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Mazda lança Miata mais potente
Uma nova geração do Mazda MX5 Miata ainda não parece estar no futuro próximo. O carro basicamente não tem um rival, ainda que os GR86/BRZ sejam próximo disso, apesar de serem cupês 2+2 e não roadster de dois lugares como o Miata. Com 10 anos de idade em 2025, a atual geração ND não parece nada antiga ou ultrapassada.
Muito disso é fruto de um constante aprimoramento do carro. Coisas como a adoção do engenhoso sistema KPC que usa o hardware do ABS para reduzir rolagem sem endurecer suspensão, e constantes aprimoramentos dinâmicos. O interessante do Miata é que sempre melhora, mas resiste a tentação de turbocompressores e potências estratosféricas: apesar de legal, isso o transformaria em outra coisa, com mais peso, complexidade, e, importantíssimo aqui, mais preço. Miata tem que ser relativamente barato, com seu desempenho ligado ao baixo peso e não alta potência, senão perde seu propósito de existir.
Como o Mazda Miata usa os freios para reduzir rolagem de carroceria?
Mas não quer dizer que o desempenho não melhorou nesse tempo todo, nem muito menos que o desenvolvimento do motor parou. Quando foi lançado, o motor básico era um 1,5 litro de 131 cv; opcional era um 2 litros aspirado com 157 cv. Em 2018, recebe um novo e sensacional dois litros Skyactiv, capaz de 184 cv a 7.000 rpm e 20,9 mKgf a 4.000 rpm. Com ele, o pequeno roadster de 1067 kg é capaz de desempenho de gente grande: 0-100 km/h ao redor de 5,8 segundos.
Agora, a Mazda mostrou uma versão ainda mais potente, no salão de Tóquio deste ano. É uma versão por enquanto apenas para o mercado japonês, mas tem nada menos que 200 cv, do mesmo motor.
O carro se chama Mazda Spirit Racing Roadster 12R, e é especial de verdade. Além de amortecedores Bilstein, freios Brembo e rodas de liga leve rodas leves forjadas Rays TE37 com pneus Yokohama Advan AD09, vem com um motor basicamente preparado de fábrica, montado à mão individualmente, com comando e pistões diferentes, novo coletor de admissão especial e escapamento da grife Fujitsubo.
No interior Alcantara reveste o volante, o freio de mão, o console central e a alavanca de câmbio do câmbio manual de seis velocidades. Um emblema “12R” na parte traseira e uma placa numerada individualmente no motor identificam a versão especial.
Mas é uma edição especial realmente cara. A produção será limitada a apenas 200 unidades, oferecidas a sete milhões de ienes cada (R$ 267.425); um Miata normal fica abaixo dos 5 milhões de ienes por lá (R$ 191.018). Ainda assim, a Mazda já disse que espera muito mais que 200 pedidos; organizará uma loteria para determinar os 200 compradores. (MAO)
O preço do Corvette ZR1
A única coisa que faltava a Chevrolet revelar sobre o seu novo Corvette ZR1 era o preço. Todo mundo já sabia que ia ser o Corvette mais caro da história, mas também, um carro barato em relação a seu desempenho. Um paradoxo que sempre existiu no ZR1.
Agora o mistério acabou. A Chevrolet divulgou ontem o preço do Corvette ZR1 2025. Começa em US$ 174.995 (R$ 1.065.719) nos EUA. Oh, que surpresa: é o Corvette mais caro de todos os tempos.
O pacote aerodinâmico opcional de fibra de carbono, que fornece “até 544 kg de downforce” custa US$ 8.495 (R$ 51.734). O pacote ZTK Performance Package, que adiciona molas mais rígidas, amortecedores reajustados para pista e pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 R, sai por US$ 1.500 (R$ 9.135).
Optar pelo acabamento mais sofisticado 3LZ custa US$ 11.000 (R$ 66.990) extras, e inclui bancos de couro Nappa aquecidos e ventilados, câmera frontal para manobras em baixa velocidade, espelhos laterais aquecidos, alerta de ponto cego, carregador de telefone sem fio, alavancas de câmbio de fibra de carbono e um pouco mais de couro em todo o interior. Opte pelo teto conversível, e pagarás mais US$ 10.000 (R$ 60.900). Um conversível 3LZ custa quase 200 mil dólares (R$ 1.218.000)!
Mas isto é, na verdade, um supercarro de motor central-traseiro com um V8 biturbo de 1079 cv, e 114,5 mKgf. A Chevrolet diz que faz 0-96 km/h em 2,3 segundos e chega a 375 km/h.
