e será também de quatro cilindros. A empresa diz que ele utilizará o “método de combustão lambda one” para “atingir alta eficiência térmica ao realizar combustão super-lean burn em uma ampla faixa de baixa a alta rpm, para fornecer excelente desempenho ambiental e desempenho”.

O que é Lambda One? Imagina-se relação estequiométrica (o ‘Lambda”; “λ” no alfabeto grego) igual a um, que representa relação estequiométrica perfeita de ar/combustível. Mas como a empresa fala também de super-lean burn, que indica menor quantidade de combustível na mistura, vai saber. Vamos ter que esperar mais detalhes.

A Mazda pretende utilizar o Skyactiv-Z inicialmente em carros vendidos na Europa e nos Estados Unidos, onde deve atender os regulamentos Euro 7, bem como com os padrões Tier 4 da EPA. A empresa pretende com este motor reduzir a quantidade de motores que fabrica, criando uma única família mais integrada.

O que significa que o futuro do rotativo Wankel continua nebuloso, principalmente por emissões. A empresa diz que “O desenvolvimento da conformidade em emissões para o motor rotativo é muito desafiador, mas estamos fazendo um bom progresso.” O rotativo voltou como um range extender, um gerador de rotação constante, em alguns elétricos da companhia; mas parece que outros usos ainda não são possíveis.

Como o próximo MX-5 ainda terá um motor de combustão, isso pode significar que o Miata de quinta geração será equipado com um motor Skyactiv-Z. De qualquer forma, os primeiros carros com este motor sairão até 2027. Os detalhes, portanto, ainda são escassos. Mas qualquer desenvolvimento de novos motores hoje em dia, com a proibição deles ainda vigente no futuro, é um bom indício de qua as coisas podem mudar. (MAO)

 

As vendas da Porsche caem em 2024

No ano passado, a Porsche estabeleceu um novo recorde anual de vendas com 320.200 unidades. Isso marcou, também, 16 anos consecutivos de crescimento, descontando-se o ano de 2020 com a justificação da pandemia de COVID. No entanto, parece que a sequência está chegando ao fim. Os últimos dados divulgados mostram que as vendas globais entre janeiro e setembro foram de 226.000 unidades, uma queda de quase 7% em comparação ao mesmo período em 2023.

De acordo com a Porsche, o principal motivo para o declínio é a menor demanda na China, que caiu 29%. O Porsche Taycan está também sofrendo declínios acentuados, pelo menos na Europa e nos Estados Unidos. Também está enfrentando uma concorrência cada vez maior na China, o maior mercado elétrico do mundo de longe.

O Macan também enfrenta problemas. Com a chegada da segunda geração, o carro passou a ser apenas elétrico, pelo menos na Alemanha, França, Holanda, Espanha e Áustria. O novo Macan custa também 22% a mais em média do que a geração anterior. O resultado é que o antigo vendia mais.

Ainda não é um problemão: apenas o ritmo de crescimento, no geral, arrefeceu, e as vendas totais baixaram um pouco. O problema é basicamente com os carros elétricos da marca, e isto parece ser um problema geral da indústria. Basicamente pela China, que resolveu agora comprar produtos chineses, e não importados, causando sérios problemas nas marcas europeias e americanas que vendem elétricos lá. (MAO)

 

Ringbrothers Tuka: Blazer com chassi Toyota

O Chevrolet K5 Blazer é um clássico: uma picape/perua de duas portas conversível de teto rígido que hoje é altamente desejável. E a gente sabe que quando os Ringbrothers resolvem atacar algo assim, fica ainda melhor.

K5 Blazer: passado e presente da picape conversível

 

Mas o mais maluco deste, o Ringbrothers Tuka, mostrado no SEMA Show deste ano, é que o Chevrolet 1972 recebeu um chassi de… Toyota Tacoma! A suspensão é do Tacoma (MY2016), mas com o kit de levantamento de suspensão da King para o modelo Toyota. Enormes disco de freio ventilados nas quatro rodas fazem também parte da especificação.

Se o chassi moderno Toyota garante mecânica atual no carro antigo, o motor, pelo menos, é Chevrolet. Mas nada do small-block original, claro: é um moderno LS3 V8 aspirado com 530 cv e 67 mkgf de torque. Fica debaixo de um capô de fibra de carbono, e acoplado à uma transmissão automática Bowler Tru-Street GM 4L60E e caixa de transferência NP208, para tração nas quatro rodas selecionável.

Como sempre com eles, é um carro único feito sob encomenda, cuja carroceria foi totalmente refeita. Neste caso, 3.700 homens/horas foram gastos na transformação. Um esquema de pintura todo preto contrastado com alguns detalhes em laranja, incluindo os ganchos de reboque dianteiros e traseiros, e os emblemas “R”, dão ao carro uma aparência bem diferente e agradável. Rodas de 18 polegadas da HRE com acabamento em bronze escuro completam o design.

“Quase todas as peças deste Blazer são personalizadas”, disse um dos Ringbrothers, Mike Ring. “Queríamos algo totalmente único, projetado para abraçar a estrada e o caminho inexplorado. Foi feito para dirigir com estilo, mas com conforto moderno. Nada disso seria possível sem nossos parceiros de confiança da BASF, Dynamat, Gentex Corporation e HRE Wheels nos ajudando a concretizar nossa visão e dar vida ao caráter desta construção”. (MAO)