Sim, US$ 174.995 é muito dinheiro, mas tente achar um outro carro com este desempenho geral por menos do dobro disso… O Mclaren 750S, por exemplo, custa praticamente o dobro, mas tem 750 cv “só”. O Porsche GT3 RS custa ao redor de 240 mil dólares (se você conseguir um no preço de tabela) mas tem METADE da potência do ZR1. Ferrari tem toda a potência do mundo, mas custa todo dinheiro do mundo.
Uma coisa só é barata ou cara se comparado a coisas semelhantes; é um princípio relativo. Por isso, o Corvette mais caro da história é um carro barato pacas. (MAO)
Conheça o Mustang GTD Spirit of America
A gente sabe que o Mustang GTD é muito mais que um Mustang; é uma tentativa da Ford de estender o pacote do que pode ser um Mustang até a região do supercarro. É primeiro o Mustang de produção mais potente de todos os tempos, com um V-8 de 5,2 litros com supercharger, 826 cv, e um torque de 91,8 mkgf.
Também tem chassi exclusivo, com metade de seus 1482 kg em cada eixo, graças principalmente ao transeixo de dupla embreagem e oito velocidades montado na traseira. A suspensão é totalmente desenhada como num carro de competição, independente por longos braços nas quatro rodas, e com coilovers acionados por pushrods na traseira. A velocidade máxima divulgada é de nada menos que 325 km/h, e o carro recentemente fez o Nurburgring em 6:57,685, no processo se tornando o mais rápido americano por lá.
O Mustang GTD poderia ter sido mais rápido? O que seu recorde significa, afinal?
Pois bem: mal foi lançado e já recebe uma edição especial patriótica. É o Mustang GTD Spirit of America. É estritamente um pacote de aparência: todo mundo percebe que mais desempenho aqui é difícil.
O pacote consiste em pequenas listras vermelhas e azuis na linha central, em cima de um carro na cor Performance White. As placas do spoiler e os espelhos laterais são pintados de vermelho, enquanto a parte traseira do spoiler diz Mustang em enormes letras brancas. Os espelhos laterais podem ser de fibra de carbono exposta se o comprador assim escolher, combinando com a infinidade de outras peças de fibra de carbono no carro.
Por dentro, ganha bancos de couro com inserções pretas, acabamento branco e listras vermelhas no meio. Costuras contrastantes azuis são encontradas por toda a cabine. Alavancas de câmbio, emblemas e outros detalhes são de titânio.
A Ford não quantos GTD Spirit of America, serão feitos, mas a produção geral do GTD será muito pequena. Um número específico não foi revelado, mas se especula apenas 600 carros. Também não há menção de preço dessa versão nova, mas deve ser mais que os US$ 325.000 (R$ 1.979.250) do GTD “básico”. Santo dinheiro fácil, Batman! (MAO)
Mustang RTR é mash-up de Ecoboost e Dark Horse
E falando em GTD, do lado oposto do espectro dos Mustang está o Ecoboost. Mustangs de quatro cilindros sempre tiveram estigma de coisa inferior, claro: nenhum quatro em linha turbo será tão satisfatório quanto um V8 grande aspirado. Mas hoje em dia, o Ecoboost é uma opção legal pacas: bem mais barato, mais leve, 50% do peso em cada eixo. E o motor, um 2,3 litros turbo, tem nada menos que 320 cv! A vasta maioria dos Mustang V8 do passado não chegava nem perto disso. E, como sabemos, Mustang 2,3 litros turbo é uma tradição da Ford já.
Pois bem, agora a Ford está mostrando o Mustang RTR. Desenvolvido em colaboração com a RTR Vehicles de Vaughn Gittin Jr., é um verdadeiro mash-up: o que se consegue misturando um Ecoboost com a versão mais focada em pista do V8, a Dark Horse.
Mostrado ainda como um protótipo camuflado, antes de seu lançamento no Detroit Auto Show, o Mustang RTR é a versão mais focada do Mustang de quatro cilindros. Nenhum detalhe de preço foi anunciado, ainda, mas parece realmente interessante. O que se pode ver já é uma asa traseira fixa para maior downforce e um conjunto de pinças de freio Hyper Lime Brembo. Not your average Ecoboost!
Preço é o componente crucial aqui: imaginamos um carro manual, com os 320 cv inalterados, mas pneus, suspensão e aerodinâmica mais agressivos. Tem que ficar bem mais barato que o V8 para valer a pena. Nos EUA, hoje o Ecoboost começa em $31,920 (R$ 194.392), e o V8, em $42,860 (R$261.017) . O Dark Horse custa $64,630 (R$ 393.596). Veremos!
Para ilustrar essa história toda, numa conta bem “de padaria”: o GT V8 Performance, único disponível no Brasil, custa R$ 529.000. Então o Ecoboost básico custaria aqui em torno de R$ 360.000, numa proporção direta. E aí? Você compraria um Mustang sem o ronco do V8 por essa diferença de preço? (MAO)